O Novembro Azul é uma campanha de conscientização quanto ao câncer de próstata. Desse modo, tem organização por diversas entidades no mundo, em especial as de saúde. Sobretudo, tem enfoque para a sociedade, mas trabalha diretamente com os homens e a saúde masculina.
Nesse sentido, ainda que haja foco no diagnóstico precoce do câncer de próstata, a campanha envolve outras doenças comuns nos homens. Ademais, precede o Outubro Rosa, uma campanha semelhante cujo público principal são as mulheres. Sobretudo, o Instituto Nacional de Câncer, ou INCA, afirma que o câncer de próstata é o tipo mais comum entre a população masculina.
No geral, os números mostram que isso representa 29% dos diagnósticos da doença no país. Ou seja, surgem cerca de 65.840 novos casos dessa enfermidade a cada ano, como mostram os dados do INCA. Acima de tudo, homens com mais de 55 anos com excesso de peso e obesidade são os mais vulneráveis ao câncer de próstata.
Portanto, o Novembro Azul surge com a intenção de incentivar esse público a realizar exames de rotina e checagens para verificar o quadro de saúde. Curiosamente, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que quase um terço dos homens brasileiros não tem o hábito de realizar esse exame de checagem. Em outras palavras, isso corresponde a 31% da população masculina no país.
Como consequência, não há prática de buscar auxílio na prevenção de doenças. Ademais, quando se trata de hábitos saudáveis, dieta balanceada e exercícios físicos, a situação é ainda mais drástica. Também de acordo com o Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros está obeso, com as mulheres representando 20,7% essa quantia e os homens 18,7%.
Origem do Novembro Azul
A princípio, o Novembro Azul surgiu como movimento na Austrália em 2003. Porém, pelo nome Movember e com a intenção de celebrar o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, no dia 17 de novembro. Apesar disso, a campanha ganhou maior projeção e tornou-se global com o passar dos anos.
Nesse sentido, começaram a surgir tradições específicas, como reuniões entre homens cuja organização acontece por diferentes instituições. Comumente, Universidades e Hospitais criam eventos para desenvolver diálogos sobre saúde masculina. Portanto, há diálogos sobre o câncer de próstata, mas também depressão, ansiedade, impotência e afins.
Por outro lado, no Brasil, o Novembro Azul surgiu a partir de ação do Instituto Lado a Lado pela Vida com o principal objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico. Em especial no que diz respeito ao exame de toque, que tende a ser mais invasivo e sofrer com conotações sexuais irreais. Apesar disso, houve grande divulgação e adesão da sociedade.
Posteriormente, a iniciativa recebeu apoio de entidades governamentais e não governamentais, assim como de celebridades que juntaram-se à causa voluntariamente. Em contrapartida, existem certas polêmicas sobre a ausência de indicações científicas para o rastreio da enfermidade. Como consequência, instituições como o próprio INCA e o Ministério da Saúde debatem sobre a campanha.
No geral, no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. Sendo assim, estima-se que um a cada nove homens recebe ou receberá o diagnóstico de câncer de próstata durante a vida. Em especial no caso de homens mais velhos, entre os 40 e 65 anos.
O que você precisa saber sobre essa enfermidade
Antes de mais nada, a próstata consiste numa glândula do sistema reprodutor masculino logo abaixo da bexiga. Sobretudo, tem a função de produzir o esperma junto com as vesículas seminais. Apesar disso, os fatores de risco que envolvem o câncer de próstata são o histórico familiar de câncer, obesidade e até etnia, porque homens negros sofrem maior incidência dessa enfermidade.
Comumente, os sintomas iniciais são imperceptíveis, o que causa o perigo da pessoa ignorar o problema. Logo em seguida, quando os sintomas se tornam mais intensos, acontece que 95% dos tumores estão em fase avançada, o que dificulta a cura. Desse modo, há sdor óssea, dores ao urinar ou vontade de urinar com frequência, assim como presença de sangue na urina ou no sêmen.
Portanto, a prevenção e tratamento acontecem principalmente por meio do diagnóstico precoce. Ou seja, precisa-se ir ao urologista com frequência, em especial nos casos de risco, para realizar exames de rotina e avaliações da glândula. Acima de tudo, 20% dos pacientes com câncer de próstata conseguem diagnóstico exato a partir dessas medidas.
Porém, no caso de câncer de próstata em avanço, existem tratamentos diversos que dependem de biópsias e análises específicas do tumor. No entanto, é fundamental levar em conta o estado de saúde do paciente, assim como o nível de agressividade. Dessa forma, pode-se manter sobre a vigilância ativa nos casos leves, com monitoramento regular da evolução da doença e intervenções pontuais.
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