O que é a deltacron? O que se sabe sobre a variante do coronavírus

Com a nova variante circulando por países da Europa e nos Estados Unidos, muitos estão se perguntando sobre o que é a deltacron.

Apesar da imunização no país continuar firme e forte, com 75% da população vacinada com a dose única ou as duas doses, as variantes do covid-19 continuam surgindo. Agora, a pergunta da vez é: o que é a deltacron? A nova variante recebeu tal nome, combinando características genéticas da delta e da ômicron. Seja como for, de acordo com Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, a doença ainda está em investigação.

Nesse sentido, o anúncio ocorreu na última terça-feira (15), em relação aos dois casos da variante no Pará e no Amapá. Em postagem nas redes sociais, ele explicou: “Pessoal, esclarecendo: os dois casos de Deltacron que citei mais cedo ainda estão em investigação e foram notificados ao @minsaude pelos Estados. O sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da Fiocruz”.

Agora, o que resta saber é se existem ou não motivos para se preocupar. Da mesma forma, entender se a cepa é ou não perigosa também é importante. Muitos também se questionam se a deltacron deve mudar algo no cenário atual de flexibilização.

O que é a deltacron, nova variante do covid-19

O que é a deltacron? O que se sabe sobre a nova variante do covid-19
Época Negócios

Ao que tudo indica, a deltacron surgiu na França, ainda na metade de janeiro. Contudo, já existem relatos da doença em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Os dados sobre a recombinação, que é a junção de dois vírus, vieram por meio da GISAID. A base concentra dados internacionais, onde depositam-se genomas de vírus, como os de variantes do Sars-CoV-2. Seja como for, seu nome veio pelo fato de ser uma mistura da delta e da ômicron.

Por outro lado, apesar do recombinante ser algo raro, muitos especialistas acreditam que não há motivo para entrar em pânico. Afinal, o avanço da vacinação segue. Assim, caso alguém ainda não tenha tomado a segunda ou terceira dose da vacina, agora é crucial fazê-lo. De qualquer forma, a cepa está circulando desde janeiro, e no Brasil, até então, só houve a detecção de dois casos. Isso pode significar que ela não tenha capacidade de crescer de forma preocupante.

Além disso, muitos cientistas já estão estudando mais a fundo as manifestações e o que é a deltacron. De acordo com Etienne Simon-Loriere, virologista do Instituto Pasteur, em Paris, a proteína spike é a parte mais importante do vírus quando se trata de invadir células. Da mesma forma, é o principal alvo dos anticorpos produzidos pelas vacinas. Por isso, as defesas que muitos adquiriram contra a ômicron devem funcionar bem contra a nova variante.

Mais sobre a nova variante

G1

Ainda sobre o que é a deltacron, contudo, não se sabe se a doença pode causar um quadro mais grave após a infecção, ou se ela pode escapar da imunidade da vacina. Portanto, ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa. “A superfície dos vírus é supersemelhante a ômicron, então o corpo a reconhecerá tão bem quanto ela”, comentou Simon-Loriere. “É tão recente que não temos nenhum resultado”, finalizou a respeito dos experimentos que ele e outros pesquisadores vem realizando com o novo recombinante.

De acordo com Queiroga, a deltacron recebeu a avaliação de uma variante de importância, e por isso, requer monitoramento. “As variantes são classificadas como variantes de importância, variantes de preocupação, e as autoridades sanitárias estão aqui para, diante dessas situações, tranquilizar a população brasileira”. Ele ainda recomenda que a população tome a dose de reforço e permaneça em dia com a vacinação. Até então, essa é a principal medida de segurança.

“As medidas são as mesmas, e, se eu tivesse, meu amigo e minha amiga que me ouve, que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. Aplicar a dose de reforço é importante”,

Fonte: Viva Bem

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