A pergunta que muitos se fazem recentemente devido aos jornais online e televisivos é: o que é epistasia? Sendo assim, é a interação genética entre as células. Não confunda a palavra com epistaxe, que é a palavra que usamos quando há sangramento nasal.
Por isso, especialistas tentam entender como funciona este processo de interatividade entre as mutações da ômicron. Esta é a variante da Covid-19 que possui mais de 50 modificações e, portanto, o mundo ficou em alerta.
A omicrôn foi descoberta no dia 24 do último mês na África do Sul. Desde então, cientistas tentam saber se a variante pode ser mais contagiosa, mais fatal e se consegue escapar dos efeitos das vacinas. Ou seja, entender como a epistasia da omicrôn trabalha seria a verdadeira chave.
Epistasia
A epistasia de um vírus pode se desenvolver bastante e obter um grande número de mutações. Dessa forma, é capaz de gerar uma variante. Sendo assim, os especialistas buscam a série genômica do vírus para localizá-las.
Desse jeito, eles distinguem qual parte do genoma sofrerá alterações enquanto o patógeno se propaga. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ômicron é vista como uma variante de preocupação devido à capacidade de ser mais contagiosa, mais fatal e bloquear os efeitos das vacinas.
Segundo o professor de evolução microbiana da Universidade de Bath, na Inglaterra, Ed Feil, só detectar a mutação não é o bastante. Ou seja, a combinação entre elas é preocupante. Por isso, uma consegue se conectar com outra e gera mais uma e assim vira um círculo vicioso.
O especialista ressalta ainda que sozinhas elas podem provocar algo inofensivo. Contudo, quando se unem, podem apresentar um grande perigo. Porém, pode ser o reverso disso. A variante Delta, por exemplo, é mais contagiosa que a Alpha porque possui combinações de mutações que fortalecem a infecção.
Contaminação
É importante ressaltar que se dois tipos de mutações possuem 50% de chances de transmissão e se fundem, não quer dizer que ela ficará 100% contagiosa. Portanto, a interação entre elas pode provocar tanto um aumento quanto uma diminuição da força do vírus.
O professor conta ainda que há grandes chances da epistasia levar isso a 0%. Ele disse que o coronavírus, por exemplo, já passou por tantas mutações que é capaz de se autodestruir. Porém, como a epistasia é imprevisível isso pode seguir por um caminho totalmente contrário.
Complicações da epistasia
A epistasia é uma grande carta na manga para os cientistas. No entanto, não é nada fácil trabalhar com sua imprevisibilidade. Ainda de acordo com o especialista, mesmo com os alertas que recebem ao localizar uma mutação ainda não é suficiente.
Porque isso obriga os profissionais a testar essas mutações com outras para saber seus efeitos, mesmo que ainda não tenham uma ligação natural.
Variantes de preocupação
Conheça logo abaixo algumas das principais variantes de preocupação e sua origem:
- Alfa: Com nomenclatura científica B.1.1.7, sua primeira aparição foi no Reino Unido
- Beta: Com nomenclatura científica B.1.351, sua primeira aparição foi na África do Sul
- Gama: Com nomenclatura científica P.1, sua primeira aparição foi no Brasil
- Delta: Com nomenclatura científica B.1.617.2, sua primeira aparição foi na Índia
- Ômicron: Com nomenclatura científica B.1.1.529, sua primeira aparição foi na África do Sul
Variantes de interesse
Conheça logo abaixo algumas das principais variantes de interesse e sua origem:
- Lambda: Com nomenclatura científica C.37, sua primeira aparição foi no Peru
- Mu: Com nomenclatura científica B.1.621, sua primeira aparição foi na Colômbia
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