A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e grave que afeta pensamentos e comportamentos dos pacientes. A partir de alterações no sistema neurológico, a condição se manifesta por meio de pensamentos confusos, bem como dificuldades de estabelecer relacionamentos.
A doença costuma atingir principalmente pessoas do sexo masculino e afeta cerca de 1% de toda a população mundo. De forma geral, ela se manifesta entre os 15 e 35 anos de idade, mas nem sempre são diagnosticadas durante o início.
Para isso, é importante ficar atento aos chamados sintomas precoces. Eles podem aparecer até mesmo anos antes dos primeiros efeitos graves da doença, às vezes confundidos com outros quadros neurológicos, incluindo depressão.
Tipos de esquizofrenia
Simples: nos quadros de esquizofrenia, os pacientes preferem ficar isolados e demonstram dispersão e insensibilidade diante dos eventos diários e afetos ao seu redor.
Paranoide: além de também trazer sinais de isolamento, essa variante da doença também inclui quadros de paranoia. Nesses casos, o paciente pode achar que está sendo perseguido por assombrações ou outras pessoas, além de começar a falar de formas confusas e demonstrar menos emoções.
Desorganizada: também chamada de esquizofrenia hebefrênica, essa variação consiste em desenvolver comportamentos infantis, além de pensamentos e respostas emocionais incoerentes.
Catatônica: nos quadros catatônicos, os pacientes ficam em estados profundos de tédio e apatia, que podem durar por horas.
Residual: nesses casos, o paciente demonstra algumas alterações de comportamento e demonstração de emoções, mas com uma frequência menor do que nos outros tipos conhecidos.
Indiferenciada: a esquizofrenia indiferenciada é caracterizada por quadros que envolvem sintomas e outros tipos, mas sem desenvolvimento de padrões que garantem a classificação dentro de um deles.
Principais sintomas
Os primeiros sintomas de esquizofrenia começam a surgir entre os 15 e 35 anos de idade. Apesar de raro, também é possível perceber a doença em crianças.
Os chamados sintomas positivos incluem comportamentos psicóticos incomuns em pessoas saudáveis. Entre eles estão a perda de contato com a realidade, com o aumento de alucinações e delírios, além de distúrbios nos pensamentos e movimentos.
Já os sintomas negativos, envolvem a interrupção de alguns tipos de emoções ou comportamentos. A redução da demonstração de afeto e da perda de prazer em tarefas cotidianas, por exemplo, são alguns dos sintomas nesses casos.
Também é possível diagnosticar casos de esquizofrenia a partir dos sintomas cognitivos. Eles envolvem principalmente a perda da capacidade de reter e compreender informações, além da redução de foco e atenção.
Nesses casos a manifestação pode acontecer de maneira sutil, mas também de formas mais intensas, dependendo da intensidade da doença.
Causas e fatores de risco
A esquizofrenia pode surgir como doença hereditária, em famílias em que já há casos anteriores. Entretanto, mesmo que não haja histórico da condição, é possível que alguns pacientes desenvolvam a doença.
Nesses casos, a ciência acredita que o desenvolvimento se dá a partir de vários genes diferentes. Apesar disso, ainda não há formas de analisar o material genético para diagnosticar quadros antes do surgimento dos primeiros sintomas.
Alguns especialistas defendem que a doença pode surgir em fases importantes do desenvolvimento cerebral. Elas incluem tanto desenvolvimento antes do nascimento, ainda como feto, como na puberdade.
Além dos fatores internos, também há influências com aspectos ambientais que podem promover quadros de esquizofrenia. Entre esses fatores estão estruturas físicas e químicas diferenciadas no cérebro, desequilíbrio nas reações dos neurotransmissores, exposição a vírus e fatores psicossociais.
Tratamentos para esquizofrenia
Apesar de não haver possibilidade de cura para a condição, existem formas de aplicar tratamentos que permitem uma vida comum. Os principais tratamentos devem ser feitos por profissionais de saúde habilitados, que irão recomendar ajuda por meio de psicoterapias ou uso de antipsicóticos.
Incialmente, o uso de medicamentos é o primeiro passo para tratar a esquizofrenia. A partir deles, é possível equilibrar o funcionamento de parte do sistema nervoso, evitando crises e recaídas provocadas pela doença.
Além disso, no caso de antipsicóticos típicos, é possível que os efeitos colaterais sejam graves e intensos, e devem ser administrados junto com um médico.
Enfim, já o tratamento com psicoterapia consiste na consulta com um psicólogo ou psiquiatra, geralmente depois da aplicação eficiente de algum medicamento. A partir daí, então, o paciente pode conseguir recuperar a confiança para retomar certas atividades e comportamentos, desenvolvendo menos chance de necessidade de hospitalização.
Fontes: Vitude, Psiquiatra Paulista, Hospital Santa Mônica
Imagens: News Medical, State of Mind, Commonwealth Medicine, State of Mind, Pradnik Gemini