Existem diversas hipóteses a respeito do que as pessoas sentem na hora da morte. Embora esse seja um assunto um tanto mórbido, você vai ver que é até interessante descobrir o que a ciência já sabe sobre o momento em que a vida humana chega ao fim, como a hiperatividade cerebral, que causa as visões de luzes e túneis.
Apesar disso, já avisamos, essa é uma matéria que vai perturbar você durante alguns dias… ou noites. Isso porque, embora não sejam sintomas exatos (até porque não dá para perguntar a uma pessoa morta o que ela está sentindo), existem algumas particularidades sobre a hora da morte possíveis de monitorar no cérebro das pessoas que estão deixando essa vida.
Aliás, a primeira das más notícias é que, não raro, a morte do corpo vem bem antes que a morte do cérebro. O que isso significa? Basicamente, que existe um espaço, de até uma hora, entre a morte de todas as suas funções vitais e a completa paralisia de seu cérebro. Tenso, não?
Hora da morte x cérebro
De acordo com os cientistas, é nesse espaço de tempo que acontece o que chamam de hiperatividade cerebral e é ela a responsável por visões de túneis, luzes brancas e brilhantes e todos os clássicos fenômenos de “quase-morte” que costumamos ouvir por aí.
Mas isso, claro, é o que contam algumas pessoas que conseguiram ser reanimadas durante esse espaço de tempo em que o cérebro ainda não estava morto.
Mas, se na hora da morte você estiver lutando pela vida ou passar outras situações de forte estresse, como um assassinato, por exemplo, seu corpo todo passa por uma forte descarga de adrenalina, liberada pelas glândulas suprarrenais.
Isso, ao contrário do que as pessoas desejariam na hora da morte, deixa o indivíduo em alerta total, com todos os sentidos atentos.
Pode piorar?… Pode.
Agora, se você acha que essa é a pior coisa que poderia acontecer no momento de morrer, acredite, ainda há outros pesadelos possíveis e mais tensos. Um exemplo? Você não vai querer morrer por um ferimento fatal, como um tiro ou facada.
De acordo com estudos, quem morre em condições como essas, sem que o cérebro seja lesionado, fica “acordado”, ou seja, com o cérebro vivo, por mais tempo, como já explicamos.
O problema é que a vítima, já com o corpo morto, fica revivendo infinitas vezes o momento de sua morte, como se estivesse presa a um filme de terror, até que a mente pare de funcionar por completo.
Mas não há informações que confortem a hora da morte?
Na verdade, há sim! De acordo com os estudos coordenados pelo médico britânico Sam Parnia que entrevistaram pessoas que foram ressuscitadas após uma parada cardiorrespiratória, houve aqueles que se lembraram dos pensamentos durante o período de inconsciência e, em geral, eram relatos de memórias positivas.
Assim, o primeiro resultado que a pesquisa conseguiu foi a de que a morte por parada cardíaca não é algo doloroso. Pelo contrário, alguns dos entrevistados disseram tiveram sentimentos tranquilizadores. Menos mal (um pouquinho), né?
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Fontes: LiveScience, AskMen, Tudo Interessante, Mega Curioso, BBC.
Bibliografia:
“Enhanced Interplay of Neuronal Coherence and Coupling in the Dying Human Brain“. Frontiers in anging Neuroscience Journal, 2022.
“Results of world’s largest Near Death Experiences Study Published.” University of Southampton, October 7, 2014.
“Surges of Electroencephalogram Activity at the Time of Death: A Case Series.” Journal of Palliative Medicine, October 2009.
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