Os olhos são conhecidos como as janelas da alma, pois, através dos olhos é possível perceber emoções e situações referentes à saúde da pessoa. Como no caso das pupilas, que são responsáveis pelo controle de entrada da luminosidade e nitidez da visão, através dos movimentos de dilatar e contrair. No entanto, são vários os fatores que fazem com que as pupilas fiquem dilatadas.
Ou seja, as pupilas reagem de acordo com a quantidade de luz no ambiente. Por isso, quando há excesso de luz, elas contraem, enquanto que, quando está escuro, as pupilas ficam dilatadas.
Esse processo de pupilas dilatadas tem como nome técnico, midríase. Sendo que, esse processo é normal, pois a pupila está reagindo à luminosidade.
Mas em casos que a pupila não reage, se mantendo fixa, pode ser sinal de algum problema de saúde como, AVC, traumatismo craniano ou tumor cerebral.
Nesses casos as pupilas não reagem à estímulos, mantendo a dilatação entre 4 mm. No entanto, a midríase pode ocorrer em apenas um olho, midríase unilateral, ou em ambos os olhos, midríase bilateral.
O que são pupilas dilatadas
É considerada dilatada quando a pupila se encontra em tamanho maior do que o normal. Sendo que, o tamanho da pupila é controlado por músculos na região da íris do olho.
Pupilas normais reagem de acordo com os estímulos visuais, ou seja, se há mais luz, ela se contrai. Enquanto que, quando há menos luz, a pupila se dilata.
Normalmente, as pupilas dilatadas medem entre 2 a 4 mm, em caso de grande luminosidade. Já em caso de pouca luminosidade, a pupila pode medir de 4 a 8 mm.
Porém, quanto mais a pessoa vai envelhecendo, a tendência é que a pupila diminua de tamanho.
Normalmente, quando as pupilas estão dilatadas, não costumam reagir à luz posicionada diretamente na direção dos olhos, mas pode acontecer em alguns casos isolados.
De acordo com pesquisas, o olho humano leva aproximadamente 25 minutos para se adaptar totalmente a um ambiente, seja claro ou escuro.
Um problema comum que pode causar o dilatamento das pupilas é o anisocoria, onde as pupilas reagem á luz, porém em tamanhos diferentes entre si. Mas é considerado benigno, e afeta cerca de 20 da população.
Causas comuns de pupilas dilatadas
1- Concentração
Quando a pessoa se esforça para pensar, raciocinar ou manter a concentração em uma conversa ou explicação, as pupilas se dilatam. Assim como, concentrar para criar uma história, por isso, quando alguém está contando uma mentira, suas pupilas dilatam.
2- Uso de colírios
Ao fazer exames oftalmológicos é aplicado no olho colírios midriáticos, que tem como função manter a pupila dilatada e fixa, por um determinado tempo. Assim, facilitando o exame do fundo do olho.
3- Estresse
Quando uma pessoa passa por uma situação de estresse, ou quando presencia alguma cena chocante, sinta medo, é normal que as pupilas fiquem dilatadas.
4- Atração física
De acordo com pesquisas, as pupilas se dilatam quando a pessoa vê alguém ou alguma coisa de que gosta, ou sente atração. Mas, assim que o foco da sua atenção é tirado, as pupilas voltam ao tamanho normal.
5- Medicamentos
Alguns medicamentos podem causar como efeito colateral, pupilas dilatadas. Por exemplo, Anti-histamínicos, descongestionantes, antidepressivos tricíclicos, remédio para enjoo ou náuseas, anticonvulsivos, medicamentos para doença de Parkinson, medicamentos contendo toxina botulínica e atropina.
6- Dor
Dependendo da intensidade da dor, as pupilas se dilatam, voltando ao normal quando a dor passa.
7- Lesão ocular
Em caso de lesão grave ou permanente nos olhos, os músculos da região da íris podem não funcionar corretamente. O que pode fazer com que as pupilas se dilatem e permaneçam dilatadas.
8- Lesão cerebral ou doença neurológica
Uma lesão no cérebro, um traumatismo, AVC, aneurisma ou tumor cerebral, são alguns exemplos de problemas mais graves que podem causar o dilatamento.
9- Uso de drogas deixa as pupilas dilatadas
O uso de álcool e drogas como, maconha, pode fazer com que as pupilas demorem reagir a estímulos, mas, não fazem com que a pupila se dilate.
No entanto, em caso de drogas como, anfetamina, cocaína, LSD e Ecstasy, além de causar o retardamento em reagir a estímulos.
10- Aniridia congênita
É uma doença rara, onde a pessoa nasce com a íris parcial ou ausente, o que deixa a pupila muito grande. Geralmente a aniridia vem acompanhada de outras doenças oftalmológicas.
Por exemplo, glaucoma, catarata congênita, má formação do nervo ótico e da retina, nistagmo. Como as pupilas permanecem dilatadas, pessoas com aniridia são sensíveis à luz.
11- Pupila de Adie
É um distúrbio neurológico, o qual a pupila é maior do que o tamanho normal, além de uma lenta reação à luz. A causa está relacionada a trauma, cirurgia, baixa circulação sanguínea ou infecção, e não há cura.
12- Midríase unilateral benigna episódica
No caso da midríase unilateral episódica, apenas uma das pupilas se dilata, repentinamente, de forma esporádica. Durante as crises, a visão fica turva, causa dor de cabeça e dor nos olhos.
Aparentemente, mulheres jovens que sofrem de enxaqueca apresentam um risco maior de apresentar a doença.
Quando se preocupar com as pupilas dilatadas
Em casos onde a dilatação permanece , sem reagir a estímulos, por horas ou dias, pode ser sinal de algo mais sério. Principalmente se acompanhadas de algum episódio de trauma como, pancada na cabeça, o que pode indicar traumatismo craniano.
Semelhantemente, em casos de repentina dor de cabeça, confusão, problemas de equilíbrio, que podem ser sintomas de um possível AVC.
Outras situações podem indicar sintomas de aneurisma ou tumor cerebral. Nesses casos, é necessário buscar por orientação médica o quanto antes.
Como tratar pupilas dilatadas
Pupilas dilatadas são consideradas normais, sem a necessidade de tratamento, desde que elas dilatem e contraiam de acordo com os estímulos recebidos.
Caso a pupila continue dilatada por horas ou dias, pode indicar algum problema de saúde.
Portanto, quando as pupilas se dilatam devido ao uso de drogas, problemas cerebrais, ou doenças neurológicas, por exemplo, é o clínico geral ou neurologista que podem identificar a causa e indicar o tratamento adequado.
Por fim, há casos de pessoas com fotofobia, que são sensíveis à luz solar, pois as pupilas tendem a demorar a responder. Para esses casos, é indicado o uso de óculos escuros com lentes polarizadas ou fotocromáticas, que proporcionam mais conforto aos olhos.
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Fontes: All about vision, Ho Sergipe, Tua saúde
Imagens: Pró visão, Diário de biologia, Na prática, Med book, Universal, Canção nova, Neo prospecta, Revista algo mais, Hospital de olhos, Veja, Grupo recanto, Youtube, Neosante, MDS, Incrível, Vix