A Pirâmide de Quéops, que também recebe o nome de Pirâmide de Khufu, é um dos principais símbolos da história do Antigo Egito. Além disso, o monumento é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e a única das pirâmides de Gizé que ainda está de pé.
Localiza na Necrópole de Gizé, na região de Haram, em Cairo, o local também ainda contempla outras duas pirâmides. As construções de Quéfren e Miquerinos também se somam à Esfinge, ao Templo do Vale e ao Museu do Barco Solar na região.
A conclusão da construção aconteceu por volta de 2560 a.C. Veja mais sobre essa estrutura história, a seguir.
Quéops, o faraó
Quéops era o nome grego do faraó Khufu, segundo da quarta dinastia do período do Antigo Império. De acordo com historiadores, a quarta dinastia é a idade de ouro do Antigo Império, muito por conta das construções monumentais.
As pirâmides construídas nessa época, por exemplo, eram maiores e mais refinadas do que as típicas de outros períodos.
O reinado de Quéops durou de 2589 a 2566 a.C. Herdeiro de Seneferu, Quéops teve diversos herdeiros foi responsável pela construção de grandes monumentos ao longo de seu governo. Por causa disso, ele também é considerado o dono das pirâmides e, naturalmente, uma das figuras mais poderosas da história do Egito.
Pirâmide de Quéops
A pirâmide de Quéops tem 138 metros de altura e uma base de 227 metros. Sendo assim, as laterais sobem até o topo num ângulo de 51,8 graus.
Durante um período, a pirâmide tinha 147 metros de altura, mas acabou sendo reduzida. Isso porque o invólucro exterior e o revestimento foram removidos, retirando 9 metros de seu tamanho.
O projeto teve início a cerca de 7 mil anos, mas ainda hoje é singular e classificado como o melhor do ramo. Sob supervisão do arquiteto Hem-euno, a construção durou 20 anos e precisou da força de mais de 20 mil trabalhadores para chegar ao fim.
Ao todo, foram mais de 2300 milhões de blocos de pedras com pesos variados. Na construção, por exemplo, foram utilizados pedaços de pedra de 2,5 até 15 toneladas. Por outro lado, dentro da câmera funerária, alguns blocos podem chegar a ate 51 toneladas.
Interior da estrutura
A Grande Pirâmide de Gizé possui mais de três quartos. Estas salas incluem uma Grande Galeria, a Câmara do Rei e a Câmara da Rainha. A Câmara do Rei é a sala mais importante e está localizada na parte mais alta da pirâmide. Esta sala não é apenas importante e maior do que as outras salas, mas também tem um sarcófago de granito.
A Grande Galeria tem um corredor enorme com mais de 150 pés de comprimento, mais de 5 pés de largura e quase 30 pés de altura. Existem também outras áreas, como túneis que conduzem toda a pirâmide para o exterior.
Passagens secretas
As câmaras e passagens internas da pirâmide de Khufu são únicas e incluem uma série de características enigmáticas. Há uma câmara subterrânea inacabada cuja função é misteriosa, bem como uma série de chamados ‘poços de ar’ que irradiam das câmaras superiores.
Eles foram explorados usando pequenos robôs, mas uma série de pedras de bloqueio obscureceu as passagens. Ao entrar na pirâmide, é preciso rastejar por uma apertada câmara ascendente que se abre repentinamente em um espaço impressionante conhecido como Grande Galeria.
Esta passagem chega a uma altura de 8,74 metros e leva até a Câmara do Rei, que é construída inteiramente de granito vermelho trazido das pedreiras ao sul de Aswan.
Sarcófago do Rei
Acima da Câmara do Rei estão cinco câmaras de alívio de tensões de blocos maciços de granito cobertas por imensas lajes em balanço formando um telhado fechado para distribuir o peso da montanha de alvenaria acima dela.
O sarcófago do rei, também esculpido em granito vermelho, está vazio no eixo central exato da pirâmide. Esta câmara mortuária foi selada com uma série de blocos maciços de granito e a entrada do poço preenchida com calcário em um esforço para obscurecer a abertura.
Complexo mortuário
O complexo mortuário de Khufu também incluía sete grandes fossos para barcos. Cinco deles estão localizados a leste da pirâmide e eram uma espécie de modelo; esses elementos em forma de barco revestidos de tijolos provavelmente destinavam-se ao uso na vida após a morte para transportar o rei a destinos estelares.
Os enterros de barcos deste tipo tinham uma longa história em contextos mortuários reais. Aliás, uma frota de 14 desses poços, com barcos de madeira reais com média de 18-19 metros de comprimento encerrados no interior, foram descobertos em um recinto mortuário da Dinastia 1 em Abidos, cemitério dos primeiros reis do Egito.
Frequentemente, porém, como com Khufu, os poços eram simplesmente modelos em forma de barco, em vez de conter barcos reais.
Além de seus poços de barco, no entanto, no lado sul da pirâmide Khufu tinha dois poços retangulares forrados de pedra que continham barcos completamente desmontados. Ademais, esses barcos parecem ter sido usados para a última viagem terrena do rei – sua procissão funerária – antes de serem desmontados e enterrados.
Importância histórica de Quéops
De acordo com arqueólogos, as pirâmides funcionam como bons indicadores de estabilidade econômica e política no Egito. Isso porque o investimento exige uma organização tremenda para guiar as forças de trabalho, além de uma grande quantidade de recursos.
A pirâmide de Queóps trouxe inovações para as pirâmides curvada e vermelha, feitas pro seu pai. Elas são as primeiras da história a exibir os lados suaves, como nas pirâmides de Gizé, mas melhoram a forma e o ângulo lateral para completar a estrutura.
Além da pirâmide, as construções de Quéops também incluem a Barca Funerária. Ainda hoje, não se sabe ao certo sua função, mas estudiosos acreditam que ela servia para abrigar o Deus Sol na companhia do Faraó.
A embarcação também ficou intocável por anos, mas teve que passar por uma reconstrução depois de ser desmontado. Atualmente, ela pode ser vista no Museu do Barco Solar, no Egito.
Então, curtiu saber mais sobre essa imponente estrutura do Egito? Pois, leia também: Homem das cavernas: a vida do homem primitivo na Pré-História0.