Homem das cavernas: a vida do homem primitivo na Pré-História

O homem das cavernas é uma das figuras mais importantes na jornada da humanidade, porém, pouco se sabe sobre sua vida na Pré-História.

Homem das cavernas: a vida do homem primitivo na Pré-História

Visto que o indivíduo conhecido como “homem das cavernas” existiu muito antes da invenção da própria escrita, muito pouco sabemos sobre seu comportamento, aparência, cultura e relações. No entanto, adiantamos desde já que, ao contrário do que muitos acreditam – principalmente por estereótipos espalhados por Hollywood – o homem primitivo era bastante complexo e surpreendente.

Habitante do período Paleolítico, a primeira espécie de humanos aproximava-se bastante dos chimpanzés. No entanto, sua capacidade de andar sobre duas pernas e usar o cérebro para criar laços sociais e construir ferramentas, o diferenciou dos demais primatas.

Existem inúmeros equívocos e preconceitos em torno da existência do homem das cavernas – ele nem mesmo vivia em cavernas, por exemplo. Portanto, logo abaixo desenvolvemos melhor o conceito de homem primitivo, bem como seus hábitos, características e cultura.

Quem foi o homem das cavernas?

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Primeiramente, se você já estudou bilogia ou história, é provavel que já tenha visto o clássico desenho da evolução humana. Nele é possível ver uma fila de pessoas mudando sua postura ao longo do tempo, enquanto os primeiros eram quase quadrúpedes e mais próximos dos primatas, os mais recentes são bípedes e eretos.

No entanto, esse tipo de representação, além de equivocado, é um tanto quanto racista. Sabe por que? Porque além de pregar uma suposta evolução linear, ignorando a coesistência dos diversos representantes do homem das cavernas, essa imagem meramente biológica ignora completamente a cultura e a natureza deles.

Portanto, mais de uma espécie de homem das cavernas habitou o planeta ao mesmo tempo. Ademais, a vida deles era muito mais rica em detalhes do que podemos imaginar.  Só para ilustrar, o período que chamamos de Pré-História é extenso, ele vai dos primórdios da humanidade até a invenção da escrita, há aproximadamente 5 mil anos.

Sendo assim, muita coisa aconteceu e não fazemos nem ideia, mas podemos especular.

Como era a vida do homem primitivo?

Homem das cavernas: a vida do homem primitivo na Pré-História
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Para começar, pode esquecer aquela estereotipada visão de um homem das cavernas com um tacape em uma mão enquanto arrasta uma mulher pelos cabelos com a outra. Embora muitos acreditem nessa retratação, estudos já apontaram que o homem primitivo namorava sem brutalidade, conhecia a arte da música, trabalhava muito bem em grupo e até rezava do seu próprio jeito.

Além disso, o homem das cavernas dividia espaço com os animais da megafauna. Embora o nome seja autoexplicativo, a megafauna era composta por espécies muito grandes, como a preguiça-gigante, mastodontes, tigres-dente-de-sabre, bisões e muito mais. Sem dúvidas, um cotidiano com essas feras era cheio de adrenalina.

Características desses ancestrais

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De acordo com registros arqueológicos, o esqueleto mais antigo e completo encontrado ate então foi o de Lucy. O fóssil de Australopithecus afarensis possui cerca de 3,2 milhões de anos e foi encontrado na Etiópia. Ademais, graças a ele, os cientistas puderam compreender melhor algumas características desses ancestrais humanos.

Por exemplo, embora tivesse bastante em comum com os chimpazés, Lucy andava sobre os dois pés. Apesar dessa informação não parecer muito relevante à primeira vista, ela diz muito sobre nossa verdadeira evolução. Afinal, tornar-se bípede foi, talvez, a primeira cacaracterística distintiva dos humanos.

Além disso, foi através de Lucy que descobrimos que o homem das cavernas, na verdade, viveu inicialmente em árvores. Eventualmente, decorrente demudanças climáticas, eles precisaram descer para buscar alimentos. Ao passo que não tinham garras ou dentes afiados, seu principal diferencial era o cérebro.

Semelhanças com os primatas

Homem das cavernas: a vida do homem primitivo na Pré-História
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Assim como dissemos acima, Lucy tinha características de chimpanzé. Então, para compreender os hábitos dela e de seu povo, os cientistas estudaram primatas não-humanos. Como resultado da observação de orangotangos, gibões, gorilas e dos próprios chimpazés, criaram teorias de que o homem das cavernas era bem liberal.

Só para você te ruma ideia, acredita-se que os Australopithecus eram não monogâmicos, assim como a maioria dos macacos. Os chimpanzés, por exemplo, nossos primos mais próximos, são bem libertinos em suas comunidades de machos e fêmeas.

Criação de ferramentas e busca por alimentos

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Ademais, há 2,5 milhões de anos, o homem primitivo já talhava pedras para poder obter alimentos. Dessa forma, ele conseguia quebrar ossos e nozes. Além disso, essa espécia já sabia usar plantas medicinais para combater parasitas do intestino. Contudo, eles não comiam carne de dinossauros. Na verdade, sua alimentação consistia em ovos, frutas, carcaças abandonadas e até mesmo insetos.

Mais tarde, o Homo erectus aprenderia a controlar o fogo também usando pedras e cristais. Dessa forma, o homem das cavernas conseguiu se aquecer, afastar animais e até mesmo melhorar as pontas das lanças. Essa foi um grande marco para a conquista da natureza.

Relações sociais do homem das cavernas

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Outra importante característica do homem das cavernas é que eles viviam em grupos. Cerca de 20 ou 30 pessoas se reuniam e passavam a compartilhar costumes e laços familiares. Juntos, eles caçavam e cuidavam uns dos outros. No entanto, se o número de integrantes ultrapassasse esse valor, o grupo teria problemas de abastacimento. Em contrapartida, se fossem menores, ficariam mais vulneráveis.

Além disso, outra característica marcante do homem primitivo era o nomadismo e dos Neandertais. Esses indivíduos sempre moviam-se em busca de recursos naturais. Aliás, curiosamente, apesar do nome, eles não costumavam viver em cavernas e sim em cabanas feitas de peles, ossos e pedras.

Ainda falando sobre os laços familiares, o homem das cavernas era bastante empático, tanto com seus iguais quanto com animais. Sempre motivado a ajudá-los, esse indivíduo desenvolveu muito bem sentimentos como compaixão, luto e comprometimento social. Cmo resultado disso, eles ajudavam uns aos outros e, dificilmente, abandonavam quem precisava de ajuda, aceitando muito bem portadores de necessidades especiais.

Roupas

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Quando os nômades chegaram ao território que hoje chamamos de Sibéria, eles encontraram os mamutes. Essa foi uma ótima descoberta, pois assim eles passaram a usar os ossos e couro dos grandes mamíferos para fazer roupas e abrigos portáteis. Dessa forma, finalmente o frio de 40 graus negativos pôde ser contornado. Ademais, eles inovaram em outra ferramenta: a agulha de costura.

Assim como mencionamos acima, há muitos equívocos na retratação do  homem das cavernas. Então, ao contrário do que nos acostumamos a ver, eles não andavam seminus e com uma pele de animal jogada de qualquer jeito sobre o corpo. Na verdade, eles costuravam roupas com pelos e tendões de animais, além de usar gorros e calçados de couros.

E então, o que achou dessa matéria? Se gostou, não deixe de conferir: Ancestrais dos seres humanos – A evolução da espécie.

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