Ruídos em Windsor, no Canadá, assustam moradores e cientistas

Os misteriosos ruídos de Windsor, no Canadá, podem durar minutos ou dias a fio e chegam a fazer as janelas vibrarem de tão grave.

Se você gosta de ter paz, jamais pense em se mudar para a cidade de Windsor, no Canadá. Segundo relatos de moradores e de cientistas que já se prestaram ao estudo daquela região, há mais de 8 anos persistem ruídos em Windsor, que têm início sem qualquer tipo de aviso e que até hoje não puderam ser identificados pela Ciência.

Quem vive na cidade canadense que faz fronteira com os Estados Unidos explica os zumbidos como um som grave e ritmado, que se parece muito com o motor de um caminhão em ponto morto ou até mesmo com aquele baque que a gente sente no peito quando um trovão cai em algum lugar distante. Dá para imaginar isso?

A potência dos ruídos de Windsor

O pior de tudo é que os ruídos de Windsor, ou “Windsor Hum”, não desorientam apenas as pessoas. O barulho chega a 35 Hz, considerado uma nota muito mais grave que a de um baixo elétrico, e isso traz consequências físicas.

O ruído, que pode vir mais alto ou mais baixa e durar minutos ou dias a fio, é tão intenso que faz as janelas vibrarem, assusta os animais de estimação e está causando até mesmo problemas psicológicos nas pessoas.

Qual a origem do barulho?

Estudos já foram realizados na região, mas ainda não é possível dizer o que causam os misteriosos ruídos de Windsor. Apesar disso, cientistas afirmam que o zumbido venha da ilha de Zug, um pedacinho de terra no rio Detroit (que dá origem ao nome da cidade americana de Detroit, do lado americano), propriedade da siderúrgica americana U.S. Steel.

Pesquisas feitas em 2011 e em 2014 associam a origem dos ruídos de Windsor com as atividades da empresa na ilha, especialmente com relação ao uso dos fornos de alta potência da metalúrgica.

Propriedade particular

O problema é que faixa de terra é uma propriedade particular, o que impede que as autoridades canadenses entrem na ilha para investigar o problema sem autorização expressa da companhia, o que depende também de negociações diplomáticas com o governo americano.

E, além de todos esses problemas, ao que tudo indica, a empresa americana também não está nada disposta a diálogos. Há anos, por exemplo, ela não responde aos pedidos de entrevista sobre o assunto, não emite declarações sobre o caso dos ruídos de Windsor e, muito menos, permite o acesso físico à ilha.

O que diz a lei?

Agora, se você está pensando porque a lei não interfere nessa história de maneira mais incisiva, a explicação é bem simples: as restrições legais com relação à poluição sonora produzida pelas indústrias se aplicam apenas aos ruídos altos, que podem causar danos físicos à audição.

Na verdade, não existe nenhuma aplicação legal com relação aos possíveis problemas psicológicos e danos ao bem-estar que a atividade industrial possa causar às pessoas que vivem na região em que a empresa atua.

Imunidade legal

O problema tem sido tão perturbador que os cidadãos, por meio de campanhas de conscientização nas redes sociais e de outras manifestações públicas, estão conseguindo das autoridades locais imunidade legal à empresa, caso ela se disponha a investigar a origem dos ruídos de Windsor.

Ou seja, pelo acordo, a empresa não é processada nem deverá pagar indenização se permitir que providências sejam tomadas sobre o barulho originado em suas terras.

Intrigante, não? Abaixo você consegue ouvir um pouquinho de como se parece os terríveis ruídos de Windsor.

E então, conseguiu ouvir? O que você achou o ruído? Acha que conseguiria conviver com esse barulho ou já teria abandonado a cidade? Não deixe de comentar!

Agora, falando em coisas que a Ciência não explica, você pode ficar levemente chocado com essa outra matéria a seguir: 4 assustadores mistérios que a Ciência NUNCA desvendou.

Fontes: Superinteressante, G1, Terra

Outras postagens