Quem criou e o que é o mapa de sabores na língua?

Antigamente acreditava-se que apenas algumas regiões da língua eram capazes de identificar os sabores salgado, doce, amargo e azedo.

Quem criou e o que é o mapa de sabores na língua?

O que você pensa quando ouve o termo “mapa de sabores na língua”? Certamente, você deve lembrar daquela figura da língua humana comum nos livros de biologia ou anatomia na escola.

O desenho descreve diferentes regiões da língua diferenciadas por linhas, cores ou ambos. Além disso, cada uma dessas regiões está relacionada a um tipo específico de sabor. Salgado e azedo nas laterais, amargo no dorso e doce na ponta.

Em suma, este diagrama está entre as representações mais amplamente reconhecidas de como a língua funciona. No entanto, recentemente foi descoberto que ele está completamente errado. Além disso, nele está ausente o quinto sabor básico, umami. Continue lendo e saiba mais abaixo.

Quem criou o mapa de sabores na língua?

O mapa da língua tem suas raízes em um experimento alemão de mais de um século. O cientista David P. Hänig, curioso sobre a percepção do sabor, distribuiu quatro sabores nas bordas da língua dos voluntários: doce, azedo, amargo e salgado.

Hänig focou nas bordas da língua, especificamente, porque elas são particularmente densas com papilas gustativas.

Com efeito, em um artigo de 1901, ele descreveu suas descobertas: certas zonas da língua de seus voluntários eram mais sensíveis a certos sabores. Por exemplo, demorava menos na ponta da língua, normalmente, para um voluntário perceber um gosto doce.

Ele representou graficamente as sensibilidades relativas ao sabor em torno das bordas da língua de uma forma confusa, e fez a variação parecer mais extrema do que realmente era. Veja o gráfico que ele estipulou a seguir.

Por que o mapa do paladar estava errado?

Quem criou e o que é o mapa de sabores na língua?

Na década de 1940, um cientista de Harvard ampliou ainda mais essa distorção, traduzindo as descobertas gráficas de Hänig em um mapa de língua que deu a impressão de que as diferenças na sensibilidade ao sabor são ainda maiores.

Desse modo, Boring foi extremamente influente e a maioria dos autores de livros didáticos considerou sua teoria verdadeira. Além disso, a questão não foi muito estudada por muitos anos depois de 1901.

Todavia, Virginia B. Collings, em 1974, pode ter sido a primeira a reinvestigá-la. Além dela, muitos cientistas realizaram uma série de experimentos provando que a boca contém muitas papilas gustativas, do palato mole à língua e à garganta.

Ademais, os estudos neurológicos continuam a examinar como a língua envia informações ao cérebro. Esses estudos sugerem que as qualidades gustativas individuais não se restringem a regiões isoladas do apêndice.

Como funciona a identificação dos sabores na língua?

Em suma, dois nervos cranianos contribuem para a percepção do paladar. Eles estão localizados em diferentes partes da língua. O primeiro é o nervo glossofaríngeo, localizado na parte posterior do músculo. O segundo é o ramo corda do tímpano do nervo facial na frente.

Ao estudar pacientes que tiveram suas cordas do tímpano anestesiadas ou cortadas acidentalmente, eles descobriram que os pacientes ainda podem ter um sabor doce no paladar. Mesmo com as pontas da língua efetivamente removidas da equação.

Por fim, nos últimos 15 anos, biólogos moleculares também deram sua opinião sobre o debate sobre o sabor. Eles demonstraram que cada tipo de sabor estimula uma proteína receptora específica encontrada nas células gustativas da boca, garganta e língua.

Enquanto os sabores doces ativam o mesmo receptor, os alimentos amargos ativam um receptor completamente diferente. No entanto, como esses receptores são encontrados em cada papila gustativa, isso desmente ainda mais a ideia de que apenas certas áreas da língua podem sentir sabores específicos.

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