Define-se sangue doce como o motivo pela qual os mosquitos picam mais algumas pessoas do que outras. Nesse sentido, também é uma expressão popular utilizada para designar pessoas que atraem outras com facilidade. Ou seja, porque o sangue é doce, há associação com coisas positivas, o que explica a facilidade em fazer amigos.
Além disso, utiliza-se o termo no sentido de levar a vida sem preocupação, vivendo tranquilamente e sem maiores problemas. Em resumo, estima-se que a origem do sangue doce parta exatamente dessa conotação. Sendo assim, uma pessoa tem o sangue doce por ser uma pessoa doce, tranquila e passiva.
No entanto, algumas pessoas passaram a levar a conotação de sangue doce para explicar as picadas de mosquito a sério. Portanto, tornou-se um mito e um dito popular entre aqueles que acreditam que isso de fato é possível. Contudo, a Ciência investigou essa hipótese e tem outras explicações.
O que a Ciência diz sobre o sangue doce?
A princípio, um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, desenvolvido em 2015 na Inglaterra, investigou a questão por trás do sangue doce. Nesse sentido, identificaram que a tração dos mosquitos acontece por questão da genética. Ou seja, o cheiro do corpo atrai insetos de maneiras diferentes, o que tem relação com os genes.
Sendo assim, a pesquisa envolveu até os casos de gêmeos idênticos, onde os genes são completamente iguais. Como consequência, notou-se que ambos atraem mosquitos na mesma medida. Ademais, estima-se que a descoberta pode aperfeiçoar a indústria de repelentes e o controle de pragas urbanas.
Em contrapartida, concluiu-se que gêmeos idênticos com menos de metade dos genes iguais geram reações diversas nos insetos. Basicamente, podem atrair mais ou menos entre si, criando diferenciações. Nesse contexto, cabe ressaltar que participaram do estudo dezoito gêmeos idênticos e dezenove gêmeos não idênticos.
Em resumo, durante o experimento, uma espécie do mosquito Aedies aegypti, conhecido por causa a dengue, foi solto em um tubo. Mais ainda, esse tubo teria forma de Y e em cada uma das pontas estaria as mãos de um dos gêmeos. Logo em seguida, os cientista analisariam qual pessoa atrairia mais o mosquito com o seu sangue.
No geral, concluiu-se ainda que seres humanos produzem odores não perceptíveis ao olfato humano, mas que naturalmente repelem os mosquitos. Curiosamente, os pesquisadores por trás do estudo acreditam que essas investigações podem gerar comprimidos que inibam a produção desses odores. Portanto, será possível afastar os mosquitos e evitar suas atividades.
O que diferencia o cheiro de cada pessoa?
Primeiramente, estima-se que cada indivíduo emane um odor próprio, que tende a ser imperceptível ao olfato humano. No geral, esse odor é produzido por meio das funções orgânicas, sendo determinado também pelos genes. Portanto, existem fatores que afetam essa formação, diferenciando cada indivíduo.
Antes de mais nada, estima-se que os mosquitos se atraem pelo gás carbônico eliminado durante a respiração. Sendo assim, indivíduos que estão praticando exercício físico tornam-se alvos mais fáceis. Ademais, adultos, obesos e grávidas também entram na lista pela frequência respiratória.
Por outro lado, a temperatura corporal ainda afeta a formação dos odores. Em resumo, os mosquitos identificam as temperaturas elevadas no corpo humano, pois indicam maior circulação do chamado sangue doce no local. Ou seja, por isso é mais comum que os mosquitos piquem a palma das mãos e as solas dos pés, porque há pouco fluxo sanguíneo nesses locais.
Curiosamente, o tipo sanguíneo também afeta a formação de odores, e por consequência, a percepção dos mosquitos. Em outras palavras, uma pesquisa publicada no Journal of Medical Entomology observou o comportamento dos insetos. Como consequência, identificaram que os mosquitos tendem a escolher pessoas com sangue tipo O duas vezes mais que as pessoas com sangue tipo A.
Sobretudo, esse comportamento decorre das secreções produzidas pelo corpo humano, que facilita a identificação do tipo sanguíneo por parte do inseto. Além disso, o próprio suor enquanto secreção contém substâncias que afetam os odores humanos e atraem os mosquitos, como o caso do ácido lático.
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Fontes: Notícias R7 | Só Português | A Gazeta | DW
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