Você sabia que o túmulo que se acredita ser a tumba de Jesus foi aberto em 2016 pela primeira vez após séculos? Por décadas, arqueólogos e teólogos discutem se a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém é o local onde ocorreu o sepultamento e ressureição de Cristo.
A tumba foi selada em mármore desde 1500 para evitar que os visitantes roubassem peças como relíquias. Desse modo, ela é cerca de 700 anos mais velha do que se pensava, construída no ano 300, de acordo com pesquisas da Universidade Técnica Nacional de Atenas.
Isso se alinha com a crença histórica de que os romanos construíram um santuário no local por volta do ano 325 para marcar o local do sepultamento de Jesus.
Onde fica a tumba de Jesus?
De acordo com historiadores, o descanso final de Jesus fica numa caverna dentro da igreja e contém uma tumba conhecida como Edícula. O teste foi se deu como parte do trabalho de restauração que abriu o túmulo pela primeira vez em séculos, em outubro de 2016.
Com efeito, a equipe da Universidade Técnica Nacional de Atenas datou a argamassa sob a laje inferior para o ano 345 usando um processo chamado luminescência opticamente estimulada, que determina quando uma substância foi exposta à luz pela última vez.
Ademais, acredita-se que Constantino, o Grande, o primeiro imperador cristão de Roma que governou de 306 a 337, tenha enviado representantes a Jerusalém para encontrar o túmulo de Jesus.
É realmente o túmulo de Jesus?
Os especialistas ainda têm dúvidas sobre se este túmulo realmente pertenceu ou não a Jesus Cristo. Ao contrário dos representantes da igreja de Constantino que determinaram qual cruz pertencia a Jesus por meio de façanhas milagrosas; arqueologicamente, existe a possibilidade de que essa tumba também pudesse ter pertencido a outro judeu famoso como Jesus de Nazaré.
Entretanto, uma longa prateleira ou leito funerário é a principal característica do túmulo. Conforme a tradição, o corpo de Cristo foi posto no local após a crucificação.
Essas prateleiras eram comuns durante o tempo de Jesus em tumbas de judeus ricos durante o primeiro século. Os últimos relatos escritos por peregrinos mencionam um revestimento de mármore cobrindo o leito do cemitério.
Como é por dentro da Edícula?
A edícula é uma pequena capela que abriga o Santo Sepulcro. Possui duas salas – uma contém a Pedra do Anjo, que se acredita ser um fragmento da pedra que selou o túmulo de Jesus, a outra é o túmulo de Jesus. Após o século XIV, uma placa de mármore sobre o túmulo agora o protege de novos danos causados por multidões de peregrinos.
A Igreja Católica Romana, a Ortodoxa Oriental e a Apostólica Armênia têm acesso legítimo ao interior da tumba. Ademais, todas as três celebram a Santa Missa ali diariamente.
Entre maio de 2016 e março de 2017, a edícula passou por uma cuidadosa restauração e reparo após a estrutura para torná-la segura para os visitantes novamente. A entrada na igreja é gratuita e visitantes de todas as religiões são bem-vindos.
Outra provável tumba de Jesus
A tumba do jardim fica fora dos muros da cidade de Jerusalém, perto do Portão de Damasco. Desse modo, muitos a consideram como o local do sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Também conhecida como Calvário de Gordon, a Tumba do Jardim é diferente da edícula que existe na Igreja do Santo Sepulcro.
A tumba foi descoberta em 1867, mas a crença de que este é o local exato onde Jesus foi sepultado, também vive em meio a controvérsias. Contudo, um dos pontos-chave para apoiar a autenticidade da Tumba é sua localização.
A bíblia afirma que o local de sepultamento está fora dos muros da cidade, o que de fato é o túmulo do jardim, ao contrário da Igreja do Santo Sepulcro, que está dentro deles.
Um outro ponto sobre a autenticidade da Tumba do Jardim é que os arqueólogos colocaram a data da tumba como sendo 9 a 7 a.C., correspondendo ao final da era do Velho Testamento.
Por último, os bancos funerários da Tumba do Jardim foram cortados durante o período bizantino dos séculos 4 a 6. Isso dá crédito aos historiadores que afirmam que, se fosse um local de tal importância, não teria sido desfigurado dessa forma.
Ademais, no momento da reforma do túmulo, a Igreja do Santo Sepulcro já era reverenciada como o mais importante santuário cristão.
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