Doença da vaca louca: conheça suas causas, sintomas e riscos

A doença da vaca louca ficou famosa no noticiário durante algum tempo; saiba mais sobre suas causas e como ela pode contaminar os humanos

Doença da vaca louca: conheça suas causas, sintomas e riscos

A vaca louca é uma doença que ficou bastante conhecida na década de 1990, quando houve um grande surto na Europa. O nome científico da doença é encefalopatia espongiforme bovina (EEB) e a sigla “vaca louca” é uma forma popular de se referir a ela.

A EEB é uma doença neurodegenerativa que afeta bovinos e pode ser transmitida para seres humanos através do consumo de alimentos contaminados, especialmente carne de boi mal cozida ou processada de forma inadequada. A causa da doença é um príon, uma proteína anormal que se acumula no cérebro do animal e causa lesões esponjosas no tecido nervoso.

Os sintomas da EEB em bovinos incluem alterações de comportamento, como agitação, nervosismo e agressividade, além de problemas neurológicos, como dificuldade de coordenação e movimentos descoordenados. Já em humanos, a doença se manifesta como a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ), que causa sintomas como perda de memória, distúrbios de comportamento, problemas de visão e audição e perda de coordenação motora. A vDCJ é uma doença rara, mas fatal, e não há cura ou tratamento eficaz.

Desde o surto de EEB na década de 1990, foram implementadas diversas medidas de prevenção e controle da doença, como a proibição de uso de farinha de carne e ossos na alimentação de bovinos, o controle de importação e exportação de animais e produtos de origem animal e a realização de testes de detecção em bovinos abatidos para consumo humano. Ainda assim, a EEB continua sendo uma preocupação para a saúde pública e a segurança alimentar em todo o mundo.

O que é a doença da vaca louca?

Primeiramente, a doença da vaca louca é causada por uma forma de proteína, chamada príon. Basicamente, os príons são menores que um vírus, e não sofrem modificações por calor. Normalmente, os príons alojam nas células nervosas de todos os mamíferos. Até porque eles são responsáveis pelo amadurecimento dos neurônios.

Entretanto, eles podem se tornar patogênicas, podendo causar doenças crônicas e degenerativas do sistema nervoso central. Desse modo, a transmissão pode se dar de forma infecciosa ou então hereditária.

Porém, elas não provocam respostas imunitárias ou inflamatórias no indivíduo acometido. Por outro lado, encontram-se príons alterados por todo o cérebro de animais contaminados pela EEB e humanos infectados.

Ou seja, eles podem causar a morte das células cerebrais. Formando, então, buracos no cérebro parecidos com os de uma esponja, se forem observados por um microscópio.

A EEB é uma doença neurodegenerativa, que afeta bovinos e pode ser transmitida para seres humanos através do consumo de alimentos contaminados, especialmente carne de boi mal cozida ou processada de forma inadequada. A doença é causada por um príon, uma proteína anormal que se acumula no cérebro do animal e causa lesões esponjosas no tecido nervoso.

Causas e transmissão

A doença da vaca louca é causada por uma proteína anormal chamada príon. Acredita-se que a origem da EEB esteja relacionada ao uso de farinha de carne e ossos contaminada na alimentação de bovinos. Ou seja, quando os bovinos consomem essa farinha, os príons se acumulam em seus tecidos nervosos, levando a danos no cérebro e à manifestação dos sintomas da doença.

A transmissão da EEB ocorre através do consumo de carne bovina contaminada com príons, especialmente quando a carne é mal cozida ou processada de forma inadequada. Além disso, os príons são por meio do uso de produtos de origem animal contaminados, como medula óssea e sangue.

A EEB não é transmitida de pessoa para pessoa, mas acredita-se que a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ), que afeta seres humanos que consumiram carne bovina contaminada, possa ser transmitida através de transplante de tecidos ou órgãos de pessoas infectadas.

Para prevenir a transmissão da EEB, é importante que os produtores de bovinos evitem o uso de farinha de carne e ossos na alimentação dos animais e realizem testes de detecção em bovinos abatidos para consumo humano. Além disso, é importante que as pessoas cozinhem a carne bovina de forma adequada e evitem o consumo de produtos de origem animal suspeitos de contaminação.

Quais são os sintomas da vaca louca?

A doença da vaca louca, também conhecida como encefalopatia espongiforme bovina (EEB), pode apresentar sintomas diferentes em bovinos e seres humanos. Confira abaixo:

Nos bovinos:

  • Alterações de comportamento, como agitação, nervosismo e agressividade;
  • Problemas neurológicos, como dificuldade de coordenação e movimentos descoordenados;
  • Perda de peso;
  • Diminuição na produção de leite;
  • Dificuldade para se manter em pé;
  • Dificuldade para se alimentar.
  • Esses sintomas geralmente aparecem alguns meses após a infecção pelo príon e progridem rapidamente, levando à morte do animal.

Nos humanos:

  • Alterações de comportamento, como irritabilidade e depressão;
  • Problemas de coordenação motora;
  • Dificuldade para falar e engolir;
  • Perda de memória;
  • Problemas de visão e audição;
  • Alucinações;
  • Demência;
  • Espasmos musculares.

Os sintomas da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ), que é a forma da doença da vaca louca que afeta seres humanos, geralmente aparecem anos após o consumo de carne bovina contaminada e progridem rapidamente, levando à morte em um período de meses. A vDCJ é uma doença rara, mas fatal, e não há cura ou tratamento eficaz.

Diagnóstico e tratamento da doença da vaca louca

O diagnóstico da doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina – EEB) é feito por meio de exames clínicos, exames laboratoriais e análises de tecidos cerebrais do animal infectado. Os principais exames laboratoriais utilizados para o diagnóstico são o ELISA e o Western Blot, que detectam a presença de príons no cérebro do animal.

Infelizmente, não há cura para a EEB em bovinos e o tratamento é paliativo, com o objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do animal. Em casos de suspeita de EEB, os animais infectados devem ser isolados e abatidos, e suas carcaças devem ser destruídas de forma segura para evitar a contaminação do meio ambiente.

No caso da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vDCJ), que é a forma da doença da vaca louca que afeta seres humanos, não há tratamento específico e a evolução da doença é inexorável. O tratamento consiste no alívio dos sintomas, como dor e agitação, e o cuidado com os pacientes é feito por uma equipe multidisciplinar. A prevenção é a melhor forma de evitar a vDCJ, através da adoção de medidas de segurança alimentar e da proibição do uso de produtos de origem animal suspeitos de contaminação.

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No Brasil

A priori, no Brasil, o status sanitário para EEB é de risco insignificante, segundo último relatório de maio de 2013. Esse relatório, aliás, é da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Veja outros casos de comida contaminada.

Após inúmeros casos antigos, o país desenvolveu um método de prevenção. Uma análise da ração animal utilizada para alimentar os rebanhos é feita, então.

Ademais, se tornou proibido o uso de proteína animal na fabricação de ração para bovinos. Por isso, o risco de desenvolver a doença se tornou ainda menor. Até porque, atualmente, o rebanho brasileiro, em sua maioria, se alimenta de pastagens.

Além disso, o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB) existe para manter controle sobre a doença. Basicamente, eles procuram evitar a entrada da doença no país, por meio de um sistema de vigilância para detecção de animais infectados. Finalizando, pode ficar mais aliviado. Aparentemente, estamos seguros.

Bibliografia: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, World Health Organization,

Referências: Brasil Escola, Mundo Educacao, BBC, CNN Brasil

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