Veles é uma das divindades da mitologia eslava, conhecido por sua ligação com o submundo, a natureza e a magia. Ele é retratado como um deus das forças ctônicas, associado à terra, à água, ao gado e à fertilidade.
Além disso, o deus Veles é também famoso por sua rivalidade com Perun, o deus do céu e do trovão, um conflito que muitos acreditam que simboliza a eterna luta entre ordem e caos. Um fato importante é que essa rivalidade mítica entre Veles e Perun destaca a importância do equilíbrio entre as forças opostas na cosmologia eslava, com Veles representando a natureza selvagem e indomável que deve ser harmonizada com a ordem celestial de Perun.
Vamos saber um pouco mais sobre essa figura da mitologia eslava? Continue com a gente!
Quem é e quais os poderes de Veles?
Veles é um dos principais deuses da mitologia eslava. Ele era considerado o rei das almas que partiram e, por isso, tornou-se naturalmente associado a poderes sobrenaturais, magia e comunhão com espíritos.
Os eslavos veneravam Veles porque acreditavam que ele protegia o gado e cuidava de animais e plantas. Rituais antigos dedicados a Veles eram realizados em bosques sagrados e margens de rios. Ele também era venerado entre todas as tribos eslavas, sendo seu culto muito forte.
Diante disso, segundo a sua história na mitologia, esse deus tem a habilidade de controlar o clima, trazendo tempestades e fertilidade à terra. Também é um mestre da transformação, assumindo formas animais, especialmente de serpente ou dragão, para enganar e testar os mortais. Por fim, ele também é visto como um guardião das almas dos mortos e um mediador entre o mundo dos vivos e o dos espíritos.
Qual é a história de Veles?
Veles é uma das divindades mais importantes da mitologia eslava, conhecida por sua rivalidade com o deus Perun, o deus do Trovão. Veles, representando o submundo e as forças ctônicas, rouba o gado, a esposa ou os filhos de Perun, que simboliza o céu e as forças da ordem. Um conflito da luta entre a ordem e o caos, onde Perun eventualmente derrota Veles, restaurando a ordem.
Além de sua rivalidade com Perun, Veles é também um deus associado à fertilidade, à riqueza e à magia. Ele é frequentemente retratado como uma figura inteligente e mutável, capaz de se transformar em diversos animais, principalmente quando se trata de uma serpente ou dragão, o que simboliza seu domínio sobre os elementos terrestres e aquáticos.
Por fim, ele também um protetor dos pastores e dos rebanhos, garantindo a prosperidade agrícola. Como guardião do submundo, ele é responsável pelas almas dos mortos, com a responsabilidade de conduzir ao seu reino após a morte.
Qual é a etimologia do nome Veles?
A etimologia exata do nome Veles não é tão clara, mas existem algumas teorias boas sobre sua origem. Uma possibilidade é que o nome derive da raiz proto-indo-europeia u̯el-, que significa “querer, desejar”. Isso porque essa raiz está presente em várias palavras relacionadas a Veles, como o nome eslavo para “gado” (vol) e o nome eslavo para “riqueza” (bogatŭ).
Por fim, uma outra teoria é que esse nome esteja relacionado à palavra eslava velĭ, que significa “grande”. Isso faria sentido, já que ele é um deus poderoso e importante na mitologia eslava. Além disso, o nome Veles pode estar ligado à palavra eslava vĕlĭ, que significa “feiticeiro” ou “mágico”. Isso, inclusive, reforça a associação de Veles com a magia e os poderes sobrenaturais.
Como é feito o culto a Veles?
O culto a Veles era praticado principalmente pelos povos eslavos em tempos pré-cristãos, com rituais e celebrações que destacavam sua conexão com a terra, os animais e o submundo. Os devotos desse deus realizavam sacrifícios de animais, especialmente de gado, para garantir a proteção e a prosperidade dos rebanhos.
Sendo assim, esses sacrifícios eram muitas vezes acompanhados de festivais e festas que incluíam música, dança e oferendas de alimentos e bebidas. O gado, em particular, era um símbolo de riqueza e fertilidade, e ao oferecer parte de seus rebanhos, os seguidores esperavam ganhar as bênçãos de Veles para um ano agrícola próspero.
Além dos sacrifícios de animais, os rituais em honra a Veles também incluíam práticas de adivinhação e magia. Os sacerdotes e xamãs, que serviam como intermediários entre os mortais e os deuses, conduziam cerimônias em locais sagrados, como florestas, fontes e cavernas, que muitos consideram portais para o reino de Veles. Durante esses rituais, invocavam-se os poderes de Veles para curar doenças, proteger contra espíritos malignos e assegurar boas colheitas.
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Fonte: Conto de todos os cantos