A série Vikings: Valhalla estreia na Netflix nesta sexta-feira (25). A produção funciona como um tipo de continuação da famosa “Vikings”, originalmente lançada e exibida pelo History Channel. Apesar de ter agradado desde o início, a série não chegou a ser um sucesso imediato.
Contudo, após a Netflix disponibilizar a saga da família Lothbrok em seu catálogo, isso mudou completamente. Afinal, não demorou muito para que se tornasse um fenômeno pop. Além disso, durante suas 6 temporadas, teve seus 89 episódios escritos pelo mesmo diretor.
A direção completa de Michael Hirst é algo raro de se ver. Contudo, isso certamente ajudou no crescimento dos personagens e da história. Da mesma forma, a qualidade do texto também seguiu um ótimo padrão. Agora, “Vikings: Valhalla” traz uma nova visão, uma que pode ou não agradar os fãs.
A trama se situa um século depois dos eventos da original “Vikings”, e é um retorno à cultura viking e o universo da mitologia nórdica durante os anos em que sofreu sua queda.
Em sua primeira temporada, a série apresenta 8 episódios, e se esforça para se aproximar de sua versão original. Mas ao mesmo tempo, também busca mostrar um produto novo. Dessa forma, os primeiros episódios fazem várias referências aos personagens importantes da história, e logo se mostra interessada em olhar para o futuro.
Vikings: Valhalla estreia na Netflix após sucesso da série original
“Vikings”, a versão original, acompanhou a ascensão nórdica na Europa, por meio das navegações e invasões. Enquanto isso, “Vikings: Valhalla” já se passa um século depois, trazendo o crescimento do cristianismo e a supressão do culto aos antigos deuses. Os protagonistas da série são os irmãos Leif Eriksson (Sam Cortlett) e Freydis Eriksdottir (Frida Gustavsson), bem como o cristão Harald Sigurdsson (Leo Suter). Os dois irmãos são nórdicos livres da influência cristã, e Harald se aproxima deles, mas acaba em um conflito religioso.
Dessa forma, na ocasião em que Vikings: Valhalla estreia na Netflix, boa parte do começo da trama foca no conflito entre Leif, Freydis e sua chegada em Kattegat. Na cidade, os dois são vistos como párias, mas viajam para lá para atender ao chamado do Rei Canute (Bradley Freegard), que deseja se vingar do antigo rei britânico Aethelred, por conta de um massacre de daneses. Apesar das diferenças religiosas, a vingança justifica uma grande aliança viking para atacar os ingleses.
A distância de Vikings: Valhalla de sua antecessora está na queda dos costumes da mitologia nórdica. Na nova série, tais detalhes são bem menos poéticos e contemplativos que a primeira versão, e a abordagem é muito mais direta, algo que torna o desenvolvimento dos personagens mais dependente de diálogos ao invés de sensações para uma boa construção.
Mesmo que o produto novo possa não ter o mesmo impacto do original, a série pode pelo menos ser superior que as últimas temporadas de Vikings. Afinal, já que o propósito é retratar a queda da cultura viking, não existiriam motivos para repetir o que já foi feito.
Fonte: A Gazeta