Segundo o dicionário, purgatório é o lugar que purga, limpa ou purifica. Já segundo a Enciclopédia Católica, é um lugar para os que morrem antes de estarem livres de seus erros pagaram por eles durante a vida. Portanto, a palavra diz respeito a um lugar ou fase de castigo. Mas, apesar do conceito ser ligado a crenças católicas, também está presente em outras crenças.
Santo Agostinho foi um dos primeiros a propor uma crença para além do céu e do inferno. Antes dele, acreditava-se que as pessoas boas iam para um paraíso, enquanto os pecadores iam para a condenação. Ele falou sobre a chance de redenção de pecados de mortos por meio da oração.
O conceito do purgatório foi difundido na Igreja Católica a partir do século XII. Apresentar um terceiro caminho permitia uma crença capaz de abranger mais comportamentos. Então, o local surge como possibilidade de amadurecimentoe redenção das pessoas e de suas almas.
O termo passou a ser utilizado para além do lugar mítico. Além de representar uma das possibilidades pós-morte, ele indica um estado de sofrimento temporário. O termo, inclusive, pode ser aplicado fora do contexto religioso.
Outros cristãos como mórmons e ortodoxos também acreditam no conceito. Mórmons compartilham a crença que oferece a possibilidade de salvação. Já os ortodoxos entendem que é possível purificar uma alma a partir da oração dos vivos, ou da oferta da Divina Liturgia.
Para os protestantes, não há crença no conceito de purgatório. Sua crença defende que a salvação só pode ser alcançada em vida. O livro de II Macabeus é que define o conceito, mas ele não consta nos textos das igrejas quadrangulares, presbiterianas, batistas e metodistas.
No judaísmo, a purificação da alma só é possível em Geena, ou Vale de Hinom, que simboliza a região do purgatório judeu. Na antiguidade, porém, a religião já compreendia a existência de um lugar que misturava os homens nem bons nem maus, assim como também faziam os hindus.