Em primeiro lugar, Ana Jansen é o nome de Ana Joaquina Jansen Pereira, também popular pelo apelido Donana. Nesse sentido, se trata de uma empresária e política brasileira que entrou na história por conta de sua atuação no Maranhão. Sobretudo, sua crueldade com seus escravos na época em que viveu crio uma lenda urbana em São Luís.
A princípio, Ana Jansen era filha de Vicente Gomes de Lemos Albuquerque e Rosa Maria Jansen Müller. Acima de tudo, era uma família rica, porque possuíam terras e imóveis. Ademais, eram presentes nos movimentos políticos e ativistas sociais. Em resumo, a família tinha descendência da nobreza europeia.
Desse modo, se instalaram na cidade de São Luis, na antiga província do Maranhão. No entanto, a mulher foi expulsa da família porque teve um filho com um pai desconhecido. Portanto, se tornou uma mulher não mais virgem, e mãe solteira, o que era uma grande vergonha na época.
Sendo assim, foi expulsa de sua casa, perdeu seu sobrenome e teve que cuidar de seu filho recém-nascido sozinha no mundo. Apesar das grandes dificuldades que enfrentou por anos, acabou tornando-se amante do rico coronel Isidoro Rodrigues Pereira, uma família extremamente rica na região. A partir desse ponto, a lenda toma forma.
A lenda de Ana Jansen
No geral, Ana Jansen teve alguns filhos com o rico coronel, e tornou-se sua esposa após a morte da primeira mulher que teve. Ademais, o homem aceitou criar seu filho e a sustentou por anos. Ainda assim, relacionamento era mal visto, porque era uma mãe solteira que começou a receber sustento como amante e depois tornou-se esposa.
Sendo assim, viro um alvo dos cruéis comentários da sociedade moralista desse período. Apesar disso, permaneceram juntos por quinze anos, até a morte do coronel. Como consequência, voltou a ser aceita aos poucos na sociedade maranhense. Ademais, virou uma das viúvas mais rica e uma poderosa senhora de terras e escravos.
Porque Isidoro era um coronel da grande influência, Ana Jensen também teve muito impacto na vida política. Curiosamente, recebeu o título de Rainha do Maranhão e foi uma figura popular. Após a morte de seu marido, assumiu suas terras e triplicou a fortuna que herdou, conquistando o maior número de escravos da região.
Entretanto, era uma mulher muito dura e ambiciosa. Como exemplo, pode-se citar que cobrava pela distribuição de água na cidade, num período em que já havia serviços modernos. Acima de tudo, buscava sabotar concorrentes para conseguir lucrar em cima da população.
Por fim, após sua morte surgiu uma lenda sobre como ela foi condenada a passar a eternidade vagando pelas ruas em uma carruagem fantasmagórica. Sobretudo, nas noites de sexta-feira o veículo anda pelas ruas, carregado por um escravo ensanguentado e sem cabeça, assim como cavalos decapitados. Curiosamente, há ainda relatos que colocam a mula sem cabeça na condução.
Curiosidades e outras informações
A princípio, relatos históricos recentes mostram que Ana Jensen era extremamente maldosa com seus escravos, maltratando-os como a maioria dos senhores de escravo na época. Além disso, era popular pelo seu temperamento forte e competitivo. Sobretudo, era autoritária e dura com seus inimigos, assim como seus funcionários e escravos.
No geral, existiam diversas histórias sobre como ela mutilava seus inimigos e seus escravos caso não obedecessem suas regras. Por outro lado, casou-se novamente com um importante desembargador, com quem teve mais quatro filhos. Ou seja, teve 11 filhos em sua vida, e era carinhosa com todas, investindo na educação de cada um.
Apesar disso, consistiu numa importante figura histórica feminina, em especial pela sua atuação como empresária e política. Nesse sentido, lidou com preconceito, ataques e ofensas ao longo de sua vida. Como exemplo, pode-se citar que seus rivais afirmavam que ela deu um golpe em seus maridos para obter o dinheiro.
Mais ainda, havia aqueles que diziam que ela matou o coronel Isidoro para assumir suas terras. Por outro lado, seus feitos envolveu a reabertura do Partido Liberal Bem-te-vi, que presidiu durante anos. Também cabe citar que financio os exércitos do duque de Caxias durante a revolta da Balaiada. Por fim, faleceu aos 82 anos de causas naturais.
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