O aparelho ortodôntico é um avenço tecnológico que permite reparos na dentição. Eles podem ser úteis para tratamentos diversos, como alterações na mordida e disposição dos dentes, mas vão bem além disso.
Uma vez que também podem influenciar na estrutura óssea de todo o maxilar, também é útil como tratamento complementar que vão além da estrutura física dos dentes. Isso porque, uma vez aplicado, o aparelho também pode combatar cáries, periodontites e até mesmo dores de cabeça.
Para saber se você precisa ou não de aparelho, deve ser avaliado por um dentista especializada. Nesses casos, a indicação é procurar um ortodontista, pois ele foca na alteração da formação da estrutura bucal.
A decisão pelo uso do aparelho, então, vai ser tomada com base em uma série de fatores. Além de considerar o problema de saúde, o dentista precisa analisar o estilo de vida do paciente, bem como condições financeiras e opções estéticas para determinar o melhor tipo de aparelho.
Cuidados com aparelho ortodôntico
Primeiramente, a transformação da higiene bucal é fundamental. Isso porque apenas hábitos de escovação e uso de fio dental podem não ser suficientes. Uma vez que os aparelhos se fixam nos dentes, facilitam o acúmulo de resquícios de alimentos.
Além disso, os dentes podem ficar mais sensíveis a partir do uso. Sendo assim, algumas pessoas podem sofrer com o consumo de alimentos duros. Ao mesmo tempo, a rigidez desses alimentos pode afetar a estrutura dos aparelhos.
Da mesma forma, a pressão dos dentes ou acidentes externos podem influenciar nessa estrutura. Nesses casos, pode haver rupturas e ferimentos na boca por conta do uso de aparelhos.
Tipos de aparelhos
Dependendo da condição de saúde, o paciente não terá muita liberdade para escolher o tipo ideal. Isso porque cada um dos modelos foi pensado em tipos específicos de problemas. No entanto, alguns casos permitem maior flexibilidade.
Fixo metálico
Este é o tipo mais comum de aparelho fixo. Ele é formado por fios metálicos que conectam bráquetes fixados nos dentes. Além disso, eles contam com borrachinhas (coloridas ou transparentes). Os resultados oferecidos por esse tipo de tratamento são indicados para praticamente todos os casos de desalinhamento. Por outro lado, os bráquetes podem provocar feridas e exigem cuidado extra na higienização.
Fixo estético
Assim como o metálico, é fixado com bráquetes. Entretanto, é mais discreto, já que é feito com policarbonato ou porcelana. Nos dois casos, a cor da estrutura se mistura à cor dos dentes, ficando mais imperceptível. O aparelho de policarbonato ainda precisa de borrachinhas, enquanto o de safira não. Dessa maneira, este último se torna ainda mais discreto.
Autoligado
Este modelo também é feito de metal, mas não precisa do uso das borrachinhas. Como o fio ortodôntico se prende nos bráquetes, acaba sendo mais confortável. Além disso, também é mais discreto, já que é menor do que o modelo fixo. Ele também possui versões estéticas de porcelana e safira e é ainda mais efetivo do que os modelos fixos tradicionais.
Lingual
O modelo é praticamente idêntico ao fixo tradicional, mas é aplicado na parte interna dos dentes. Por causa disso, também é chamado de aparelho invisível. No entanto, ele precisa de mais cuidado e atenção, então não é indicado para todos os casos. Preferencialmente, é utilizado por pessoas que praticam esportes de auto impacto, já que reduzem o risco de lesão por contato físico na área.
Alinhadores transparentes
Os alinhadores também recebem o nome de aparelho invisível. Isso porque se encaixam com perfeição na boca de cada paciente. Para isso, eles são fabricados a partir de softwares que medem a arcada dentária do paciente. Outra vantagem é a redução da necessidade de manutenção por um profissional especializado. Nesses casos, o próprio paciente pode realizar os cuidados em casa. Além disso, pode (e deve) remover o aparelho durante refeições.
Móvel
Os modelos móveis também são chamados de contenção. Geralmente, são utilizados na fase final dos tratamentos ortodônticos. Logo após a remoção do aparelho convencional, os modelos móveis são recomendados para manter os resultados conquistados pelo tratamento.
Extrabucal
Estes modelos são os menos discretos, já que se estendem para fora da boca. Apesar do incômodo físico e estético que pode gerar, é útil para evitar medidas radicais como cirurgias e remoção de dentes. Uma vez que está fora da boca, consegue aplicar mais força sobre os ossos, permitindo interferências mais eficazes. Por outro lado, podem gerar constrangimento, o que pode gerar a necessidade de outros tipos de tratamentos para que os pacientes (principalmente crianças em fase de crescimento) não sofram com o uso.
Sinais que indicam a necessidade de uso
Dentes tortos: este é o indicativo mais claro de que o paciente precisa de uma intervenção profissional. Entretanto, nem todos os casos de desalinhamento necessitam de aparelhos.
Dentes separados: assim como os dentes tortos, os separados também podem necessitar de aparelhos. Quando a separação gera problemas para a mordida, por exemplo, a intervenção é importante.
Mordida inadequada: em alguns casos, o desalinhamento pode estar na mandíbula, e não apenas nos dentes. Caso não seja tratada, a condição pode gerar vários problemas, incluindo dores de cabeça frequentes.
Dores de ouvido: além de influenciar diretamente na boca e na cabeça, problemas nos dentes também podem afetar os ouvidos. Isso porque estes órgãos estão próximos ao maxilar, e acabam sofrendo por problemas que afetam o local.
Fontes: Odonto Company, Odonto Company
Imagens: Odonto Company, Benatti, Odontoclinic, Ligado no Dentista, Sorrisologia, Odonto Company, Claudio Viana