Basicamente, a autofobia é o medo de ficar sozinho, mas vai além do que o simples medo da solidão. No geral, essa é uma fobia característica do isolamento, ou seja, a pessoa teme estar sozinha ou isolada.
Nesse sentido, as pessoas com autofobia temem ser ignoradas, ficarem abandonadas ou não ter nenhum contato humano. Entretanto, ainda que suas características iniciais pareçam comuns, somente um diagnóstico especializado pode identificar a presença dessa fobia.
Por outro lado, este medo é comum em pessoas que sofrem com ansiedade e/ou depressão. Ademais, indivíduos com o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline também podem apresentar essa fobia.
Origem e causas da autofobia
No geral, a autofobia está relacionada ao medo do abandono e solidão. Dessa forma, não tem relação direta com o fato de ficar sozinho, mas sim com a sensação de ser ignorado ou abandonado. Nesse sentido, o sentimento de exclusão ou o isolamento em si podem despertar os sintomas comuns dessa fobia.
Além disso, a autofobia pode ser identificada em pessoas que sofrem de episódios traumáticos de abandono. Ou seja, filhos que foram deixados pelos pais, pessoas envolvidas em graves acidentes e afins costumam apresentar o medo crônico da solidão.
Porém, esse medo do abandono pode ir além do físico e emocional. Ainda existem indivíduos que temem perder todos os bens materiais ou ir à falência. Assim, a autofobia pode ser relacionada à questões financeiras ou o medo de uma grande mudança de estilo de vida.
Eventualmente, o cérebro interpreta a perda como um grande risco. Como consequência, a autofobia se desenvolve enquanto resultado desses traumas e uma espécie de mecanismo de defesa. Em outras palavras, porque o corpo identifica o abandono como perigo, o medo surge como alerta contra essa possibilidade.
Por isso, essa fobia pode se manifestar tanto em crianças quanto em adultos. Entretanto, os sintomas variam em cada caso.
Sintomas físicos e emocionais
Comumente, a autofobia é caracterizada por um padrão de pensamento, associado ao medo do abandono se tornar real. Desse modo, existem sintomas físicos e emocionais que surgem em detrimento dessa fobia.
Em primeiro lugar, os sintomas físicos costumam ser tontura, sudorese, naúsea, boca seca, taquicardia, falta de ar e outros. No geral, as reações físicas se assemelham a uma crise de ansiedade, pois como explicado previamente, o cérebro identifica a situação como um perigo. Assim, também é comum presenciar casos com tremores no corpo até dormência.
Por outro lado, os sintomas emocionais são o estresse, a raiva generalizada, mas também o ciúme e pânico. Nesse sentido, pessoas com autofobia costumam temer morrer durante as crises, o que amplia o medo e ansiedade. Ademais, outro sintoma comum está associado ao medo de lugares desconhecidos e pessoas novas.
Tratamento da autofobia
Basicamente, o tratamento da autofobia está associada à autoconfiança e ao desenvolvimento de laços fortes. Em outras palavras, construir amor próprio e manter uma rede de apoio com pessoas de confiança auxiliam o autofóbico.
Sendo assim, recomenda-se um diálogo constante com amigos e familiares, onde se expõe as dificuldades pessoais abertamente. Como consequência, torna-se possível manter relacionamentos interpessoais com respeito à situação mental relacionada com a autofobia e seus sintomas.
Ademais, o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico é uma ferramenta para encontrar a raiz dessa fobia. Desse modo, além de enfrentar os sintomas e reações, fica mais fácil conviver com ela ou até superá-la como um todo. Para isso, basta procurar um profissional especializado e realizar o acompanhamento médico necessário.
E aí, gostou de conhecer sobre a autofobia? Então leia sobre 8 formas práticas para você aprender a lidar com a solidão.
Fontes: INPA Online | Psico Ativo | Portal São Francisco | Casule
Imagens: Pexels | Pixabay | Interessantíssimo | Família