Em primeiro lugar, a Bíblia de Gutemberg é considerada um documento histórico, principalmente pelo valor simbólico. No geral, esse é considerado o primeiro livro impresso no Ocidente, tendo em vista que os chineses haviam aprendido a técnica de impressão antes. Nesse sentido, representa um importante avanço do homem durante a Idade Média.
Ou seja, esse livro tem origem no século XVI e é consequência da invenção da prensa com tipos móveis, criada pelo inventor alemão Johannes Gutemberg. Sendo assim, a Bíblia de Gutemberg carrega o nome de seu criador, apesar de ser de fato uma Bíblia. Basicamente, o primeiro livro impresso se tratava da Bíblia Sagrada em latim, com 641 páginas forjadas e arranjadas manualmente.
Além disso, cabe ressaltar que o livro foi impresso utilizando do estilo gótico, característico no final de 1455, quando as primeiras tiragens foram feitas. Comumente, a criação desse documento representa um ponto de virada na produção de livros e também na arte. Por outro lado, marca a transição da Idade Média para a Idade Moderna.
História da Bíblia de Gutemberg
A princípio, a Bíblia de Gutemberg surgiu por consequência da prensa móvel. Basicamente, esse invento teve como base as prensas de vinhos, que também utilizavam da pressão para mudar o formato do produto. Sendo assim, a máquina utilizava o mesmo fundamento para aplicar pressão em uma superfície com tinta e transferi-la para uma superfície de impressão, como papel ou tecido.
Desse modo, entre os produtos criados por Gutemberg com a prensa mecânica está a Bíblia impressa. Comumente, estima-se que a produção começou em fevereiro de 1455, mas somente foi concluída após cinco anos. Além disso, houve uma tiragem pequena, com cerca de 180 cópias.
Porém, cabe ressaltar que esse livro foi feito página a página, por meio da organização de cada um dos tipos móveis arranjados manualmente. Apesar disso, representou um importante avanço tecnológico na indústria.
Por outro lado, o texto inscrito na Bíblia de Gutemberg corresponde à tradução latina conhecida como Vulgata, originalmente criada por São Jerônimo. Desse modo, os escritos do século IV foi impresso em colunas duplas, em uma formatação correspondente de 42 linhas por página. Ademais, as letras capitulares e títulos foram desenhados a mão.
No geral, existem três volumes desse livro, todos encadernados em pele branca de porco. Porém, existem cópias feitas de outros materiais, como velino.
Curiosidades e fatos desconhecidos sobre o livro
1) A Bíblia de Gutemberg não foi o primeiro livro do mundo
Ao contrário do que muitos pensam, a Bíblia de Gutemberg foi o primeiro livro impresso no Ocidente, e não no mundo inteiro. Basicamente, os chineses haviam dominado essa técnica por volta dos anos 800, tendo produzido livros inteiros. Porém, utilizavam um método mais rústico, de impressão com blocos de madeira e tinta.
2) O livro surgiu com viés comercial
Apesar de ser uma versão traduzida da Bíblia, o livro de Gutemberg não surgiu de um propósito espiritual. Sendo assim, ainda que tenha acessibilizado por partes a leitura desse documento sagrado, o principal motivo estava relacionado à praticidade.
Sobretudo, a Bíblia Sagrada tinha um alcance e circulação amplo, com potencial de venda na Europa Ocidental. Portanto, ainda que o livro não fosse tão utilizado na Igreja durante o século XVm Gutemberg identificou nesse contexto uma oportunidade de mercado.
3) Existem cerca de 49 cópias da Bíblia de Gutemberg no mundo hoje
Primeiramente, foram feitas 180 cópias da Bíblia de Gutemberg, como citado anteriormente. Contudo, estima-se que 49 originais ainda existem, distribuídos em coleções de bibliotecas, museus e até algumas Universidades. Como exemplo, pode-se citar as unidades localizadas na Biblioteca Nacional da França e também na Biblioteca Britânica.
Porém, a Alemanha é quem possui maior número de cópias, tendo cerca de 14 unidades. No geral, esse processo é explicado principalmente quando se leva em conta que Gutemberg era original do país. Desse modo, para além de uma invenção de caráter mundial, o livro histórico foi adotado como patrimônio cultural do país.
4) É um trabalho industrial e artesanal
A princípio, a tipografia gótica presente na Bíblia de Gutemberg faz desse livro um documento também artístico. Porém, existiu todo um trabalho de refinamento e detalhamento nesse produto, em especial nas letras capitulares e títulos. Basicamente, Gutemberg foi além do uso dos tipos góticos, contando com o trabalho de artistas para decorar cada página.
5) A última venda de uma Bíblia de Gutemberg custou dois milhões de euros
Para além dos museus, universidades e bibliotecas, a Bíblia de Gutemberg foi leiloada durante um período. Desse modo, a última venda da versão completa aconteceu em 1978. Nesse sentido, o evento envolveu uma negociação do valor do U$ 2,2 milhões.
Por outro lado, um modelo diferente foi vendido ainda em 1987, porém pelo valor de 5,4 milhões de euros. No geral, os especialistas e pesquisadores estimam que uma unidade desse livro atualmente custaria mais de 35 milhões de euros em leilões.
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Fontes: Maringa | WDL | Theologia | Guiame
Imagens: WDL | Conhecimento Científico | A Voz da Serra | CPad News