Em sânscrito, língua antiga e sagrada da Índia, Buda quer dizer Iluminado. Por causa disso, a palavra é usada como título a todos iluminados que conseguem se realizar espiritualmente a partir do budismo.
O nome foi dado ao líder religioso Sidarta Gautama, fundador do budismo. que nasceu na Índia por volta de 556 a.C.
Ao longo da vida, Sidarta se dedicou a estudar, praticar esportes , artes marciais e bondade. Dessa maneira, utilizou sua sabedoria e conhecimento para tentar entender o sofrimento humano que via fora do palácio onde viveu.
Infância de Sidarta
Filho do chefe de uma oligarquia tribal, Sidarta perdeu a mãe apenas sete dias após o seu nascimento. Segundo a lenda, uma noite antes de seu nascimento, sua mãe sonhara com um elefante branco penetrando seu ventre. Ao consultar os brâmanes, eles revelaram que a criança seria um místico de alta hierarquia, ou seja, um Buda.
Sidarta nasceu nas pradarias de Lumbini, ao ar livre, durante uma vista de sua mãe a seus avós. Assim que ele foi batizado, os brâmanes confirmaram que ele era um Buda e deveria ficar no palácio de seu pai para reinar sobre o mundo.
Dessa maneira, Sidarta foi educado para ser um grande guerreiro e líder político, no luxo do palácio. Nesse contexto, aos 16 anos, casou-se com a prima Yaçodhara, com quem teve o filho Rahula.
Jornada de Buda
Apesar de destinado a suceder o governo de seu pai, Sidarta saiu do palácio aos 29 anos de idade. Rico e com uma família feliz, ficava extremamente incomodado com a miséria que viu nas ruas. Sendo assim, decidiu viajar em busca de conhecimentos que pudessem por fim a esse sofrimento.
Ao longo de seis anos, Sidarta buscou por todo o país mestres espirituais que pudessem ajudá-lo em práticas de meditação. Nessa jornada, ele raspou os cabelos em sinal de humildade e abandonou suas roupas luxuosas. Dessa maneira, passou a vestir-se apenas com o traje amarelo e simples utilizado por monges budistas.
A princípio, sua jornada fora acompanhada de outros cinco ascetas. Entretanto, incomodado com o jejum – que ele dizia não ensinar nada -, voltou a comer e desiludiu-se com o sistema. Por causa disso, foi abandonado pelos monges e passou os seis anos praticamente na solidão.
Elevação espiritual
Para poder meditar, Sidarta costumava sentar-se sob figueiras. A árvore é conhecida pelos hindus como bodhi e é um símbolo sagrado.
Durante suas meditações, Sidarta teve algumas visões do demônio da paixão do hinduísmo, Mara. Em cada uma dessas visões, ela aparecia de uma forma: às vezes lhe atacando e às vezes lhe tentando, a fim de desviá-lo de seu propósito.
Depois de 49 dias de meditação e resistência, Mara desistiu e finalmente deixou Sidarta em paz. Foi aí, então, que ele finalmente alcançou o despertar espiritual e se tornou Buda.
Agora Iluminado por uma nova compreensão da voda. Buda viajou para Benaras, onde começou a espalhar seus ensinamentos. No início, foi recebido com desconfiança, mas conseguiu reunir seguidores e admiradores.
Ensinamentos de Buda
A base dos ensinamentos de Buda incluía várias críticas à tradição hindu, mas sem abandonar todos os seus conceitos. Entre as crenças mantidas, por exemplo, estava a ideia de um ciclo de vida infinito para todos os seres, compostos de nascimento, morte e reencarnação.
Buda também pregava a ideia da lei cósmica do carma. Segundo ela, o comportamento de um ser durante uma reencarnação tem influência direta nas encarnações seguintes, com recompensas ou castigos equivalentes.
Além disso, existem quatro nobres verdades pregadas por Buda. A verdade do sofrimento determina que é impossível escapar do sofrimento; a da causa do sofrimento diz que a origem do sofrer está na mente e nos apegos que desenvolvemos; a da extinção do sofrimento diz que ele pode ser extinto por meio da elevação do desapego e da consciência; e a verdade do caminho de oito aspectos que oferece as respostas para o equilíbrio.
Fontes: Significados, e-biografia, Terra
Imagens: Lion’s Roar, British Library, Zee News, New York Post, Buddhist Guru