Anás e Caifás são os dois sumo sacerdotes mencionados durante a vinda de Jesus. Desse modo, Caifás era genro de Anás, que já havia sido o sumo sacerdote. Caifás profetizou que era necessário que Jesus morresse pela nação.
Assim, quando Jesus foi preso, o levaram primeiro a Anás, depois a Caifás. Caifás acusou Jesus de blasfêmia e o enviou a Pôncio Pilatos. Após a morte e ressurreição de Jesus, Caifás perseguiu os discípulos de Jesus.
Acredita-se, que os ossos de Caifás foram descobertos em Jerusalém em novembro de 1990. Com efeito, este seria o primeiro vestígio físico já descoberto de uma pessoa mencionada nas Escrituras. Leia mais sobre ele a seguir.
Qual a relação de Caifás com Jesus?
Uma vez preso, todos os Evangelhos afirmam que o sumo sacerdote interrogou Jesus. Dois dos Evangelhos (Mateus e João) mencionam o nome do sumo sacerdote – Caifás. Graças ao historiador judeu Flávio Josefo, sabemos que seu nome completo era José Caifás, e que ele ocupou o cargo de sumo sacerdote entre 18 e 36 d.C.
Mas existem sítios arqueológicos relacionados a Caifás e onde ele questionou Jesus? A tradição católica argumenta que a propriedade de Caifás ficava nas encostas orientais do Monte Sião, em uma área conhecida como “Petrus in Gallicantu’ (cuja tradução do latim significa “Pedro do Galo Silvestre”).
Quem visita o local tem acesso a um conjunto de cavernas subterrâneas, uma das quais é indiscutivelmente o fosso onde Jesus esteve enquanto Caifás o interrogava.
Descoberto em 1888, o fosso tem 11 cruzes gravadas nas paredes. Impelido pela aparência de masmorra, parece que os primeiros cristãos identificaram a caverna como o local da prisão de Jesus.
No entanto, do ponto de vista arqueológico, essa “prisão” parece realmente ser um banho ritual judaico do primeiro século (miqveh), que mais tarde foi aprofundado e se transformou em uma caverna.
As outras descobertas do local indicam que o proprietário era rico, mas não há evidências conclusivas para sugerir que ele era um sumo sacerdote, nem que o fosso foi usado para deter alguém.
A Igreja Armênia inacabada
Além disso, fontes bizantinas descrevem a casa de Caifás como sendo em outro lugar. Supostamente, fica no topo do Monte Sião, perto da Igreja Hagia Zion, cujos restos mortais foram descobertos durante a construção da Abadia da Dormição. Restos de uma rica área residencial foram recuperados perto da antiga Igreja Hagia Zion na década de 1970, na propriedade da Igreja Armênia.
Infelizmente, eles não apresentaram nenhum achado que sugerisse que essa era necessariamente a propriedade do sumo sacerdote Caifás. No entanto, a Igreja Armênia a santificou como tal e fez planos para construir um grande templo no lugar. Todavia, a construção não foi feita até hoje.
Ademais, no bairro armênio, os armênios santificaram outro local como a casa de Anás, o sogro de Caifás.
Além dessas descobertas, em 2007, uma nova área foi encontrada por uma expedição arqueológica. Essas escavações revelaram, entre outros elementos antigos, vestígios de uma rica propriedade.
Os arqueólogos afirmam que embora não tenham achado provas para tal possibilidade, as evidências circunstanciais são a favor do entendimento de que o local pertencia a Caifás.
Ossos de Caifás
Voltando um pouco no tempo, houve uma descoberta arqueológica empolgante em novembro de 1990. Trabalhadores que construíam um parque aquático ao sul da Cidade Velha de Jerusalém acidentalmente descobriram uma caverna funerária. Na caverna havia uma dúzia de baús de calcário que continham ossos.
Esses tipos de baús, conhecidos como ossários, foram usados principalmente no primeiro século d.C. Um dos baús tinha a palavra “José, filho de Caifás” entalhada. Com efeito, os ossos eram de um homem que morreu com aproximadamente 60 anos de idade.
Por causa da suntuosa decoração da arca funerária, há uma grande probabilidade de que esses fossem os ossos do sumo sacerdote Caifás – aquele que acusou Jesus de blasfêmia. Aliás, este seria o primeiro vestígio físico já descoberto de uma pessoa descrita na Bíblia.
Então, se você gostou desse artigo leia também: Nefertiti – Quem foi a rainha do Egito Antigo e curiosidades
Fotos: JW, Medina Celita