Comer miojo faz mal para a saúde quando o hábito é exagerado. Isso porque o macarrão instantâneo possui alta concentração de ingredientes que podem favorecer o desenvolvimento de diferentes condições de saúde.
Em uma porção de 80g do alimento, por exemplo, existe cerca de 60% da quantidade diária recomendada de sódio pelo Ministério da Saúde (5g). Além disso, cada pacote também carrega o dobro da quantidade de sal indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e ainda leva cerca de 20% de gordura na sua composição total.
Por conta do caráter industrializado, o alimento também leva uma série de aditivos, corantes e toxinas que provocam efeitos negativos na saúde, a longo prazo.
Por que comer miojo faz mal?
Segundo uma pesquisa da Universidade de Harvard, feita com 11 mil pessoas, quem tem uma dieta repleta de macarrão instantâneo tem mais riscos de desenvolvimento de condições como diabetes e doenças cardiovasculares.
Além disso, a pesquisa também percebeu um aumento nas chances de elevação da pressão arterial e dos índices de colesterol ruim. Dessa maneira, os indivíduos podem ver o desenvolvimento de problemas renais ou ganho de peso com mais facilidade.
A alta concentração de sódio obtida ao comer miojo também influencia outros fatores. Condições como osteoporose e anemia, por exemplo, ocorrem com maior frequência quando há muita ingestão do mineral.
Por fim, o volume de gordura hidrogenada em cada porção do alimento também oferece riscos para a saúde cardiovascular. Dessa maneira, é mais comum a ocorrência de quadros de entupimento de veias, ataques cardíacos e acidentes cardiovasculares (AVC).
Algumas das condições que surgem com o consumo frequente, também oferecem risco por serem fatores que favorecem alguns tipos de câncer. Ainda que não haja uma relação direta do miojo com esse problema de saúde, o desenvolvimento de câncer está ligado, em alguns casos, ao estilo de vida e de alimentação com excesso de açúcares e gorduras.
Efeitos do consumo frequente de macarrão instantâneo
No estômago: o digestão do miojo dura horas, já que a massa do macarrão instantâneo não possui os mesmos ingredientes naturais de massas comuns. De acordo com o Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, o estômago pode levar duas horas a mais para digerir esse tipo de alimento, em comparação com outras massas. Dessa maneira, o corpo precisa produzir mais insulina e ácidos estomacais, sem gerar acréscimo nutricional.
No intestino: o processo de digestão também afeta o intestino, principalmente por conda da alta concentração de corantes e conservantes. Isso porque essas substâncias podem irritar o cólon do intestino, provocando quadros de diarreia ou o desenvolvimento de doenças inflamatórios no órgão.
Riscos para grávidas e bebês
Gestantes devem evitar comer miojo, por causa da grande concentração de sódio, gordura e conservantes artificiais. Isso porque os nutrientes consumidos pela mãe, passam para o bebê, que precisa de um desenvolvimento saudável.
Mesmo após o nascimento, os recém-nascidos devem ficar distantes desse tipo de alimento por pelo menos um ano. Quanto mais cedo substâncias aditivas químicas são consumidas, maiores são as chances de desenvolvimento de alergias.
Sendo assim, a recomendação de distanciamento pode se estender mesmo para crianças mais velhas. Uma vez que o corpo ainda está em fase de desenvolvimento, os efeitos tóxicos dos componentes artificiais são ainda mais perigosos durante a infância.
Comer miojo cru faz mal?
Como o macarrão instantâneo já tem a massa pré-assada e frita na fábrica, o produto que chega ao consumidor não é totalmente cru. No entanto, isso não significa que ele possa ser consumido nesse estado.
O processo de preparo na fabricação não visa o consumo final do alimento, mas sim a consistência e o formato da massa que ainda deve ser cozida ou assada antes do consumo.
Quando a dieta inclui miojo com frequência, seja cru ou pronto, os efeitos negativos irão ocorrer independente da forma de ingestão.
Fontes: Tua Saúde, Metropoles, Minuto Saudável
Imagens: Minuto Saudável, Cruzeiro do Vale, Super Interessante, Revista Bula, Notícias em Foco