Uma das doenças que afetam os olhos mais comuns e desagradáveis que existem é a conjuntivite. Basicamente, ela é uma inflamação da membrana externa do globo ocular, aquela parte branco dos olhos, e do interior das pálpebras. Provavelmente você já pode até ter passado pelo problema alguma vez na vida.
Em 2018, em São Paulo, houve uma epidemia de conjuntivite. Entre janeiro e abril do ano, houveram mais de 300 casos do problema. Isso acontece por que ela é um problema sazonal. Ou seja, ela se espalha com mais facilidade em certos períodos do ano, principalmente o verão e outono.
Além disso, no outono, a baixa umidade do ar tende a ressecar as mucosas. Consequentemente abre-se caminho para uma infecção. Na maioria das vezes, a conjuntivite não causa estragos muito sérios.
Tipos de conjuntivite
Primeiramente, pode-se dividir a doença em três tipos. Primeiramente, para diferenciar os tipos é preciso ver inicialmente a forma de contagio. Além disso, para ter certeza qual o tipo é essencial que se procure um especialista. Veja quais são os tipos:
Infecciosa
Certamente esse é o tipo mais comum. Ela é contagiosa, sendo transmitida pelo ar ou contato com o local. Ela pode acometer um ou os dois olhos. Ela pode ser divida em outros tipos.
Primeiro pode ser a conjuntivite viral, a mais comum. Ea é transmitida por um vírus conhecido como adenovírus.Ela é transmitida pelo contato com as secreções oculares e também através de tosse e espirro do paciente infectado.
A segunda é a conjuntivite bacteriana. Ela não é tão comum quanto a viral e é mais perigosa. Ela é transmitida através do contato pessoal com a bactéria.
A terceira e última é a conjuntivite fúngica, a mais rara. Ela ocorre quando uma pessoa machuca os olhos com madeira. Por ser muito difícil de tratar, causando complicações na visão.
Alérgica
Esse tipo é decorrente de alergia, principalmente por ácaro e pólen. Essas não são contagiosas. Há quatro formas de conjuntivite alérgica:
- Sazonal, geralmente associada à rinite ou asma. É a mais comum;
- Ceratoconjuntivite atópica, que é associada à dermatite atópica;
- Conjuntivite primaveril;
- Conjuntivite papilar gigante, associada comumente ao uso de lentes de contato.
Tóxica
A conjuntivite tóxica ocorre quando os olhos entram em contato direto com algum produto químico. Por exemplo produtos de limpeza, shampoos, venenos agrícolas ou inseticida. Esse tipo é bastante raro e muito perigoso. Quando não tratado da forma correta pode trazer complicações para visão.
Causa
Primeiramente, a conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes como a poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza, etc. A conjuntivite primaveril, por exemplo, geralmente causada por pólen espalhado no ar.
A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos ela é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.
O fator de risco mais comum é colocar as mãos sujas e contaminadas nos olhos. Além disso, existem doenças como herpes, doenças autoimunes ou virais que podem facilitar a contaminação da conjuntivite. Finalmente, a baixa imunidade também pode favorecer no surgimento da conjuntivite.
Sintomas
Certamente a vermelhidão nos olhos é o sintoma mais comuns desse problema. Além disso, existem outros sintomas. Veja quais são eles:
- Vermelhidão nos olhos;
- Olhos lacrimejantes;
- Pálpebras inchadas;
- Secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
- Sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
- Secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
- Coceira;
- Fotofobia (dor ao olhar para a luz);
- Visão borrada;
- Pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.
Prevenção e tratamento
A doença dura em média de cinco a sete dias, ou seja cerca de uma semana. Assim que os sintomas começam a aparecer, é importante procurar um médico imediatamente.
Inicialmente, a melhor prevenção é lavar as mãos constantemente com água e sabão, separar toalhas para uso individual e limpar com álcool tudo o que outras pessoas puderem tocar.
Além disso, nos períodos de maior incidência é importante reforçar a higiene básica e ter sempre um álcool gel por perto. Ou seja, cuidado redobrado nos períodos sazonais.
Compressas de água fria aliviam a queimação, mas evite soro fisiológico gelado. Isso por que o sal da mistura pode irritar a pele. Óculos de sol ajudam a reduzir a sensibilidade à luz. Além disso os colírios amenizam os sintomas.
Para evitar a reincidência da conjuntivite, o ideal é que os lenços utilizados para limpar a secreção que escorre dos olhos sejam descartáveis. Também é indicado não coçar os olhos.
Normalmente o quadro regride sozinho. Em casos específicos, o médico prescreve colírios específicos com antibióticos ou anti-inflamatórios.
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Fonte: Minha Vida Saúde
Imagens: Atlanta Vision Hospital de Olhos Drauzio Info Escola COA eClyde
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