De quem é o rosto nas notas e moedas do Real?

O rosto presente nas notas e nas moedas do Real teve inspiração em Marianne do quadro “A Liberdade guiando o povo”, de Delacroix. Os revolucionários foram os responsáveis por atribuir esse nome à mulher da pintura. Para isso, eles utilizaram os dois nomes mais comuns da época: “Marie” e “Anne”.

Essa mesma efígie, rosto estampado na cédula, esteve também em outros dois planos econômicos anteriores ao Real e suas respectivas notas: no Plano Cruzado Novo e no Plano Cruzeiro. Inclusive, esse rosto é conhecido como a ‘efígie da República brasileira‘, representando, então, uma alegoria de diversos elementos da transição política brasileira.

A história por trás do rosto

Conforme mencionado, o rosto que está estampado nas notas, a efígie, foi inspirado na pintura de Eugène Delacroix “A Liberdade guiando o povo”. Esse quadro foi um grande ícone da Revolução Francesa e um dos marcos de encerramento do iluminismo. Os revolucionários denominaram a mulher que representa a Liberdade de Marianne, que seria a junção de dois nomes populares das camadas mais baixas da sociedade na época.

Como é possível perceber, existe muita simbologia envolvendo o rosto nas notas e moedas de Real. Por essa razão, de acordo com o Banco Central do Brasil, a moça estampada nas notas é uma figura que representa a República do país, também chamada de “efígie da República”, por trazer tantos símbolos que influenciaram a transição política da nossa nação.

A pintura de Delacroix pertence à estética romântica e mostra a Liberdade (ou Marianne) empunhando a bandeira da França como um símbolo de poder do povo. Contudo, nas cédulas do Real, o rosto aparece como se fosse a representação/ilustração de uma estátua.

O rosto nas notas do Real e a maçonaria

Mas, segundo contam por aí, a simbologia ligada ao rosto nas notas do Real é ainda mais profunda. Isso porque a mulher do quadro pode ser Marianne, um dos símbolos mais representativos da maçonaria.

A relação entre Marianne e essa ordem secreta consiste no fato de os maçons terem sido apoiadores da Revolução Francesa. Aliás, de acordo com historiadores, o próprio lema do conflito, “Liberdade, igualdade e fraternidade”, teria influência maçônica. Acredita-se, portanto, a maçonaria escolheu a Marianne como o símbolo da luta pela liberdade.

As várias influências de Marianne

Além disso, Marianne não se “infiltrou” somente no Brasil, como o rosto na nota de Real. Segundo dizem, ela está representada também em um dos maiores símbolos dos Estados Unidos: a Estátua da Liberdade, em Nova York. Inclusive, a estátua foi um presente dos franceses aos americanos, em comemoração aos 100 anos da assinatura da Declaração da Independência do país.

Quanta coincidência, hein?

Fonte: Banco Central, Mega Curioso.