Quando se fala em desidratação, a maioria das pessoas simplesmente ignora o assunto. Certamente você é uma delas, que acha que esse problema não é grave o suficiente para ganhar atenção.
Acontece que essa opinião está longe de estar correta. A desidratação é um sim um problema grave o suficiente para ser discutido.
Aliás, esta é uma doença potencialmente perigosa. Ela se caracteriza pela baixa concentração de água no corpo. Além disso, ela também conta com a ausência de sais minerais e de líquidos orgânicos no corpo. E o problema pode chegar ao ponto de impedir que o corpo realize suas funções normais.
A enfermidade pode afetar pessoas de todas as idades. Apesar disso, ela é mais perigosa para as crianças e para os idosos.
Por que a desidratação acontece?
Agora, se quer saber como a desidratação acontece, o processo é bem simples, afinal. Basicamente, ela aparece quando o corpo acaba perdendo muita água. Como resultado disso, o organismo fica fora de equilíbrio ou desidratado. E o mais preocupante de tudo é que a desidratação severa pode levar ao coma ou até mesmo à morte.
E não é de nenhuma forma mirabolante ou rara que podemos ficar desidratados. Na verdade, perdemos uma certa quantidade de água com suor, urina, fezes e sob a forma de vapor, ao respirar.
Consequentemente a desidratação ocorre se a água eliminada pelo organismo não for reposta adequadamente. Isso pode acontecer quando a ingestão de líquidos é insuficiente, principalmente se o corpo estiver fragilizado de algum forma.
Outras causas
Muitas condições podem levar a um cenário de desidratação. A perda excessiva de líquido pode ser causada por febre, sudorese (normalmente relacionado ao calor intenso ou esforço físico), vômito, diarreia e aumento da frequência urinária devido à infecção.
Além disso, a desidratação também pode ser consequência de urinar em excesso. Geralmente relacionado com o diabetes.
Por fim, a doença também pode ser causada pela capacidade diminuída para ingerir líquidos, falta de acesso à água potável, e até mesmo por lesões significativas na pele, como queimaduras ou feridas na boca.
Também é possível apontar como causas doenças de pele graves ou infecções. Isso porque o organismo pode perder muita água através da pele danificada.
Sintomas de desidratação
Basicamente, existem três tipo de desidratação: leve, moderada e grave. O diagnóstico da doença, aliás, pode ser feito com avaliação clinica e com alguns exames básicos, como o de urina, fezes e de sangue.
Leve e moderada
Nesses casos, os sintomas são a sede exagerada, boca e pele secas, olhos fundos, ausência ou pequena produção de lágrimas, diminuição da sudorese. Nos bebês, a moleira – aquela parte molinha no topo da cabeça – pode ficar afundada.
Além disso, também pode ocorrer dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, e cansaço. Também é comum o aumento da frequência cardíaca.
Grave
Em casos de desidratação grave, podem surgir outros sintomas como queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e morte.
Como tratar a desidratação?
Primeiramente, a desidratação tem cura. Porém, precisa ser tratada imediatamente.
Nos casos de desidratação leve e moderada, é importante beber muita água filtrada ou fervida em goles pequenos e em intervalos curtos. Isso pode ser o suficiente para reidratar o organismo.
Também deve-se manter a pessoa em ambiente com temperatura amena para evitar a perda de água pelo suor.
Já, nos casos graves, a reidratação deve ser feita com o soro oral. Aliás, esse tratamento é distribuído gratuitamente nos postos de saúde.
É possível ainda conciliar o tratamento com o soro caseiro. Para prepará-lo, basta misturar 1 litro de água filtrada ou fervida com uma colher rasa de chá de sal e duas colheres rasas de sopa de açúcar.
Prevenção
Também é interessante prevenir a desidratação. Primeiramente, ingira pelo menos dois litros de água por dia.
Além disso, é aconselhável beber quantidades extras de água quando estiver em eventos ao ar livre. Isso devido à quantidade maior de suor que produzimos nessas ocasiões. Atletas e trabalhadores ao ar livre, por exemplo, devem repor os líquidos a todo momento.
Também é importante evitar a prática de exercício e a exposição durante os dias de índice de calor intenso. Evite ainda o consumo de álcool, especialmente quando o clima está quente; uma vez que ele aumenta a perda de líquido pela urina.
Use roupas de cores claras e soltas se você estiver exposto ao calor intenso. E, claro, não permaneça o tempo inteiro no sol.
E, um detalhe importante: manter o controle dos níveis de diabetes no sangue também evita a perda intensa de líquidos.
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Fonte: Drauzio Minha Vida
Imagens: Clique Diário Opas Guia da Farmácia Marcos Britta
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