Primeiramente, as gárgulas são elementos arquitetônicos cujas origens estão datadas na Idade Média. Nesse sentido, a palavra gárgula tem origem no francês gargouille, significando gargalo ou garganta. A princípio, eram estruturas posicionadas próximas às calhas das igrejas medievais.
No geral, cumpriam a função de esconder os canos que escoavam a água da chuva. Desse modo, a água saía por meio das gargantas desses elementos arquitetônicos e protegiam os telhados das igrejas. Sendo assim, a água não danificava os monumentos e nem corroía a argamassa entre as pedras.
Comumente, as gárgulas assumem diversas formas, porém é mais comum que retratem quimeras. Em outras palavras, a maior parte das gárgulas assumem a forma de um monstro híbrido que mistura diferentes partes de animais. Portanto, estima-se que as origens dessas estruturas estejam marcadas na Grécia Antiga, onde as quimeras eram tratadas como monstros mitológicos.
Origem e história das gárgulas
A princípio, as gárgulas estiveram presentes no Egito Antigo. Contudo, eram posicionadas nos telhados de templos egípcios e suas bocas serviam como fonte de água, e não escoadores. Ademais, desempenhavam a função de apresentar alguns deuses como temíveis, pois as criaturas eram servos das divindades protegendo seus templos na Terra.
Por outro lado, quando se estuda outras possíveis origens das gárgulas é possível encontrar estruturas semelhantes na Grécia Antiga. Entretanto, era mais comum encontrar leões esculpidos ou modelados em mármore nos telhados de templos. Apesar disso, essas estruturas desempenhavam a função de escoar a água, como as gárgulas mais conhecidas atualmente.
Em contrapartida, quando se tratada Europa o nome dessas estruturas são majoritariamente associados a São Romanus, ou São Romão. Sobretudo, a lenda conta que ele salvou a França após derrotar o monstro Goji, também chamado de Gargoille, o que se assemelha às gárgulas. Sendo assim, as gárgulas homenageiam e recontam essa história ao serem posicionadas nas igrejas.
Além disso, estima-se que dentro dessa lenda o monstro Goji era tão assustador que espantava os espíritos malignos. Como consequência, passou a ser visto como um monstro protetor. Desse modo, seu posicionamento no topo das igrejas cumpria o papel de proteger os templos de Deus contra espíritos do mal.
Mais ainda, existem outras construções não religiosas adornadas por gárgulas devido à essa mesma interpretação. Como exemplo, pode-se citar a Torre de Londres, na Inglaterra, que também é rodeada por gárgulas contendo diferentes expressões.
Simbologia e associações
Eventualmente, as gárgulas deixaram de cumprir a função de escoadoras ou fontes de água, tomando um sentido mais ornamental e decorativo. No geral, as figuras mais famosas estão localizadas na Igreja de Notre Dame, em Paris, tendo até protagonizado filmes como “O Corcunda de Notre-dame”, da Disney.
Nesse sentido, continuam sendo adotadas e modernizadas como ornamentos em outras construções. Por exemplo, a Catedral Nacional de Washington, em Washington D.C adotou-as em seu projeto arquitetônico para complementar a estética neogótica.
Sobretudo, cumpriam um papel importante quando ainda eram vistas como mensageiras e protetoras, para além da função prática. Desse modo, representavam mensagens aos incrédulos, com a própria constituição e expressão macabra servindo como advertência contra os pecadores. Por outro lado, também simbolizavam perigo àqueles que se aproximassem da igreja em má fé.
Ademais, a estrutura animalesca, monstruosa e quase humana serve para criar associação com a natureza. Sendo assim, ensina aos fiéis sobre o poder divino nas punições e na construção de seres vivos. Por fim, mistura a mitologia antiga com a história moderna por meio da arquitetura.
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Fontes: Saiba de Tudo | Aventuras na História | Fatos Desconhecidos | Professor Manuka
Imagens: Fatos Desconhecidos