A palavra hipster surgiu na língua inglesa para descrever um grupo específico de pessoas dotado de um estilo próprio. Geralmente, esse estilo é marcado por determinar tendências adotadas em ambientes alternativos.
Sua origem está no adjetivo hip, com sentido de alguém descolado ou inovador. Na década de 40, era comum se referir a jovens brancos e ricos que gostavam de imitar o estilo de negros do cenário do jazz com a palavra.
A partir de meados dos anos 90 e 2000, então, a palavra hipster começou a ser utilizada para quaisquer jovens adultos – geralmente de classe média – com interesse em culturas alternativas. Entre essas culturas, por exemplo, estão tendências de música, filmes e moda fora do mainstream.
Origem
Mesmo dentro da língua inglesa, a palavra surgiu como um neologismo. Isso porque ela mescla o adjetivo hip com o sufixo -ster, associado a algum tipo de pertencimento. No caso de gangster, por exemplo, o termo é utilizado para indicar que alguma pessoa pertence a uma gangue.
Por causa disso, não existe uma tradução apropriada para hipster, em português.
Quando o termo surgiu, para falar dos jovens brancos antenados na cultura negra, considerada alternativa, já carregava alguns sentidos diferentes. A princípio, a chamada cultura hipster foi adotada por admiradores do jazz, mas logo passou a englobar qualquer pessoa que expressava sua consciência social a partir do estilo.
Dessa maneira, além do estilo musical de preferência, os hipsters também se dedicavam a transparecer a personalidade por meio de roupas ou participação em movimentos sociais, por exemplo.
Influências hipsters
A partir da década de 90, o termo voltou a ganhar força. Apesar de manter parte do significa de origem, no entanto, novos sentidos também surgiram.
Isso porque agora as influências agora não vinham mais do jazz dos anos 40. Ao invés disso, a cultura hipster englobava jovens interessados por conceitos vindos do punk, beat, hippie e grunge, fora da cultura de massa.
Todos esses estilos surgiram no período pós-guerra, como movimentos artísticos e culturais marginais. Ou seja, como foram desenvolvidos às margens dos padrões, ficaram marcados como alternativos e independentes.
Na literatura pós-guerra, por exemplo, autores como Jack Kerouac e Normal Mailer definiam os hipsters como pessoas de vida boêmia. Eles encaravam o grupo como sem compromisso, vivendo sem muito objetivo.
Estereótipo hipster
O estilo hipster geralmente está associado a uma moda extravagante que mistura acessórios modernos com referências antigas. Por causa disso, é comum que o grupo faça compras em brechós, a fim de garimpar peças que possam dar o ar retrô para o visual. Entre os principais acessórios costumam estar óculos de estilos antigos ou chapéus fedora, por exemplo.
As preferências de consumo cultural também pode estar fora do mainstream da cultura pop. É comum que os artistas de preferência hipster, seja no cinema ou na música, venham de cenários independentes e alternativos.
Já no comportamento, é comum encontrar padrões que remetem a um estilo de vida mais sustentável. Preocupações com o meio ambiente, ecologia, vegetarianismo e veganismo são alguns dos temas sociais recorrentes na cultura.
Esse conjunto de referências por vezes pode trazer uma conotação pejorativa para o termo. Para muita gente, ser hipster pode significar querer ser diferente demais, de uma forma encarada como brega, forçada e não-autêntica.
Fontes: Significados, Dicionário Popular, Ferricelli, Eu Sem Fronteiras
Imagens: Dhyogo Oliveira, Millennial, Wilder Utopia, OnMilwaukee
