Em primeiro lugar, a história do espelho começa na civilização Badariana, por volta do século 4400 antes de Cristo. Nesse sentido, avistavam diversas localidades no Alto Egito e Deserto Oriental. Além disso, estima-se que o primeiro exemplar desse objeto tenha sido a superfície refletora da água.
Sobretudo, o espelho consiste em uma a superfície que reflete um raio luminoso em uma direção definida. Ou seja, não absorve o ou espalha a luz em todas as direções. Como consequência, há reprodução da imagem dos objetos que estão diante dele, seja uma pessoa ou um corpo inócuo.
Ademais, a etimologia da palavra espelho vem do latim speculum ou specere que significa olhar. Porém, no inglês e no francês derivam da palavra miroir, original do latim mirari, que por sua vez significa admirar. Mais ainda, os romanos usaram a palavra espéculo com associação ao termo espetáculo.
No geral, a história do espelho tem relação com aspectos da história humana diversos. Como exemplo, pode-se citar arte, arqueologia, medicina, psicologia, filosofia e a própria arquitetura. Comumente, encontra-se esse elementos em mitos e lendas da Antiguidade, como o mito de Perseu e Medusa, por exemplo, em que o herói utilizou do escudo como espelho para arrancar a cabeça da górgona.
Origem e história do espelho
A princípio, a história do espelho tem relação com a civilização Badariana. Em resumo, arqueólogos e pesquisadores encontraram despojos dessa cultura contendo espelhos de cobre. Ademais, concluiu-se se tratar de itens do homem primitivo no quinto milênio antes de Cristo.
Posteriormente, identificaram espelhos de prata polida, uma boa substância refletora, mas que oxida com a atmosfera e demanda limpeza constante. Apesar disso, experimentos de técnicas de produção relevaram que o primeiro espelho talhado e polido envolviam pedras de moagem grossa e fina, areia, argila e água. Portanto, a estimativa é que a produção desse objetivo levava oito horas.
Sobretudo, os primeiro espelhos surgiram como materiais semelhantes às esferas de obsidiana, devido ao potencial reflexivo desse composto. Mais ainda, no Egito Antigo, os espelhos eram de bronze polido e placas de cobre achatadas. Comumente, os espelhos tinham forma arredondada e um cabo feito de material específico, alguns ricamente descorados.
No entanto, os primeiros registros escritos sobre a existência dos espelhos e sua utilização partem da Bíblia, no Livro do Êxodo. Basicamente, o trecho refere-se ao lavatório de cobra que as mulheres usavam para lavar as roupas, mas também para ver o próprio reflexo ao fundo.
Além disso, a civilização etrusca e grega apresentam espelhos ricamente decorados na parte de trás com cenas figurativas. Desse modo, estima-se que esses objetos pertenciam às classes nobres como objeto de decoração e ostentação. Contudo, alguns desses objetos gregos apresentam alças como pontos de apoio, sugerindo que eram portados por diferentes pessoas.
Por fim, estima-se que a técnica de fabricação do espelho surgiu formalmente durante Idade Média. Portanto, utilizava-se uma mistura de mercúrio aplicado sob papel fino em alumínio polido. Logo em seguida, colocava-se uma placa de vidro para substituir a camada superior. Porém, o processo levava entre 10 horas e 2 semanas para ficar pronto.
Curiosidades sobre o item
Primeiramente, na Grécia Antiga, existiam espelhos mágicos utilizados pelas feiticeiras da Tassália, no século 3 antes de Cristo. Sobretudo, agia como um objeto de predição e adivinhação. Portanto, tinha uma finalidade mágica onde podia se ver o passado, presente e futuro dos indivíduos.
Ademais, na cultura africana, o cobre pertence à deusa Hathor, uma personificação feminina do Sol, sendo dona da beleza, do amor, do sexo e da magia. Portanto, os espelhos dessa época serviam como um portal entre a Terra e o mundo dessa divindade, de modo que ficava no interior dos templos em sua homenagem.
Por outro lado, os chineses acreditavam que os espelhos concentravam e capturavam a energia dos astros, em especial a Lua. Curiosamente, o primeiro imperador da dinastia Qin utilizava do espelho como instrumento para tomada de decisões em seu governo. Sobretudo, acreditava ser capaz de ver as verdades e segredos daqueles que o rodeavam.
Aliás, a crença de que o espelho poderia capturar e reter a imagem daqueles que o utilizavam aparece no conto Branca de Neve. Porém, existiu uma baronesa da Baviera no século 18 a quem se credita essa história. Basicamente, sua madrasta teria falado com o espelho que a contou que deveria matar a jovem para se tornar a mulher mais bonita da região.
Por fim, na Inglaterra vitoriana, acreditava-se que deveriam cobrir espelhos da casa com tecidos após o falecimento de alguém. Desse modo, evitaria que a alma do falecido ficasse presa nos espelhos. Mais ainda, essa prática espalhou-se na América do Norte, na China e até na Índia.
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