Krakatoa – História do vulcão que destruiu uma ilha na Indonésia

O vulcão Krakatoa entrou em erupção no dia 10 de abril de 2020, na Indonésia, mas antes disso já foi responsável por tragédias históricas.

Krakatoa - a história do vulcão que destruiu uma ilha na Indonésia

Primeiramente, no dia 10 de abril de 2020, o vulcão Anak Krakatoa entrou em erupção numa ilha entre Java e Sumatra. Anteriormente, a última atividade do vulcão havia sido registrada 16 meses antes, quando provocou uma tsunami letal.

Desta vez, a erupção foi a mais longa desde o episódio de 2018, com uma coluna de cinzas de 15 km. Apesar disso, não houve vítimas no incidente.

Na famosa erupção de 2018, o vulcão gerou uma tsunami nas costas de Sumatra e Java, matando 430 pessoas. Antes disso, entretanto, o mundo havia sofrido uma transformação radical, por causa do Krakatoa.

História do Krakatoa

Krakatoa - a história do vulcão que destruiu uma ilha na Indonésia
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Em 27 de agosto 1883, a erupção do Krakatoa, na Indonésia, causou megatsunamis que mataram milhares e teve detritos que alcançaram até 100 km de altura. Os sinais dos tsunamis, inclusive, foram sentidos até no Canal da Mancha, na Inglaterra.

Em razão da erupção, a ilha de Krakatoa, localizada entre Sumatra e Java foi praticamente destruída. Dessa maneira, o evento ficou marcado como uma das maiores catástrofes naturais da história.

Um dia antes da tragédia, as erupções começaram a ser registradas, mas foi a terceira telas que se destacou. A explosão foi tão forte, que o barulho foi ouvido a mais de 5 mil km de distância. É como se um som gerado no Senegal, na África, fosse ouvido no Rio de Janeiro, por exemplo.

Ainda hoje, a explosão é considerada o som mais alto ouvido em toda a história. O barulho, inclusive, chegou a romper os tímpanos de marinhos a quilômetros de distância.

Transformações

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Além da força do som, a explosão foi marcada por uma grande quantidade de energia. Com uma força estimada em 200 megatons, a erupção teve mais de 10 mil vezes a força da bomba atômica lançada em Hiroshima, na Segunda Guerra Mundial. Assim, a onda de pressão gerada foi tão forte, que deu a volta no planeta três vezes.

Segundo Sidney Baker, que na época da explosão era um adolescente no navio de seu pai, no Oceano Índico, havia tanta poeira no ar que as pessoas acreditavam que iam sufocar. Além disso, como ficou tudo tão escuro que choviam cinzas no mar, havia quase 20 centímetros de cinza sobre o navio e mal se conseguia ver a frente do rosto.

Além disso, com a refração da luz solar nas partículas expelidas, houve mudanças visuais nos crepúsculos e auroras no mundo todo. As transformações foram tão intensas, que o pintor William Ascroft, em Londres, produziu uma série de aquarelas à beira do Tâmisa, em tons de roxo, vermelho e laranja do pôr do sol.

Efeitos globais

Krakatoa - a história do vulcão que destruiu uma ilha na Indonésia
Notícia Hoje

A explosão do Krakatoa também foi um marco por ter sido o primeiro evento noticiado em redes globais. Ao mesmo tempo, cientistas liderados pela Royal Society iniciaram um momento de pesquisa global. Essas pesquisas levaram a descoberta de correntes de ar na atmosfera, por exemplo.

A explosão de 1883 também provocou mudanças perceptíveis ao redor do planeta. O ano de 1884 viu uma queda na temperatura média global, além de chuvas recordes nos Estados Unidos. No mundo todo, foi registrado aumento na concentração de ácido sulfúrico nas nuvens.

De acordo com dados estimados, o clima do planeta só recuperou a normalidade cinco anos após a erupção.

Fontes: Aventuras na História, BBC, O Globo, Folha

Imagem de destaque: The Morning Call

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