O folclore brasileiro é muito rico em lendas e mitos, e a lenda da mandioca, de origem indígena, é uma delas. Essa lenda conta a história da origem desse alimento tão nutritivo e importante para a alimentação do povo indígena. A lenda da mandioca conta a história de uma pequena índia, alegre e feliz, muito amada pela tribo Tupi-guarani, onde vivia a indiazinha Mani.
A pequena Mani era diferente dos outros índios, era branca, neta do grande cacique da aldeia, que não ficou feliz com a gravidez de sua filha, já que não era casada. No entanto, sua mãe a amava muito, mas não sabia como tinha engravidado, pois não havia ficado com homem algum.
Desde que nasceu Mani falava e andava, porém, em uma manhã, sem explicações, amanheceu morta. O que causou grande tristeza na tribo, sua mãe, inconsolada pela perda, enterrou Mani dentro da Oca onde vivia e ali chorou dia e noite pela pequena Mani.
Até que um dia, o deus Tupã, para aliviar seu sofrimento, abençoou o local onde Mani estava enterrada, e dali nasceu uma planta florida e diferente, cuja raiz era branca como Mani.
A lenda da mandioca
De acordo com a lenda, a filha do cacique engravidou, seu pai ficou bravo, pois queria que filha se casasse com um grande guerreiro da tribo. No entanto, sua filha afirmou não saber como havia engravidado, pois, não havia ficado com homem algum. Porém, o cacique não acreditou.
Até que um dia, o cacique sonhou com alguém lhe dizendo para acreditar em sua filha, pois ela dizia a verdade. A partir desse dia, o cacique aceitou a gravidez da filha, e juntos, esperaram ansiosos pela chegada da neta.
Mani era uma linda indiazinha com a pele branca, muito feliz e alegre, e espalhava sua alegria por toda a tribo, por isso, era muito querida e amada.
Mas, certo dia, pela manhã, a mãe de Mani encontra a pequena índia morta, sem adoecer, ela havia morrido durante o sono. Com sua morte, toda a tribo se entristeceu, o cacique e sua filha ficaram inconsoláveis.
Como era costume da tribo, Mani foi enterrada na Oca onde vivia, e lá, sobre sua sepultura, sua mãe chorava dia e noite. Até que um dia, uma planta desconhecida nasceu no lugar da sepultura de Mani.
Nasce a lenda da Mandioca
Ninguém na aldeia conhecia a tal planta, mas a mãe de Mani passou a cuidar da planta. Com o passar dos dias, a terra ao redor da planta foi rachando, então, a mãe de Mani cavou a terra, na esperança de achar sua filha viva.
Entretanto, achou uma raiz que era escura por fora e branca por dentro, após cozinhar a raiz e provar, toda a tribo entendeu que se tratava de um presente do deus Tupã.
Pois foi o deus Tupã que havia enviado a raiz de Mani para saciar a fome de toda a tribo. Portanto, em homenagem a bela indiazinha que foi enterrada na Oca colocou o nome na raiz de Manioca, ou seja, a junção do nome de Mani, com Oca onde estava enterrada. E ao passar do tempo, ficou conhecida como mandioca.
Importância da mandioca
A mandioca se tornou um alimento muito importante para a alimentação dos índios. E até os dias de hoje ela faz parte da cultura do povo indígena.
Pois, da mandioca eles podem fazer farinha, beiju e uma bebida fermentada chamada cauim.
Em suma, com a farinha de mandioca, os índios podem enriquecer sua alimentação. Adicionando a farinha a peixes, frutas silvestres como, buriti, açaí, cacau bravo, piquiá, e bacuri, por exemplo.
Atualmente, no Brasil, a mandioca possui diversos nomes, dependendo da região, por exemplo, aipim, macaxeira, maniva, castelinha, mandioca-mansa, mandioca-brava, entre outros nomes.
O pé de mandioca é uma planta capaz de se adaptar a qualquer região, independente da variação do solo ou do clima. É uma raíz, um tubérculo da família Euphorbiaceae, que se desenvolve embaixo da terra.
De acordo com pesquisadores, a mandioca começou a ser cultivada antes mesmo da colonização do Brasil. Hoje, é considerada como um dos principais alimentos básicos da população mundial. E sua produção é feita em mais de 100 países, sendo uma fonte rica de carboidratos, perde apenas para o arroz e o milho.
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Fontes: Info escola, Toda Matéria, Só história
Imagens: Tricurioso, Escola educação, Dehonianos, Folha de Pernambuco
