Em primeiro lugar, negócio da China significa um negócio muito lucrativo e maravilhoso. Nesse sentido, desde a Antiguidade, as atividades comerciais foram fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. Desse modo, além de garantir lucros e riquezas, o mercado promoveu um intercâmbio diverso entre culturas distantes.
Por um lado, a expansão da classe mercantil árabe permitiu que vários hábitos alimentares dessa cultura peculiar chegassem a outras pessoas. Além disso, outras formas de conhecimento, como a própria matemática, se difundiram através do comércio. Sobretudo, no final da Idade Média, a consolidação da burguesia europeia criou uma integração entre Ocidente e Oriente por meio das rotas.
Ou seja, o estabelecimento de rotas terrestres e marítimas consolidaram um comércio de especiarias do mundo inteiro. Desse modo, houve uma expansão marítimo-comercial que marcou o início do período moderno, a busca pela sedas, temperos, ervas, óleos e perfumes orientais. Basicamente, esse era o grande negócio da China, o que originou a expressão.
Portanto, utiliza-se essa frase para referir-se a acordo vantajosos até os dias atuais. Contudo, suas origens são mais distantes na história do mundo. Acima de tudo, tem caracterização a partir dessas relações comerciais entre diferentes partes do mundo. Curiosamente, o explorador Marco Polo é protagonista nessa história.
Origem da expressão negócio da China
No geral, a literatura histórica é o maior documento para entender a origem da expressão negócio da China. Curiosamente, a obra “A casa da mãe Joana“, de Reinaldo Pimenta, apresenta melhor os relatos sobre esse surgimento. Em resumo, se trata de um livro sobre divulgação etimológia que utiliza uma das mais famosas expressões informais do mundo.
Em resumo, a expressão surgiu a partir das viagens de Marco Polo ao Oriente, durante o século XII. Por meio de seus relatos, documentos e relatórios, a China tornou-se popular como uma terra de produtos mirabolantes, hábitos exóticos e tradições incomuns. Como consequências, diversos comerciantes ambiciosos começaram a explorar a região.
Ou seja, Marco Polo criou a expressão inglesa Chinese deal, que significa, literalmente, negócio da China em uma tradução perfeita. Além disso, historiadores e linguistas estimam que a expressão tornou-se ainda mais famosa pela presença da coroa portuguesa em Macau, na China. Desse modo, os quase cinco séculos de influência fizeram essa e outras expressões relevantes no idioma português.
Sobretudo, a concepção desse termo refere-se ao grande interesse dos comerciantes da Europa na busca por mercadorias chinesas. Ademais, também acaba incluindo outros povos asiáticos, porque na época a China era a maior representante do mercado na Ásia.
Como exemplo dessa ambição, pode-se citar que a coroa portuguesa teve um lucro superior a 6000% com os produtos da Índia. Ou seja, o comércio exterior, em especial no Oriente, era promissor ao ponto de surgir expressões específicas para esse comércio.
Guerra do Ópio e os negócios da China ingleses
Porém, é no século XIX que essa expressão renova sua forma, pois a economia capitalista vivia um período de expansão. Ainda, os britânicos buscavam explorar o mercado consumidor chinês. Além disso, também tinham interesse em usar as matérias-primas e a força de trabalho disponível.
Apesar disso, era necessário um grande poder de interferência e influência nas instituições da nação. Entretanto, os chineses não tinham a menor intenção de permitir essa abertura para os britânicos. Acima de tudo, não queriam a influência ocidental no cenário político e sabiam que a Inglaterra almejava mais do que o acesso mercantil.
Posteriormente, esse conflito de interesses culminou na Guerra do Ópio entre as duas nações, ocorridas entre 1839 e 1860. Em resumo, consistiu em dois conflitos armados entre o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda contra o Império Qins nos anos de 1839-1842 e 1856-1860.
A princípio, em 1830, os ingleses obtiveram exclusividade das operações comerciais no porto de Cantão. Nesse período, a China exportava seda, chá e porcelana, então em moda no continente europeu. Em contrapartida, a Grã-Bretanha sofria com um problema econômico por conta da China.
Sendo assim, para compensar suas perdas econômicas, a Grã-Bretanha traficava o ópio indiano para a China. Contudo, o governo de Pequim resolveu proibir o tráfico de ópio, o que levou a coroa britânica a lançar mão de sua força militar. Por fim, as duas guerras tornaram-se, de fato, um negócio da China para o Reino Unido.
Herança cultural
Basicamente, a China perdeu ambas guerras e como consequência teve que aceitar o Tratado de Tianjin. Desse modo, teve que autorizar onze novos portos chineses a serem abertos para o comércio de ópio com o Ocidente. Além disso, teria a garantia da liberdade de movimento aos traficantes europeus e missionários cristãos.
No entanto, estima-se que em 1900 o número de portos abertos ao comércio com ocidente eram mais de cinquenta. No geral, ficaram conhecidos como portos de tratado, mas o Império Chinês sempre tratou a negociação como bárbara. Curiosamente, esse termo está presente em diversos documentos chineses sobre a movimentação dos ocidentais.
Apesar disso, a popularização da expressão negócio da China na língua portuguesa partiu principalmente da presença de portugueses em Macau, uma civilização ocidental na China. A princípio, os portugueses estão presentes desde 1557 nessa região, mas estima-se que a Guerra do Ópio ampliou ainda mais a presença e influência de Portugal na cidade.
Contudo, a presença portuguesa significou grandes avanços e desenvolvimento da região, com ampliação do comércio. Sobretudo, se trata de um exemplo da junção entre o Ocidente e o Oriente. Em especial, conta com a preservação de tradições específicas de cada parte do mundo em um só lugar.
E aí, aprendeu o que é negócio da China? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.