Se você não gosta de xadrez, o Gambito da Rainha é a série que vai desmistificar o que você pensa sobre o jogo para além da ficção. A minissérie original da Netflix conta a história de Elizabeth Harmon. Na série, Beth é uma estrela do xadrez nos anos 1960, que trilha um árduo caminho para a fama.
A série é baseada no romance de mesmo nome, do escritor Walter Tevis. Dessa forma, a produção retrata a vida de Beth, protagonista vivida pela atriz Anya Taylor-Joy. Ela interpreta uma órfã que eventualmente descobre uma paixão pelo xadrez, após ser apresentada ao jogo pelo zelador do orfanato, Sr. Shaibel.
Então, além do fascínio pelo jogo, ela desenvolve rapidamente um vício em álcool e drogas, que a ajudam a “planejar” as partidas para, assim, garantir a vitória.
Sobre o que trata a minissérie O Gambito da Rainha?
Como lido acima, a série conta a história de Beth Harmon, que cresceu em um orfanato de Kentucky no final dos anos 60, e desenvolveu um talento surpreendente para o xadrez.
No entanto, enquanto está no orfanato, Beth também desenvolve um vício com os tranquilizantes usados para sedar os órfãos. Consequentemente, este vício lhe acompanha até a idade adulta.
Hábil e elegante, Beth é uma jovem determinada a quebrar as regras tradicionais estabelecidas no mundo do xadrez competitivo, dominado pelos homens. Em outras palavras, o xadrez é um esporte no qual os homens sempre se consideraram mestres, especialmente na época em que se passa a história da série.
Então, Beth fica prestes a se tornar uma das maiores jogadoras de xadrez do mundo, derrubando todas as barreiras de gênero impostas pela sociedade da época. Contudo, à medida que ela envelhece, um elemento ainda mais enigmático emerge de sua personalidade.
Criatividade e psicose, como ela mesmo descreveu. São essas batalhas internas que ela confronta, ao passo que se torna famosa e relevante no mundo do xadrez. Beth atinge o auge quando se prepara para enfrentar um grande mestre russo no confronto final.
No xadrez, o que significa o Gambito da Rainha?
No jogo tradicional de xadrez, a jogada Gambito da Rainha retratado na série consiste em três movimentos que vão além da ficção:
- Em primeiro lugar, o jogador com as peças brancas move o peão da rainha duas casas para frente.
- Em segundo lugar, o jogador com as peças pretas respondem movendo seu próprio peão da rainha duas casas para frente.
- Por fim, o jogador com as peças brancas responde trazendo o peão do bispo do lado da rainha para frente em duas casas.
- Usando a linguagem do xadrez padrão, isso é escrito como: 1.d4 d5 2.c4
Curiosidades sobre a história
Em primeiro lugar, a história da série não é baseada em fatos reais, portanto, trata-se majoritariamente de ficção. Embora o autor do livro, Tevis, aproveitasse de suas experiências pessoais como jogador de xadrez para enriquecer a história com detalhes específicos, não existe uma mulher com nome de Elizabeth Harmon que tenha sido uma jogadora com super talento, na vida real.
Uma curiosidade neste sentido, é que no início dos anos 2000, o roteirista Jesse Kornbluth e o falecido ator Heath Ledger, que era um gênio do xadrez, estavam desenvolvendo um filme baseado no livro, antes da morte prematura Ledger, em 2008. Após uma década da morte de Ledger, a Netflix firmou parceria com o co-criador, Allan Scott, que detém os direitos do livro de Tevis desde 1992.
Por outro lado, estima-se que a equipe da produção contou com especialistas em xadrez para garantir jogadas verossímeis e realistas. Como exemplo, pode-se citar o enxadrista Bruce Pandolfini, também envolvido na produção de Lances Inocentes, filme de 1993.
Ademais, o estilo das vestimentas, maquiagem e cabelo da protagonista na ficção da série O Gambito da Rainha envolveram um planejamento estratégico para demonstrar o amadurecimento da personagem. Ou seja, na medida em que a série avança, a personagem se descobre e suas características buscam externalizar esse movimento.
Por fim, ainda que não tenha segunda temporada ou continuação, estima-se que mais de 62 mihlões de usuários da Netflix assistiram à minissérie. Curiosamente, também ficou no topo das listas da plataforma em 92 países, incluindo o Brasil.
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Fontes: Omelete, Adoro Cinema, IGN, SuperInteressante, ELLE
Fotos: Jetss, Uol