A palavra “queer” é um termo abrangente para pessoas de diversidade sexual e de gênero, muitas vezes adotada por aqueles que não são heterossexuais ou cisgêneros.
Este termo carregava conotações negativas no passado, porque as pessoas os usavam como insultos e ofensas. No entanto, as pessoas da comunidade LGBTQIA+ começaram a adotar o termo e usá-lo para se descrever. Saiba mais sobre essa história a seguir.
Qual a história da palavra queer?
A palavra “queer” nem sempre esteve relacionada à sexualidade e gênero. Quando entrou na língua inglesa no século XVI, queer era sinônimo de estranho, esquisito e excêntrico.
Foi somente na década de 1940 que o termo era praticamente um tipo de insulto contra gays, ou qualquer pessoa que não se adaptasse ao gênero. Aliás, ser rotulado como ‘um estranho’ era extremamente perigoso e muitas vezes resultava em violência, abuso e às vezes morte.
Desse modo, existem muitas razões pelas quais as pessoas se identificam com queer, seja individualmente ou como um termo genérico. Em suma, abrange uma ampla gama de identidades e não corre o risco de excluir grupos que a sigla pode deixar de fora.
Algumas pessoas acham atraente a ambiguidade do queer, pois dá um senso de comunidade sem a necessidade de um rótulo mais específico.
Como o termo queer se popularizou?
“Queer” é frequentemente usado para descrever todos os indivíduos não heteronormativos. Antes da década de 1990, quando “queer” foi reivindicado por ativistas e acadêmicos LGBTQIA+ como um termo abrangente e empoderador, era uma palavra pejorativa usada para insultar e rebaixar aqueles que não eram heterossexuais e não conformes ao gênero.
Entre os indivíduos LGBTQIA+ mais jovens, que geralmente não se identificam com um rótulo LGBTQIA+ específico, “queer” é um termo popular porque reconhece a fluidez de gênero e sexualidade. Ao contrário da palavra “homossexual”, “queer” abrange uma ampla gama de identidades, incluindo indivíduos bissexuais.
Não foi até a década de 1980 que os ativistas começaram a recuperá-lo, escrevendo-o em suas faixas e bandeiras quando marchavam pela rua.
Portanto, recuperar a linguagem foi visto como uma ferramenta poderosa contra o ódio e o bullying de outras pessoas. O pensamento por trás disso é que ninguém pode ofendê-lo com palavras que você usa para se descrever. Desde então o termo faz parte da linguagem inclusiva LGBTQIA+.
O que é linguagem inclusiva LGBTQIA+?
A linguagem inclusiva é uma forma de reconhecer e respeitar a diversidade de corpos, gêneros e relações. As pessoas expressam seu gênero e sexualidade de maneiras diferentes e podem ter distintas características sexuais biológicas.
Por fim, a linguagem inclusiva garante que não deixemos as pessoas de fora das nossas conversas ou do nosso trabalho. Isso inclui tanto quando estamos nos comunicando diretamente com alguém quanto quando descrevemos alguém que não está presente.
Então, achou este artigo interessante? Pois, leia também: O que são gírias? Características, tipos e exemplos