Todo ano, quando o mês de abril chega, nós esperamos por duas coisas: o feriado de Sexta-feira feira da Paixão e o domingo de Páscoa. Isso porque, em quase todos os países ocidentais, esse costume prevalece e se destaca. Com isso, principalmente aqui no Brasil, pouco se fala sobre a Páscoa Judaica.
No Cristianismo, a Páscoa significa a morte a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de ter celebrado a Páscoa em 14 de Nissan do ano 33, Jesus deu início a uma nova celebração: a Ceia do Senhor.
Essa ceia ficou no lugar da Páscoa judaica, pois celebra o sacrifício do ‘Cristo, o cordeiro pascoal’
Mas e para os judeus, o que significa a Páscoa? O que você sabe sobre a Páscoa judaica na prática? O Segredos do Mundo te conta.
O que é a Páscoa Judaica?
A Páscoa Judaica, também chamada de Festa da Libertação, é a data onde se comemora o dia em que Deus libertou os escravos israelitas do Egito, em 1513 a.C.
Para a cultura judaica, Deus teria mandado os israelitas se lembrarem dessa data importante todo ano, no dia 14 de todo Nissan (primeiro mês de 30 dias do ano no calendário judaico religioso).
Em Êxodo 12:42, podemos ver a origem da data descrita: “essa é uma noite em que celebrarão o fato de que Jeová os tirou da terra do Egito. É uma noite que todo o povo de Israel deve celebrar para Jeová, por todas as suas gerações”. Já em Levítico 23:5, existe essa passagem que diz: “no primeiro mês, no dia 14 do mês,e entre o pôr do sol e a noite, haverá a Páscoa para Jeová”.
Páscoa, Pessach em hebraico, significa “passar por alto”. No judaísmo, Deus poupou os israelitas de uma calamidade que matou todo primogênito no Egito.
Antes de trazer essa praga devastadora, Deus orientou os israelitas a passarem um pouco do sangue de um cordeiro ou cabrito na entrada da casa. Deus veria esse sinal e ‘passaria por alto’, não matando o primogênito daquela casa.
Costumes israelitas
Os costumes israelitas antigos para a Páscoa Judaica contavam com um sacrifício. No dia 10 de Nissan, as famílias escolhiam um cordeiro de 1 ano de idade, que seria abatido no dia 14.
Eles podiam comer esse animal, e algumas vezes, passavam seu sangue nas portas e vigas de suas casas. Pão sem fermento e ervas amargas faziam parte do cardápio.
O vinho era uma bebida essencial nesse dia, assim como as músicas e danças do dia. Os pais também aproveitavam para ensinar um pouco mais sobre Deus para seus filhos.
Logo depois da Páscoa, os israelitas celebravam a Festividade dos Pães sem Fermento por sete dias. Durante esse tempo, eles não podiam comer pão com fermento.
Algum tempo depois do inicio do costume, muitos israelitas viajavam até Jerusalém para celebrar a Páscoa. Muitos desses costumes ainda permanecem até hoje, mesmo com pequenas adaptações.
Apenas o sacrifício não é mais usado com tamanha frequência e vigor.
Mitos sobre a Páscoa Judaica
Existem, portanto, dois mitos muito fortes sobre a Páscoa judaica, e eles são:
- Os israelitas comiam a refeição da Páscoa no dia 15 de Nissan;
- Os cristãos devem celebrar a Páscoa judaica.
O primeiro é um mito porque, para os israelitas, o dia começava num pôr do sol e ia até o outro pôr do sol. Eles, então, deviam comer o cordeiro na mesma noite. Sendo assim, os israelitas abatiam o cordeiro e comiam a refeição no começo do dia 14 de Nissan.
Já, o segundo, é um mito. Isso porque, no cristianismo, a Páscoa é um simbolo do sacrifício de Jesus, filho de Deus, pelos homens.
Para os judeus, contudo, o sacrifício de resgate é superior ao sacrifício da Páscoa. Pois, liberta as pessoas da escravidão, do pecado e da morte.
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Fonte: JW Wikipédia
Imagem: Gospel Prime Jesuítas Brasil Rude Cruz EuroNews
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