Petrópolis segue com 154 desaparecidos e 152 mortes confirmadas

A cidade de Petrópolis segue com 154 desaparecidos, e enquanto isso, 152 mortes já foram confirmadas. As buscas continuam.

As fortes chuvas que caíram na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, na última terça (15) provocaram enchentes e deslizamentos. Até então, já houve a confirmação de pelo menos 152 mortos até o início da tarde de domingo (20). Além disso, de acordo com a Polícia Civil, 147 corpos já foram para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Entre eles, 28 são crianças ou adolescentes. Mesmo que 124 já tenham recebido identificação, Petrópolis segue com 154 desaparecidos.

Da mesma forma, de acordo com a polícia, 108 corpos já receberam liberação e foram entregues para a funerária. A Prefeitura de Petrópolis também informou que, até a tarde de domingo, 114 vítimas da chuva já estavam sepultadas em um cemitério da região. Nesse sentido, a cidade já decretou estado de calamidade pública após o último temporal. Contudo, as buscas precisaram até mesmo ser suspensas nos últimos dias por conta das novas chuvas.

Até então, as equipes de resgate estão trabalhando desde a noite de terça-feira, ajudando várias famílias e buscando os corpos em meio aos escombros. Muitas ruas da cidade estão intransitáveis desde o temporal. Inclusive, ruas do Centro Histórico de Petrópolis chegaram a perder o asfalto, e muitas casas acabaram destruídas em vários trechos da região. Até então, uma das áreas mais afetadas foi o Morro da Oficina, que fica no bairro Alto da Serra. Ali, pelo menos 80 casas sofreram com uma barreira que caiu.

Petrópolis segue com 154 desaparecidos e pelo menos 152 mortos

Petrópolis segue com 154 desaparecidos
G1

O governo municipal fez um informe por meio do Facebook logo depois do temporal. “A Prefeitura de Petrópolis está com todas as equipes mobilizadas para o atendimento às ocorrências. As pessoas estão acolhidas nos pontos de apoio que funcionam em escolas da cidade”, escreveram eles. “Nos locais, a população recebe o suporte de profissionais de Assistência Social, Educação, Saúde, além da Defesa Civil, que está totalmente dedicada ao atendimento aos casos com vítimas”.

“Os agentes atuam em conjunto com o 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros. Equipes da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis e Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes também atuam por toda a cidade.”. Além disso, na semana passada, a Secretaria de Defesa Civil chegou a colocar a cidade em Estágio Operacional de Atenção, por conta da previsão de fortes chuvas. Mas por não terem recebido o volume que era esperado, a cidade voltou para Estágio Operacional de Observação.

Mesmo assim, na terça-feira, o volume das chuvas aumentou muito. Assim, a cidade passou por vários estragos. Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro e André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do estado, foram para Petrópolis no mesmo dia. Lá, eles acompanharam o trabalho de resgate dos profissionais.

Na ocasião, o governador lamentou. “As imagens são muito fortes e, provavelmente, vamos amanhecer com imagens tão ou mais fortes. É realmente uma tragédia grande. […] O que nós vimos é uma cena muito triste, cena praticamente de guerra”. Ele ainda falou sobre como o volume de chuvas  “é praticamente como nunca foi visto na cidade” antes.

Medidas do governo e do município

Carta Capital

Da mesma forma, o presidente Jair Bolsonaro, que estava visitando a Rússia na ocasião, fez um tweet logo depois da tragédia. De acordo com ele, ligou para ministros para que eles pudessem enviar ajuda para as vítimas da cidade, na ocasião em que Petrópolis segue com 154 desaparecidos. Enquanto isso, na cidade, equipes da Defesa Civil trabalham com o atendimento às ocorrências, e ajudam o Corpo de Bombeiros em áreas onde existe suspeita de vítimas.

O prefeito da cidade, Rubens Bomtempo, também falou sobre como todas as organizações do município estão “empenhadas no atendimento a ocorrências e ações de recuperação da cidade”. Por enquanto, as aulas da cidade estão suspensas, e escolas de rede pública viraram pontos de apoio e atendimento.

Fonte: BBC

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