Em primeiro lugar, o Planeta X consiste em um possível corpo celeste localizado depois de Netuno na órbita da Via Láctea. Desse modo, trata-se também de uma hipótese para estudar e investigar sobre o espaço. Nesse sentido, estima-se que encontrá-lo explicaria questões como a discrepância nas órbitas dos planetas gigantes, como Urano e Netuno.
A princípio, a descoberta de Plutão pelo astrônomo Clyde Tombaugh em 1930 serviu para validar a hipótese do Planeta X. Posteriormente, considerou-se Plutão como o nono planeta, mas eventualmente o classificou como planeta-anão. Apesar disso, as buscas e pesquisas persistiram, ainda que com menos apoio da comunidade científica com o passar dos anos.
No geral, compreende-se que a concepção desse corpo celeste como pensado inicialmente não existe. Contudo, a ideia ainda é uma teoria possível para entender as anomalias observadas no Sistema Solar. Ademais, recentemente a discussão voltou à mesa porque um astrônomo brasileiro chamado Rodney Gomes apresentou evidências em cálculos sobre a existência do planeta.
Basicamente, o pesquisador analisou as órbitas de 92 objetos do chamado Cinturão de Kuiper. Logo em seguida, comparou os resultados com modelos computacionais que previam o movimento dos corpos celestes, mas encontrou discrepâncias. Como consequência, concluiu que a causa dessa diferença seria um planeta, que muitos pensaram ser o Planeta X.
No entanto, a comunidade científica ainda não tem informações suficientes para corroborar com a teoria de Gomes. Apesar disso, a retomada das discussões e pesquisas são fundamentais para entender mais a respeito do Universo. Portanto, a expectativa é que as teorias em desenvolvimento se aprofundem para encontrar respostas possíveis a esses enigmas e mistérios.
Origem do Planeta X
A princípio, a teoria sobre o Planeta X está datada na Antiguidade, mais especificamente sobre o mito sumério de Nibiru. Basicamente, há cerca de 5 mil anos na Mesopotâmia, o povo sumério consistia em uma das comunidades mais desenvolvidas no mundo. Nesse sentido, entraram para a história por conta dos estudos em astronomia.
Desse modo, missões arqueológicas encontraram escritos datando cerca de 3500 antes de Cristo com representações do Sistema Solar. No geral, a composição com doze planetas era similar ao modelo atual, e até mesmo o Sol era visto como um planeta. Contudo, além desses dois corpos celestes e Plutão havia mais um misterioso planeta cuja identificação tornou-se um desafio.
Posteriormente, o historiador Zecharia Sitchin iniciou suas pesquisas na teoria suméria para identificar qual seria este planeta desconhecido. Ademais, descobriu se tratar de Nibiru, mencionado na mitologia antiga como um lar de gigantes celestiais chamados de Annunaki. Mais ainda, os estudos demonstraram a complexidade dos estudos sumérios sobre o planeta.
Em primeiro lugar, Nibiru continha luas que se movimentavam em uma órbita lenta e elíptica em torno de uma estrela. Por outro lado, estimou-se que esse corpo celeste passava pelo interior do Sistema Solar a cada 3,6 mil anos , como uma espécie de intermediário.
Porém, essa passagem criava desequilíbrios, catástrofes ambientais e desastres naturais. Em resumo, acreditava-se que Nibiru causou eventos como as crateras na superfície da Lua, o dilúvio na história de Noé e o desaparescimento de Atlântida.
O que aconteceu com as pesquisas?
Eventualmente, os astrônomos William Pickering e Percival Lowell começaram suas investigações sobre o Planeta X em 1906, a fim de compreender as discrepâncias nas órbitas do Sistema Solar. Desse modo, ambos passaram a associar o mito sobre Nibiru com o corpo celeste misterioso que causava essas diferenças nos cálculos astronômicos.
Sendo assim, em 1982 a Nasa reconheceu a possibilidade da existência de um planeta além da órbita de Netuno. Ademais, ainda nesse ano, a publicação de uma entrevista com o cientista-chefe de um dos projetos da organização corroborou com os estudos. Basicamente, a matéria afirmava a identificação de um corpo celeste encontrado na direçã oda constelação de Órion.
Sobretudo, tem-se os vídeos sobre o assunto como a documentação mais importante dos estudos sobre Nibiru e o Planeta X. Mais ainda, a criação do South Pole Telescope em 2009 revelou novos cálculos astronômicos que indicam a trajetória orbital. Dessa forma, descobriu-se que Nibiru somente poderia ser observado a partir de um ponto específico no sul da Terra.
Entretanto, a ausência de teorias conclusivas leovu a Nasa a publicar uma série de artigos para desmentir os rumores sobre a existência do Planeta X. Ou seja, a instituição afirmou que o mito seria somente um recorte de dados convenientes para colaborar com uma teoria sem informações apuradas no quesito histórico e científico.
No entanto, alguns estudiosos acreditam que o posicionamento da organização surge na intenção de manter as pesquisas e descobertas em segredo. Apesar disso ser uma grande teoria da conspiração, as pesquisas independentes e estudos sobre o planeta continuam, com descobertas recentes como a de Gomes trazendo novas perspectivas.
E aí, aprendeu sobre o Planeta X? Então leia sobre Cidades medievais, quais são? 20 destinos preservados no mundo.
Fontes: Terra | Revista Encontro | TecMundo
Imagens: BBC