O cultivo de plantas proibidas no Brasil envolve fatores como plantas que contêm substâncias psicoativas, como maconha (cannabis), que inclusive é a mais conhecida, e coca (de onde se extrai a cocaína).
Essas plantas são ilegais devido aos seus efeitos psicoativos e ao seu potencial para abuso. Por esse motivo, o cultivo, posse e venda dessas plantas são criminalizados e podem resultar em penalidades severas de acordo com a legislação brasileira.
Ficou curioso e quer saber que plantas são essas? Continue com a gente!
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8 plantas que são proibidas de serem cultivadas no Brasil
Entre as plantas que têm o seu cultivo proibido no Brasil, uma das mais conhecidas é a Maconha. No entanto, ela não é a única. Confira abaixo a lista que a gente preparou para você:
1. Maconha (Cannabis sativa)
A maconha, também conhecida como cannabis, é uma planta que tem sido objeto de debate em todo o mundo devido às suas propriedades psicoativas e potencial medicinal. No Brasil, o cultivo da maconha é proibido pela legislação atual, sendo classificada como uma substância ilícita, principalmente devido às suas associações com o tráfico de drogas e preocupações com a saúde pública.
No entanto, há uma crescente discussão sobre a legalização controlada da cannabis para uso medicinal e recreativo, impulsionada por evidências científicas sobre seus possíveis benefícios terapêuticos e pelo reconhecimento internacional de modelos regulatórios mais flexíveis. O debate continua a evoluir, abordando questões como saúde, segurança e políticas públicas.
2. Peiote (Lophophora williamsii)
O peiote é uma planta alucinógena encontrada principalmente no México e no sudoeste dos Estados Unidos, conhecida por suas propriedades psicoativas devido à presença de mescalina. Apesar de ser utilizada tradicionalmente por povos indígenas em rituais religiosos e cerimônias de cura, o cultivo e consumo de peiote são proibidos no Brasil devido à legislação que regula substâncias psicotrópicas.
Portanto, essa proibição está relacionada à classificação do peiote como uma droga ilícita, sujeita a controle rigoroso devido aos seus efeitos psicoativos e potencial para abuso.
3. Prestonia amazonica
A planta Prestonia amazônica é uma espécie nativa da região amazônica conhecida por suas propriedades medicinais e culturais. No entanto, devido ao seu potencial de uso indevido para a produção de substâncias psicoativas, o cultivo da Prestonia amazônica foi proibido no Brasil.
Embora essa proibição possa impedir o uso indevido da planta, também levanta questões sobre a preservação da biodiversidade e o acesso a recursos naturais importantes para comunidades locais.
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4. Sálvia (Salvia divinorum)
A sálvia, uma erva aromática da família das lamiáceas, é conhecida por suas propriedades medicinais e culinárias em todo o mundo. Popularmente utilizada em chás e na culinária como tempero, a sálvia possui compostos que lhe conferem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
Porém, no Brasil, seu cultivo é proibido devido à presença de uma substância alucinógena chamada salvinorina, encontrada em algumas variedades da planta. Essa proibição visa controlar o uso indevido da sálvia e proteger a saúde pública, embora a restrição também limite o acesso a seus potenciais benefícios medicinais e culinários.
5. Coca (Erythroxylum coca)
A planta da coca, conhecida cientificamente como Erythroxylum coca, é nativa da região amazônica e é cultivada há milhares de anos por povos indígenas na América do Sul. Ela possui propriedades estimulantes devido à presença de substâncias como a cocaína.
No entanto, devido ao potencial de abuso e aos efeitos nocivos à saúde, o cultivo da coca é proibido no Brasil desde 1988, com a promulgação da Lei de Drogas. Essa medida visa controlar o tráfico e o consumo de drogas ilícitas, apesar de a planta ter usos tradicionais em rituais e na medicina em algumas culturas indígenas.
6. Trombeteira (Brugmansia suaveolens)
A planta trombeiteira, conhecida cientificamente como Datura stramonium, é uma espécie ornamental que também possui propriedades alucinógenas e tóxicas.
No Brasil, seu cultivo foi proibido devido aos riscos associados ao seu consumo, que incluem intoxicação grave e até mesmo morte. Seus efeitos psicoativos podem levar a alucinações intensas, confusão mental, taquicardia, entre outros sintomas adversos, representando um perigo significativo para a saúde pública.
7. Cravagem do centeio (Claviceps paspali)
A cravagem do centeio, também conhecida como Ergot (Claviceps purpurea), é um fungo parasita que infecta o centeio e outros cereais. Apesar de historicamente ter sido associada a envenenamentos e surtos de doenças, a cravagem do centeio também possui compostos com propriedades medicinais, como o ácido lisérgico, precursor da síntese do LSD.
No Brasil, seu cultivo é proibido devido aos riscos à saúde pública, uma vez que o consumo de grãos contaminados pode levar a sintomas graves de intoxicação, incluindo alucinações, convulsões e até mesmo a morte. A regulação rigorosa visa proteger a população contra os perigos potenciais associados à presença desse fungo em alimentos.
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8. Papoula (Papaver somniferum L.)
A papoula, conhecida por suas flores vibrantes e sementes utilizadas na produção de ópio, conta com restrições legais no Brasil devido ao seu potencial uso na fabricação de drogas ilícitas. Essa proibição visa controlar a produção e o comércio de substâncias controladas, como a morfina e a heroína, que derivam do ópio extraído das cápsulas da papoula.
Apesar de suas propriedades decorativas e medicinais legítimas, a planta é regulamentada estritamente para evitar seu uso indevido na produção de narcóticos, refletindo os esforços das autoridades brasileiras para combater o tráfico e o abuso de drogas.
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Fontes: Revista Casa e Jardim, Super Abril