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Mandala: qual é o seu significado e sua origem?
As mandalas são expressões da espiritualidade em várias religiões e tradições indígenas, por isso conheça algumas delas e o que significam.
Por Adelina Lima
Você certamente, já deve ter visto uma mandala, mas você conhece o seu significado? A mandala, (do sânscrito “círculo”), é um desenho geométrico muito simbólico e importante nas culturas hindu e budista.
Acredita-se que as mandalas representam diferentes aspectos do universo e são usadas como instrumentos de meditação e símbolos de oração, principalmente na China, no Japão e no Tibete.
Em suma, a mandala tem sua origem no hinduísmo e no budismo. Dessa forma, a crença é que, ao entrar na mandala e prosseguir em direção ao seu centro, você é guiado pelo processo cósmico de transformar o universo de sofrimento em alegria e felicidade. Saiba mais sobre as mandalas a seguir.
Qual é o significado da mandala?
O significado concreto de uma mandala pode mudar dependendo de sua forma e cor. Desse modo, na mandala nada é aleatório, ou seja, o traço, a intensidade ao colorir, a escolha das cores e das formas escolhidas falarão de nós e de como nos encontramos.
Seu objetivo é guiar o observador da borda ao interior para gerar, entre outros, uma reflexão relacionada à autodescoberta e ao desenvolvimento pessoal. Além disso, busca fazer uma análise do sentido da vida, da natureza do universo ou da natureza divina.
Qual é a origem das mandalas?
A mandala tem sua origem na Índia e seu nome em sânscrito significa círculo ou roda. São diagramas de formas diferentes e variadas (círculos, quadrados, octógonos) organizados em torno de um centro. Para os budistas, sua função é a meditação.
Apesar disso, para muitas religiões ela representa um símbolo de cura, totalidade, união e integração. Do ponto de vista espiritual, a ordem e o formato da mandala se conectam naturalmente com a ideia de unidade transcendente.
No início do século XX, o psicanalista suíço Carl Jung trouxe as mandalas para o Ocidente como uma ferramenta terapêutica para explorar o inconsciente. Para ele, o centro da mandala simboliza o “eu”. Aliás, Jung até publicou um livro chamado “As mandalas e seu simbolismo”.
Significado da mandala em diferentes contextos
Desde o seu nascimento na Índia, as madalas se espalharam por diversas partes do mundo, dando origem a diferentes tipos e formatos. Confira abaixo as mais famosas de acordo com o contexto em que é aplicada.
Mandala no cristianismo
A presença de alguns tipos de mandalas no cristianismo simboliza a eternidade, e Deus, que é o princípio e o fim. Assim, a maioria é usada em configurações de pedra e madeira e é encontrada em representações medievais e góticas.
Mandala nas crenças dos nativos americanos
Os nativos usam a mandala para lembrar e entender o significado de seus sonhos, mas também para representar as energias da Mãe Terra. São ilustrações de origem naturalista, em alguns casos geométricas, e retratam paisagens, rituais ou saberes mágicos de origem ancestral.
Mandala na psicologia
A nível psicológico, as mandalas ajudam-nos a ativar conjuntamente o hemisfério direito do nosso cérebro (envolvido na criatividade, imaginação e intuição) e o hemisfério esquerdo (através do processo sequencial, preciso, metódico e detalhado na estrutura de suas representações). Portanto, são um bom instrumento para facilitar o equilíbrio psicológico.
Mandala na educação
As mandalas são um recurso educacional valioso para aprimorar as funções mentais, como concentração, percepção e coordenação motora; para promover a capacidade criativa e imaginativa, para relaxar e acalmar seus alunos, para trabalhar implicitamente em conteúdos mais acadêmicos e para usar com crianças com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).
Mandala na natureza
Os espaços naturais estão cheios de mandalas. Um exemplo disso são as teias de aranha e até mesmo as flores, especialmente aquelas com um centro redondo, como girassóis, ou aquelas com cinco pétalas. Com efeito, acredita-se que esses desenhos ajudam a controlar a ansiedade e a promover uma forte conexão espiritual com o ambiente.
Tipos de mandala
As mandalas normalmente são produzidas em papel ou tecido, bordadas ou moldadas em bronze ou pedra embutida. Embora, as mandalas sejam extraordinárias como uma obra de arte, elas têm um significado simbólico e meditativo além de sua aparência vibrante e colorida. Confira alguns tipos abaixo.
1. Mandalas religiosas
Representam a inevitável passagem do tempo e são usadas como oferenda para pedir orientação, iluminação, sabedoria e orientação espiritual,
são construídas com grãos de areia colorida e suas figuras são delicadas e acima de tudo simbólicas.
2. Mandalas de cura
Mandalas de cura são mais intuitivas do que mandalas educativas e são feitas com o propósito de meditação. Desse modo, as mandalas de cura têm como objetivo transmitir sabedoria, evocar sentimentos de paz e tranquilidade, e canalizar o foco e a concentração.
3. Mandalas de ensinamento
Mandalas educativas são recursos de ensino onde cada forma, linha e cor representam um aspecto diferente de um sistema filosófico ou religioso. O aluno cria sua própria mandala com base em princípios de design e construção, projetando uma simbolização visual de tudo o que aprendeu. Portanto, esses círculos servem como mapas mentais coloridos para seus criadores.
4. Mandalas artísticas
Essas mandalas usam uma variedade de técnicas como crochê, macramê, pintura, colagem, argila e etc, e todas têm o propósito de contemplação artística.
5. Mandalas humanas
Esse tipo de mandala é visto especialmente nas danças circulares. Dessa forma, ele simboliza a contemplação de si para o interior e a relação do ser com o infinito, numa ligação que transcende o tempo e o espaço.
6. Mandalas geométricas
As mandalas geométricas, como as que são feita de areia, são um elemento religioso tradicional do budismo. Elas usam uma variedade de símbolos feitos de areia colorida e outros materiais que representam a impermanência da vida humana.
7. Mandalas de pedras
Por fim, as mandalas de pedra podem ter causas humanas (criação de círculos para rituais) ou geológicas, onde a própria natureza se encarrega de criar um design circular.
Para o budismo, elas representam que os caminhos internos são iluminados e descobertos de forma segura, tranquila, confiante e estável, liberando energias, emoções e pensamentos que antes poderiam estar obscuros ou ocultos.
Fontes: Dicionário de Símbolos, Arte e Sintonia, Toda Matéria
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