Solo de marte: cientistas descobrem que a superfície é estéril

NASA vai lançar uma sonda com destino ao planeta vermelho. Diferente das outras sondas no solo de Marte, essa vai analisar o subsolo.

Marte é o quarto planeta do sistema solar. Cujo nome é uma homenagem ao deus romano da guerra. Também é conhecido como o planeta vermelho, devido ao óxido de ferro presente em sua superfície. Que lhe dá uma aparência avermelhada. Inclusive, pesquisas realizadas pela NASA revelaram que devido a uma combinação de fatores químicos presentes no planeta. O solo de Marte é capaz de exterminar qualquer forma de vida. Inclusive, microbianas.

Ademais, um robô da NASA analisou amostras do solo e encontrou um complexo químico de água, enxofre e cloro. No entanto, não encontrou nenhum tipo de material orgânico. Mesmo assim, as pesquisas no planeta vermelho continuam. Cujo objetivo é saber se já existiu vida em Marte. Além disso, a NASA tem estudado os interiores das crateras. Onde a superfície é bastante ativa. Assim como as dunas que estão sempre em movimento. Pois, os cientistas querem entender como a paisagem marciana evolui comparada a da Terra.

Inclusive, no ano de 2020, a NASA conseguiu capturar uma imagem aérea rara de redemoinhos no solo de Marte. Em suma, o redemoinho era causado por ventos de alta velocidade, que se moviam pela superfície vermelha. E, com a ajuda de câmeras da HiRISE, registraram os rastros deixados pelos redemoinhos na superfície.

Enfim, Marte é um planeta propenso a tempestades de poeira maciças, que chegam a atingir todo o planeta. Dessa forma, a tempestade espalha por toda a superfície uma camada de areia. Então, os redemoinhos removem essa areia, deixando marcas escuras por onde passa. Atualmente, a NASA está trabalhando em um rover, que está programado para ser lançado em 2022. Dessa forma, vão poder analisar mais a fundo o solo de Marte.

Vida marciana

Ciberia

Após algumas pesquisas realizadas pela NASA, foi revelado que nenhuma forma de vida sobrevive no solo de Marte. Ou seja, devido a fatores químicos presentes no planeta vermelho, o solo é capaz e exterminar até mesmo formas de vida microbianas. Ademais, cientistas realizaram experimentos com componentes coletados no solo de Marte. Então, descobriram que quando essas substâncias químicas são atingidas por raios ultravioletas. Acabam criando uma espécie de coquetel tóxico. Que age como um bactericida.

Como resultado, as camadas superficiais do solo de Marte são esterilizadas. Portanto, para que consigam encontrar vida microscópica alienígena, os cientistas concluíram que precisam cavar mais fundo. Ou seja, a busca por formas de vida marciana deverá ser direcionada para ambientes protegidos da severa radiação que atinge o planeta. Portanto, precisam coletar e analisar amostras do subsolo do planeta vermelho.

No entanto, com todas essas descobertas sobre o solo de Marte, fica mais difícil encontrar qualquer resquício de vida marciana. Por outro lado, agora os cientistas sabem em que camada da superfície do planeta eles devem ou não continuar procurando. Inclusive, caso seja necessário enviar qualquer tipo de microrganismo para Marte nas próximas missões da NASA. Eles sabem que não afetará o ambiente do planeta vermelho de nenhuma maneira.

Solo de Marte: viagem ao planeta vermelho

BBC

Uma das próximas missões da Nasa, é o lançamento do rover (sonda) Rosalind Franklin”, em 2022. Em suma, o nome do rover é uma homenagem à inglesa Rosalind Franklin. Que foi pioneira no estudo do DNA na década de 50. Ademais, o lançamento do Robô, com destino ao planeta vermelho, faz parte da missão ExoMars da Agência Espacial Européia. Para os testes estão usando uma réplica do rover em um simulador de terreno marciano. Localizado em Turim, na Itália.

Chamado de Ground Test Model (Modelo de Teste em Solo), está sendo usado para o treinamento de operadores e no suporte da missão. Ademais, no simulador é possível simular diversas condições que o robô poderá encontrar na superfície do planeta. Por exemplo, o terreno rochoso e a inclinação do solo de Marte.

Portanto, para que os testes sejam os mais fiéis possíveis ao que vai acontecer em Marte. O robô é sustentado por uma estrutura que suporta um terço de seu peso total. Com isso, é possível simular a gravidade marciana. Primeiramente, os cientistas realizaram testes simples. Onde o rover movimenta-se sobre superfícies diferentes. Enfrentando declive lateral, uma pequena colina e um terreno cheio de pedras.

A missão

Olhar Digital

No entanto, o que difere essa missão das outras, é que o rover Rosalind Franklin vai ser o primeiro a perfurar 2 metros abaixo da superfície do solo de Marte. Dessa forma, será possível coletar amostras e, ainda realizar análises em um sofisticado laboratório a bordo do robô. Com isso, os cientistas esperam encontrar nas amostras subterrâneas indicadores de atividade biológica. Já que ficou comprovado que no solo de Marte não existe formas de vida, devido à radiação. Enfim, o objetivo central do projeto ExoMars é descobrir se já existiu vida em Marte. Pois, essa descoberta seria uma questão-chave para a ciência planetária.

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Fontes: Canaltech; Revista Galileu; Olhar Digital;

Imagens: Agência Brasil; Ciberia; BBC;

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