O tigre-dourado é uma variação de cor extremamente rara e não uma subespécie separada. Este tigre se distingue por sua exêntrica pelagem dourada com listras laranja-claras e barriga e pernas claras (às vezes brancas). Aliás, sua pele é mais espessa e macia do que a de outros tigres, dando-lhe uma aparência distintamente luxuosa.
Normalmente, o tigre-dourado é simplesmente uma versão colorida diferente da subespécie do tigre-de-bengala. Curiosamente, ele geralmente é consideravelmente maior do que o tigre-de-bengala médio.
Quando dois desses tigres-dourados são acasalados um com o outro, a prole pode ser branca, já que essa variedade de tigre carrega o gene para tigres brancos.
Saiba tudo sobre esse curioso felino selvagem abaixo.
Origem do tigre-dourado
O primeiro tigre-dourado nascido em cativeiro veio de dois tigres-de-bengala no Adriatic Animal Attractions na Flórida, em 1983.
Um ou ambos os pais carregavam o gene para tal variação de cor, mas nenhum deles exibia nenhuma de suas características. Portanto, este filhote foi uma surpresa completa para quem estava no parque.
Como esta não é uma subespécie individual de tigre, biólogos e cientistas não economizaram tempo, esforço ou dinheiro para estudar ou proteger este animal.
Comportamento
Eles são famosos por serem altamente inteligentes. Esta é uma das razões para eles fazerem animais de estimação ideais para proprietários privados e zoológicos.
Geneticamente falando, este tigre tem os genes de um tigre normal de cor laranja, mas também duas cópias de um gene recessivo. Isso é o que dá ao tigre-dourado suas lindas marcas brancas e pelagem dourada.
Na natureza, esses tigres caçam pequenos e grandes animais, incluindo javalis, búfalos, macacos, raposas, pavões e outros. Eles também são conhecidos por caçar filhotes de mamíferos maiores, como elefantes asiáticos e rinocerontes.
Ademais, para habitar o tigre-dourado prefere pastagens, florestas tropicais e subtropicais, matagais, florestas decíduas úmidas e secas e manguezais.
Conservação do tigre-dourado
O tigre-dourado existe, até onde sabemos, apenas em cativeiro hoje. E, mesmo neste ambiente protegido, há apenas cerca de 30 ou menos desses animais no mundo, comprovando sua grande raridade.
No entanto, há mais tigres que carregam o gene (embora não apresentem características físicas do mesmo), aumentando ligeiramente a chance de nascer mais.
Além disso, quanto mais os tigres-dourados puderem se reproduzir apenas uns com os outros, maior a probabilidade de produzirem mais variações de cores, embora não haja nenhuma garantia disso.
Nascimento de novos filhotes
Em 2020, um zoológico na China deu as boas-vindas à chegada de quatro filhotes de tigre-dourado extremamente raros.
Os filhotes – três fêmeas e um macho – nasceram em 19 de outubro no Taihu Lake Longemont Paradise, um parque de diversões que abriga um zoológico em Huzhou, na província oriental de Zhejiang.
Em um post de mídia social, o zoológico disse: “O tigre-dourado é uma espécie de tigre mutante produzida pela mutação genética do tigre-de-Bengala. “A taxa de reprodução é menor do que a de seus parentes próximos, como o tigre branco e o tigre da neve, e há menos deles do que pandas.”
4 animais raros como o tigre-dourado
Além dos animais extintos que nunca veremos, esses felinos raros são tão poucos, pois estão ameaçados pela perda de habitat ou sofreram uma rara mutação de cor. Dê uma olhada em outros animais mais raros do mundo!
1. Tigre Maltês
O tigre azul foi visto principalmente na província de Fujian, na China, sendo caracterizado por uma pelagem azulada com listras escuras. Os tigres malteses foram relatados como uma subespécie do tigre do sul da China, que está criticamente ameaçada.
Um filhote de tigre azul nasceu em 1964, no zoológico de Oklahoma, mas morreu na infância. Desse modo, não há tigres azuis em zoológicos ou criações particulares, e nenhuma pele de tigre azul conhecida.
2. Lince Ibérico
O felino mais ameaçado do mundo em termos de espécies, do total de 36, está à beira da extinção. Apesar de todos os esforços para salvá-lo, restam apenas cerca de 100 felinos, divididos entre duas populações reprodutoras desconexas na Andaluzia.
A extinção do lince que se seguirá em breve será a primeira extinção de um felino mundial. Isso se deve à dizimação do coelho, sua presa favorita, por doenças.
Os coelhos constituem 75-100% da dieta dos linces, o lince só precisa de um por dia. O Lince Ibérico atualmente detém o recorde de ser a espécie de felino mais ameaçada do mundo e o carnívoro mais ameaçado da Europa.
3. Leopardo de Amur
Esta é a subespécie mais rara de leopardo e competindo de perto pelo título de felino mais raro da Terra. Os leopardos de Amur são muito distintos de outros leopardos, tendo longos comprimentos e cabelos, o que lhes permite viver em áreas frias.
Este animal corre risco de extinção por causa da destruição do seu habitat, sendo especialmente vulnerável a incêndios, pois vive em territórios florestais.
Dados de pesquisa de campo estimam que existem menos de 50 leopardos na natureza e cerca de 200 em cativeiro, principalmente encontrados em zoológicos na América do Norte e em toda a Europa.
Além disso, em 16 de abril de 2007, uma fêmea foi morta por caçadores, deixando apenas seis fêmeas na natureza.
4. Leão Branco
Durante séculos, rumores sobre o leão branco se espalharam da África do Sul para todo o mundo. Não foi até 1975 que avistamentos reais confirmaram a existência deste misterioso felino. Dois filhotes de leão branco foram trazidos para a Reserva de Caça Timbavati, próximo ao Parque Nacional Kruger, na África do Sul.
Mesmo que tenham as melhores condições de vida, a taxa de mortalidade dos leões brancos é bastante alta. Eles têm dificuldades em capturar suas presas e são extremamente vulneráveis a ataques de hienas.
Assim como o tigre-dourado, a cor branca é explicada por uma rara mutação de cor, ou seja, um gene recessivo conhecido como chinchila ou inibidor de cor, perpetuado por muitos zoológicos do mundo.
Por fim, a população do leão branco não é exatamente conhecida, mas a contagem mais recente foi em 2004, mostrando que 300 estavam vivos na época. Portanto, também estão sob risco de extinção.
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