A dúvida da veracidade das viagens no tempo sempre foi um assunto recorrente nos estudos cientistas e também de pessoas leigas. Principalmente, para aqueles que já se pegaram intrigados, com o filme “De volta para o futuro“, não é mesmo?
Sobretudo, vale ressaltar que as viagens no tempo, como são tratadas nos filmes, ainda não são possíveis. Porém, podemos te afirmar que nesse exato momento nós estamos fazendo uma viagem para o futuro. Mas, a nossa viagem é um segundo de cada vez.
Aliás, provavelmente do seu lado já tenha algum tipo de dispositivo adaptado para viagens no tempo. Como por exemplo, o celular ou o GPS de carro.
Ou seja, você está viajando no tempo a quase todo instante e não sabia. Contudo, a diferença master é que essa nossa viagem só tem direção para o futuro e ocorre de tempo em tempo.
Teoria da Relatividade
A princípio, não podemos falar de viagens no tempo sem antes citar o principal estudo sobre o assunto: a Teoria da Relatividade. Criada em 1905, pelo cientista alemão Albert Einsten, a teoria comprova que nada pode ser mais rápido do que a velocidade da luz.
Basicamente, o cientista conseguiu comprovar que o tempo é relativo. Ou seja, ele pode ser distorcido pela gravidade e pela velocidade.
Consequentemente, quanto mais rápido algo se move, mais devagar o tempo passa. Mas, isso, claro, sob a perspectiva de quem está de fora. Tanto é que, na velocidade da luz, o tempo simplesmente para.
Por exemplo, se uma pessoa viaja pelo espaço durante um ano, em uma velocidade próxima à da luz, quando ela voltar à Terra vai ter se passado 70 anos. E isso ocorre porque o tempo passa mais devagar para quem viaja nessa velocidade.
Portanto, se o homem pudesse chegar perto da velocidade da luz, ele conseguiria viajar para o futuro. Pois, nessas condições a velocidade de passagem do tempo diminui.
Porém, para que um elétron viajasse nesta velocidade seria necessário a energia correspondente à vida inteira de um Sol. Enquanto, para um objeto de um metro de diâmetro, precisaríamos produzir uma energia de 6 bilhões de estrelas.
Ou seja, estamos um pouco distantes de conseguir fazer essas viagens no tempo.
Buraco de minhoca
Agora que você entendeu que só viagens no tempo são possíveis na velocidade da luz, viemos colocar uma pitada de dúvida na sua cabeça.
Após a descoberta da teoria da relatividade, Einstein comprovou que o “espaço-tempo” pode se curvar na presença de massa. Ou seja, têm possibilidades de existir um buraco de minhoca.
Basicamente, o buraco de minhoca, ou então, Wormholes, é um túnel que liga dois pedaços do espaço-tempo. Aliás, liga duas partes muito distantes do universo. Sobretudo, esse túnel possui duas “bocas”, as quais ligam o buraco de minhoca.
Assim sendo, o plano do cientista era pegar uma das pontas do buraco de minhoca e colocá-la para viajar em velocidade próxima à da luz, fazendo com que fosse para o futuro. Enquanto isso, a outra ponta continuaria no presente, permitindo que alguém entrasse por ela e fosse parar na outra extremidade, e vice-versa.
Ou seja, se o viajante entrasse em uma delas, ele provavelmente terminaria em um ponto diferente do universo. Consequentemente, estaria viajando no tempo.
Contudo, esse estudo não passou de teoria. Pois, se algum buraco natural se formar no Big Bang, por exemplo, só seria possível viajar apenas para um número limitado de pontos no passado pelo nosso universo.
Portanto, ao contrário das ficções científicas, as viagens no tempo à nossa livre escolha não seriam possíveis. Além do mais, é importante que você saiba que ainda não é comprovado que os estes tais buracos de minhoca existem. Aliás, alguns cientistas acreditam que eles poderiam ser tão pequenos que nem um átomo conseguiria passar, somente partículas.
Sergei Krikalev, o viajante do tempo
Sobretudo, já falamos que para se viajar no tempo é necessário que você esteja na velocidade da luz. Porém, viemos aqui lhe mostrar um caso um pouco raro. Basicamente, o cosmonauta Sergei Krikalev conseguiu, tecnicamente, viver no futuro por um tempo.
Essa viagem no tempo se deu devido a 803 dias, 9 horas e 39 minutos que o cosmonauta conseguiu passar na Estação Espacial Internacional. Inclusive, enquanto orbitava a Terra, ele chegou a ficar cerca de 7,66 km/s de velocidade.
Consequentemente, essa velocidade fez com que ele voltasse à Terra no futuro, devido a um processo conhecido como dilatação do tempo. Aliás, essa velocidade fez com que ele avançasse 0,02 segundos no futuro. E, mesmo que você ache que esse número é extremamente baixo, na verdade não é.
Até porque os aparelhos de GPS se baseiam em cálculos minuciosos e precisos. Portanto, eles conseguem medir a distância entre satélites e receptores através da diferença minúscula entre a hora da transmissão e da recepção.
Sobretudo, é importante que você saiba que, de fato, nós estamos viajando no tempo agora. Afinal, tudo está em movimento, você na Terra, a Terra em torno do Sol, o Sol pela Via Láctea, a Via Láctea pelo Universo. Porém, levando em consideração alguém parado no espaço, o tempo pode passar mais devagar para você.
Possível caso de viagens no tempo
A priori, iremos lhe mostrar agora o modelo de máquina do tempo de Caroline Mallary, uma estudante de doutorado da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. Sobretudo, o modelo de Mallary não requer nenhum material exótico, ou seja, de massa negativa; e oferece um design muito simples.
Basicamente, esse modelo consiste em dois carros super longos, construídos de massa positiva. Assim sendo, esses dois carros se encontram estacionados em paralelo. Porém, um carro deve avançar rapidamente, deixando o outro estacionado.
Em seguida, a ideia de Mallary é que se crie um loop temporal no espaço entre os carros. Ou seja, a medida que a espaçonave entra no ciclo do tempo, o seu eu futuro também aparece, e é possível rastrear as posições de ambos a cada momento posterior.
Sobretudo, vale destacar que essa animação é de uma perspectiva de um observador externo, que está observando a espaçonave entrar e emergir do loop temporal.
Além do mais, esse modelo de Mallary exige que o centro de cada carro tenha densidade infinita. Ou seja, eles precisam conter objetos com densidade, temperatura e pressão infinitas.
Inclusive, esses objetos, os quais são chamados de singularidades, são completamente nuas e observáveis no modelo de Mallary. Portanto, têm verdadeiros efeitos físicos. Porém, infelizmente, uma máquina do tempo não estará disponível tão cedo. Além do mais, para ser possível essa viagem no tempo, ainda será preciso muito estudo e mais comprovações.
E agora entendeu as viagens no tempo?
Leia mais: O que é buraco branco?
Fontes: Hiper cultura, Super interessante, SoCientífica, Ciberia
Imagem de destaque: SoCientífica
2 comentários em “Viagens no tempo existem? Segundo a Ciência, estamos viajando agora!”