A psicopatia, com certeza, é um dos mistérios que ainda rondam a humanidade, embora a ciência tente explicá-la há séculos. O problema, no entanto, é que o cérebro dos psicopatas é complexo demais para ser entendido em sua totalidade e o fato dessas pessoas mentirem muito bem e não sentirem muito coisa por outras pessoas também acaba dificultando que elas sejam “desvendadas” por completo.
Eles são frequentemente protagonistas de narrativas fictícias de terror e suspense. Isso porque as características comportamentais desse transtorno de personalidade tornam-nos figuras intrigantes e assustadoras.
Neste contexto, listaremos algumas curiosidades acerca deles, a fim de proporcionar um maior conhecimento sobre aqueles que vivenciam essa condição.
10 curiosidades sobre psicopatas que você não sabe:
1. Psicopatas não compreendem medo
Você, com certeza, já sabe que psicopatas são pessoas praticamente sem sentimentos. É difícil para quem não tem o problema entender do que se trata, mas um psicopata, por exemplo, não vai cair de empatia por você, nem sentir medo das coisas que uma pessoa normal sentiria, como o medo.
Aliás, eles também não compreendem o medo ou expressões que sinalizam esse sentimento em outras pessoas.
Conforme apontam os especialistas, isso tem muito a ver com as amígdalas cerebelosas, como é chamada essa parte do cérebro responsável pela resposta de medo, entre outras funções.
Assim, foi observado que no cérebro dos psicopatas a camada dessa parte do cérebro é mais fina que o comum e, por isso, tem uma atividade menos ativa, que impede essa interpretação por parte das pessoas que têm psicopatia.
2. São viciados em dopamina
O cérebro dessas pessoas não só produz uma quantidade superior dessa substância, quanto precisa de mais e mais dopamina.
Para quem não sabe, esse neurotransmissor ativa os sentimentos de recompensa no cérebro e causa sentimentos bem parecidos com que costumamos sentir ao nos apaixonar ou terminar uma sessão de exercícios físicos.
É por esse motivo que os psicopatas não medem consequências para conseguir o que querem e para fazer coisas que lhes dão prazer, como controlar pessoas ou mesmo matar.
3. Psicopatas decidem quando sentir ou não empatia
A impressão que temos é que psicopatas são monstros insensíveis, capazes de tudo, contra todos, desde que sintam necessidade. Bom, é mais ou menos isso. Mas, conforme estudos realizados em 2012 na Universidade de Groningen, Holanda, os psicopatas, estranhamente, têm a capacidade de decidir quando querem ou não sentir empatia por outros seres humanos.
É como se essas pessoas tivessem um interruptor, como o da luz de seu quarto, em que o sentimento de empatia (ou qualquer outro sentimento humano, como o de compaixão), pudesse ser ligado ou desligado. Isso porque, quando aconselhados pelos pesquisadores, os voluntários do estudo, todos com psicopatia, sentiram empatia e até mesmo vivenciaram a dor de pessoas que apanhavam, em um vídeo.
Na primeira vez em que as imagens foram passadas, nenhum deles esboçou qualquer reação. Na segunda vez, no entanto, quando instruídos pelos cientistas, eles conseguiram sentir a dor das pessoas das imagens. Isso sim é louco, não?
Para os estudiosos do assunto, isso quer dizer que os psicopatas criminosos, ou mesmo os demais, poderiam conviver em sociedade (ou mesmo se regenerar) se fossem ensinados a manter a empatia ligada o tempo todo. Isso porque, se tratando de psicopatas, esse “dispositivo” é naturalmente desligado.
4. Não é sinônimo de violência extrema
Embora muitos psicopatas tenham comportamentos violentos ou criminosos, é importante destacar que nem todos eles se envolvem em violência extrema, como assassinatos em série.
Sendo assim, alguns psicopatas podem levar vidas aparentemente normais e até mesmo alcançar sucesso em determinadas áreas, como carreiras corporativas.
5. A psicopatia pode ser detectada em jovens
Alguns estudos sugerem que certos comportamentos associados à psicopatia podem ser identificados em crianças e adolescentes.
Esses comportamentos incluem crueldade com animais, falta de empatia, manipulação e comportamento antissocial.
Sendo assim, identificar esses sinais precocemente pode ser importante para intervir e fornecer suporte adequado.
6. Também podem ser sociáveis
Esse tipo de psicopata ilustra bem o personagem Dexter Morgan, da série Dexter. Pessoas assim são psicopatas por predisposição genética, mas se controlam frente ao “socialmente aceito”.
Normalmente elas são são pessoas que tentam não machucar as demais, pelo menos não fisicamente, e não muito calorosas, não gostam que socializar e têm uma falicidade incrível de manipular os que estão ao seu redor.
7. Psicopatas costumam ter olfato ruim
Devido ao nível de funcionamento mais baixo dos córtices orbitais de seus cérebros, os psicopatas não conseguem fazer planos de longo prazo e também são ruins para descrever aromas.
Isso leva a crer também que eles não costumam ter o olfato muito desenvolvido.
8. A fala dos psicopatas têm um padrão específico
Conforme estudos da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, o jeito de falar ou escrever são outros sentidos que acabam traindo e denunciando um psicopata. Mas isso, claro, só é visível para quem é especialista no caso, já que os psicopatas não sentem muita coisa, mas são ótimos mentirosos.
Conforme análises das falas de 52 assassinos analisados nesse estudo, 14 eram psicopatas e todos estes tentavam parecer normais ao usar interjeições como “hum” e “uh”. Só que eles fazem isso excessivas vezes, muito mais que uma pessoa normal faria.
Da mesma forma, o jeito de escrever e as mensagens, na maioria sombrias, podem denunciar um psicopata.
9. Habilidosos em comportamento humano
Apesar da falta de empatia, os psicopatas podem ser hábeis em detectar emoções em outras pessoas. Eles podem observar pistas verbais e não verbais, como expressões faciais e linguagem corporal, para identificar as emoções dos outros.
Sendo assim, usam essa habilidade para manipular e controlar as pessoas ao seu redor, adaptando sua abordagem com base nas reações emocionais que percebem.
10. Podem ser encantadores e manipuladores
Por fim, uma característica marcante é sua habilidade em manipular e seduzir os outros. Eles podem ser extremamente charmosos, persuasivos e exibir habilidades sociais excepcionais.
Logo, essas características são usadas para enganar e controlar as pessoas ao seu redor, obtendo vantagem pessoal.
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Fonte: Hypescience