Um grupo de pesquisadores encontrou uma quantidade expressiva de água em Marte. De acordo com os cientistas, o planeta tem uma fissura natural na terra similar ao Grand Canyon, no Arizona, nos Estados Unidos da América (EUA).
No entanto, a fenda é 10 vezes mais longa, 5 vezes mais funda e 20 vezes mais larga que o Grand Canyon. Sendo assim, através da sonda ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia (ESA), os especialistas localizaram água em Valles Marineris, local em Marte.
O lançamento do TGO foi em 2016 numa missão em parceria com a Roscosmos e a ESA. A água estava por baixo da superfície do sistema de cânion. A localização só foi feita devido ao Detector de Nêutrons Epitérmicos de Resolução Fina (FREND). Ou seja, uma ferramenta que consegue mapear hidrogênio a quase um metro de profundidade do solo marciano.
Água em Marte
A maior parte da água em Marte se concentra em regiões polares. Portanto, congelaram devido à baixa temperatura desses lugares. Já a Valles Marineris está ao sul da “linha do equador” do planeta vermelho. Sendo assim, são regiões com temperaturas mais altas. Dessa forma, a água não congela nesses lugares.
Além da TGO, outras sondas também buscaram por água em Marte. Contudo, encontraram apenas pequenas quantidades sob a poeira do planeta. Segundo o principal cientista do telescópio FREND, Igor Mitrofanov, cerca de 40% do material perto da superfície em Valles Marineris pode ser água.
É importante dizer que esta região possui um tamanho próximo ao da Holanda. Por isso, o cientista sênior do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Russa de Ciências, Alexey Malakhov, afirma que é possível dizer a quantidade de água em Marte devido à emissão dos nêutrons.
Depois da descoberta
Agora com a descoberta, os cientistas querem saber e suspeitam que a água em Marte continue por ali. Além disso, seja capaz de auto reabastecimento. Ademais, de acordo com o ex-cientista do projeto orbital, Håkan Svedhem, é preciso fazer testes para saber o tipo de água feita no planeta vermelho.
Nas próximas missões no terreno marciano, os pousos serão em latitudes mais baixas. Portanto, cientistas cogitam uma exploração feita por seres humanos já que a água em Marte encontrada recentemente tem maior acesso do que as últimas descobertas.
Mapeamento da água marciana
Com o mapa acima podemos ver que há uma maior quantidade de água nas cores azul e roxo, de acordo com a sonda TGO. Sendo assim, segundo a ESA, com esse mapeamento de água em Marte é possível entender mais sobre os lugares habitáveis do planeta. Além disso, saber o que houve no passado como, por exemplo, sinais de vida marciana.
Missões futuras
No ano que vem, acontecerá o lançamento do rover europeu Rosalind Franklin e também a plataforma de superfície da Rússia, Kazachok. A previsão é de que o pouso em Marte aconteça só em 2023.
O objetivo da sonda é saber se o planeta vermelho já foi um lugar habitável para outros seres. Portanto, irá perfurar o solo para detectar material orgânico. Desta vez, o local de exploração será Oxia Planum. A região é cheia de rochas antigas e ricas em argila que também foram expostas por água em Marte.
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