Em primeiro lugar, o cifrão do Real consiste na representação gráfica do dinheiro, sendo um S maiúsculo cortado por duas barras verticais. Nesse sentido, é um popular marcador de moeda com utilização em países como Portugal e Timor-Leste. Sobretudo, tem associação com o contexto monetário e campo financeiro.
No geral, as moedas passaram a ter uma representação mais comum, constituída de duas partes. Por um lado, tem-se uma sigla de designação abreviada para o padrão monetário, com variação entre países. Em contrapartida, adiciona-se ainda o cifrão que tem origem etimológica do árabe cifr.
Sendo assim, pode-se citar a própria escrita do Real brasileiro. Ou seja, ao colocar “R$” tem-se o R maiúsculo designando a moeda como o Real brasileiro e o cifrão indicando que se trata de dinheiro. Desse modo, evita-se confusões com os números e facilita a comunicação monetária em transações comerciais, por exemplo.
Origem do cifrão do Real
A princípio, existem diversas histórias a respeito do surgimento do cifrão. Porém, a mais popular refere-se à mitologia grega e à mitologia árabe. Primeiramente, precisa-se citar que há séculos, o semideus Hércules recebeu a missão de cumprir doze trabalhos para provar-se digno de fazer parte do Olimpo.
Sendo assim, uma de suas missões envolveu o uso extraordinário de sua força como filho de Zeus para separar uma montanha. Posteriormente, o general Táriq-ibn-Ziyád, o Conquistador, comandou a invasão do reino Visigodo no ano 711 da era cristã em nome dos Califas Omíadas. Porém, existem duas versões a respeito da jornada do general árabe.
Por um lado, diz-se que Táriq partiu de Tânger, uma cidade de Marrocos onde era governador. Em contrapartida, também afirma-se que para alcançar a Europa, ele saiu da Arábia e passado, sucessivamente, pelo Egito, desertos do Saara e da Líbia. Lo em seguida, passou pela Tunísia, Argélia e Marrocos, passando pelo estreito da montanha que Hércules separou.
Curiosamente, diante do feito do semideus, Táriq nomeou a montanha como Colunas de Hércules em sua viagem. Por fim, chegou à Península Ibérica onde guerreou pelos povos árabes. Nesse sentido, após a vitória, Táriq mandou gravar, em moedas comemorativas do feito, uma linha sinuosa em forma de S para representar a jornada que cumpriu no continente europeu.
Além disso, adicionou as Colunas de Hércules nas duas colunas paralelas cortando o caminho. Sobretudo, o mesmo significa força, poder e perseverança da empreitada. Portanto, difundiu-se este símbolo gravado nas moedas e o mesmo tornou-se reconhecido cm o passar dos anos como cifrão.
Com um traço ou dois?
Como citador anteriormente, seguindo a história de Táriq, deve-se escrever o cifrão com dois traços e um S. Porém, costuma-se utilizar o mesmo com apenas um traço, mas mantendo o S como base do símbolo. Curiosamente, existe uma versão para o surgimento do cifrão como símbolo nos Estados Unidos da América.
Basicamente, Thomas Jefferson inventou o cifrão, e foi o primeiro a adotá-lo para designar a moeda americana, o Dólar. Contudo, trata-se mais de uma versão folclórica porque não existem relatos históricos sobre a relação do cifrão e Thomas Jefferson. Entretanto, alguns acreditam que o símbolo é uma sobreposição das letras U e S.
Ademais, US significa United States of America, simbolizando a origem do símbolo nos Estados Unidos. No entanto, estima-se que a letra U não foi impressa corretamente, de modo que parecesse os dois traços do cifrão comum. Apesar disso, até hoje os estadunidenses chamam o cifrão de sinal do dólar.
Em resumo, pode-se escrever o cifrão com dois traços. Entretanto, existem variações em editores de texto dos computadores, por exemplo. Desse modo, encontramos o cifrão com dois traços, um traço e até mesmo meio traço. Por fim, de qualquer modo significa dinheiro, pois é um símbolo monetário.
E aí, aprendeu sobre o cifrão do Real? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fontes: Dicionário de Símbolos | Moedas do Brasil | Como Fazer
Imagens: Super