A crise de água potável no mundo diz respeito à falta de recursos de água doce para atender a demanda padrão de água. Nesse sentido, classifica-se esse fenômeno como escassez de água. No geral, surge em decorrência de secas, falta de chuvas ou poluição. Ademais, a degradação de fontes hídricas por conta da ação humana também impacta o mundo.
Em primeiro lugar, a crise de água potável entrou na lista de maiores riscos globais em termos de impacto em 2019 por parte do Fórum Econômico Mundial. Sobretudo, a medida surgiu como forma de alerta às nações e principais líderes quanto a essa questão, antes que seja tarde demais. Apesar disso, alguns lugares do mundo contam com a escassez de água potável há décadas.
Mais recentemente, a discussão da crise retornou à mídia porque atingiu diretamente aos Estados Unidos. Em resumo, algumas autoridades de Michigan requisitaram que a população não consumisse água da torneira. Ou seja, não escovassem os dentes, lavassem alimentos ou usassem para cozinhar.
Basicamente, a ação surgiu como uma medida de precaução e pode durar até três anos. Como explicação, as autoridades explicaram que existe uma grande quantidade de chumbo nas tubulações que levam água. Portanto, estão causando contaminação no processo de transporte, o que representa um risco aos moradores.
Entenda melhor que é a crise de água potável
Sobretudo, define-se a crise de água potável como a satisfação parcial ou inexistente da demanda de água. Além disso, a competição econômica pela quantidade ou qualidade da água também entram nessa caracterização. Por outro lado, as disputas entre usuários e o esgotamento irreversível das fontes de água em nível subterrâneo são fatores importantes.
Nesse sentido, estima-se que 500 milhões de pessoas sofram com esse problema durante todo o ano, o que equivale a metade das maiores cidades do mundo. Basicamente, a crise de água potável e a escassez da água já é uma realidade, ainda que você perceba em nível menor.
Apesar da maior parte do planeta ser feito por água, somente 0,014% é água doce e acessível. Portanto, os outros 97% é água salina, e o que resta nessa porcentagem não se pode acessar. No geral, o que causa essas discrepâncias na realidade dos países são questões como a própria desigualdade social, má distribuição de renda e o aquecimento global.
Ou seja, a disponibilidade de água é desigual ao redor do globo, o que faz com que países dependam de outras nações. No entanto, a situação atual dos Estados Unidos prova que isso pode nem ser possível, pois a situação está piorando aos poucos.
Ainda que a suspensão do uso de água da torneira em Michigan seja pontual, ela denuncia um problema estrutural maior. Caso os canos sigam contaminando o líquido durante a transferência, pode-se desencadear uma crise de água potável a longo prazo. Em especial quando se pensa em esquemas de distribuição.
Mesmo que insistam em permanecer com o sistema de distribuição, se sabe hoje que o chumbo é tóxico. Ademais, a descoberta sobre os níveis na água aconteceram em 2018. Porém, a suspensão veio somente agora, o que cria insegurança na população.
Como contornar a situação?
No geral, existem diversas soluções possíveis para a crise de água potável, porque são estratégias diferentes com o mesmo objetivo. Acima de tudo, é fundamental uma responsabilização a nível de instituições e governos. Também surge a importância de um investimento massivo na Ciência, a fim de desenvolver alternativas, como a transposição de rios e dessalinização da água do mar.
Nesse sentido, medidas de conservação, distribuição e conscientização precisam partir das escolas, universidades e unidades governamentais. Em especial quando se trata de fiscalização e desperdício hídrico. Tanto num nível ambiental, com acidentes envolvendo corpos d’água, quanto na utilização nos espaços urbanos.
Mais ainda, é fundamental a proteção de corpos d’água, que são objeto de exploração para grandes corporações. Dessa forma, o desvio ilegal e a poluição dos corpos hídricos são grandes fatores de agravamento da crise de água potável. Sendo assim, o cuidado e manutenção das nascentes deve ser prioridade.
Por fim, os esforços individuais são importantes, ainda que em pequena escala. O cuidado em casa, com consumo consciente, atenção à vazamentos e excessos pode diminuir o impacto negativo dessa crive. Além disso, apoiar o trabalho de ONGs e organizações que trabalham contra a crise hídrica no mundo é uma forma de impulsionar os efeitos positivos a longo prazo.
E aí, aprendeu sobre a crise de água potável? Então leia sobre Profissões do futuro, quais são? 30 carreiras para conhecer hoje mesmo