Certamente, o estudo da história mexicana estará incompleto se você não conhecer a história dos deuses astecas. Muito antes de os conquistadores espanhóis levarem suas crenças e costumes para o outro lado do Oceano Atlântico, o povo asteca criou sociedades sofisticadas que ainda influenciam a arte e a tradição do México moderno.
Desse modo, acredita-se que seu império dominou o México Central de 1000 a.C. a 1500 d.C. Assim, como muitas grandes culturas, a religião forneceu uma base que orientou a vida diária dos astecas. Saiba mais sobre os deuses da civilização asteca a seguir.
Quais são os principais deuses astecas?
Na mitologia asteca, os deuses e deusas foram divididos em três categorias, cada uma das quais reinou sobre uma parte diferente de sua civilização.
Um grupo governou o céu e o universo, outro a fertilidade e a agricultura, e o terceiro controlou a guerra e o sacrifício. Embora houvesse mais de 200 figuras mitológicas no panteão asteca, algumas divindades astecas tiveram maior influência do que outras.
Huitzilopochtli: o deus do beija-flor asteca
Na mitologia asteca, Huitzilopochtli era o deus nacional patrono do povo mexicano antes de se tornar um deus para os astecas. Ele era um deus da guerra, principalmente. Portanto, todo o crédito era dado a ele se uma batalha fosse ganha. Seu nome significa “Beija-flor do Sul” ou “Beija-flor canhoto”.
Além de ser um deus da guerra, ele também era um deus do sol, das mulheres que morriam no parto e dos guerreiros que morriam nas batalhas. Huitzilopochtli era celebrado no mês de dezembro de cada ano e a cidade de Tenochtitlan era dedicada a ele.
Mictlantecuhtli: deus asteca da morte
O Senhor da Terra da Morte, ou Rei do Mundo Inferior, Mictlantecuhtli era um dos deuses astecas mais temidos e respeitados. A adoração de Mictlantecuhtli era bastante terrível, envolvendo o canibalismo humano em muitos de seus rituais.
Contudo, isso não está muito longe de outras culturas antigas e dos sacrifícios feitos aos deuses da morte e do outro mundo. Mictlantecuhtli é descrito como um homem do tipo macaco com as costelas para fora do corpo.
Frequentemente, ele estava coberto de respingos de sangue, uma representação clara dos mortos. Aranhas, morcegos, bem como corujas e outros animais noturnos estão associados a Mictlantecuhtli, já que ele governou durante a noite.
Quetzalcoatl: a serpente emplumada
Talvez o mais famoso dos deuses astecas, Quetzalcoatl foi a grande “serpente emplumada” do povo asteca. Ele era o guardião entre a terra e o céu, entre os seres mortais e imortais. Ademais, alguns o vêem como um ser do tipo dragão.
Aliás, a Grande Pirâmide de Cholula foi construída para homenagear o deus asteca Quetzalcoatl e é a maior pirâmide do mundo. Quetzalcoatl era o deus da guerra, das quatro direções, bem como da prosperidade, julgamento e ressurreição. Desse modo, sua influência é vista em centenas de antigos artefatos astecas e em vários locais históricos.
Tlaloc: deus asteca da chuva
O deus asteca da chuva e da fertilidade, Tlaloc era uma divindade muito amada no México antigo. Ele governou sobre o elemento água. E embora ele pudesse ser um deus que perdoa e nutre, ele também pode ser vingativo e usar granizo e tempestades quando estiver com raiva.
Além disso, Tlaloc é retratado com características de um jaguar, com olhos e dentes grandes e, às vezes, garras. Tlaloc era uma divindade amplamente adorada e havia um templo em Tenochtitlan dedicado em sua homenagem. Ele era um deus dos céus e presidia as almas daqueles que haviam se afogado.
Chantico: deusa do fogo
Uma das deusas astecas mais populares, Chantico governava a lareira e o elemento fogo. Portanto, ela também era a divindade dos vulcões. Chantico era uma deusa asteca apaixonada e furiosa. Aliás, existem muitas lendas que falam da raiva de Chantico.
Desse modo, ela geralmente é retratada como uma serpente vermelha, mas às vezes assume a aparência de um cachorro.
Chicomecoatl: deusa tripla asteca
Uma deusa da abundância, Chicomecoatl preside os campos – do milho e da agricultura. Chicomecoatl era uma deusa da “abundância” e era uma versão asteca da deusa tripla.
Ela tinha a forma de uma donzela carregando flores, e também era vista em forma de mãe carregando milho e em forma de velha que trouxe a morte de uma maneira sutil e amorosa. Além disso, ela era casada com Tezcatlipoca, o deus asteca do céu e do vento.
Chimalma: a grande mãe
Chimalma é uma das deusas astecas mais antigas e mãe de Quetzalcoatl. Os historiadores acreditam que o Chimalma se originou com o povo tolteca. Esses deuses sofreram uma adaptação pelos astecas durante uma época de coabitação com as tribos toltecas.
Assim, Chimalma é uma Grande Deusa Mãe e mãe do “Ser Absoluto”. No Cristianismo, ela seria semelhante a Maria, Mãe de Jesus.
Coatlicue: deusa da vida e da morte
Coatlicue era vista como uma deusa criadora, pois deu à luz o sol e os céus. Ela era uma deusa asteca poderosa e presidia os ciclos de vida dos homens – nascimento e morte. Ademais, o povo asteca a considerava bela e cruel, assim como a Terra.
Todavia, ela poderia ser amorosa e carinhosa, mas cruel e destrutiva também. Coatlicue usava saias feitas de cobras, daí seu nome (coatl = cobra). Ela era um deusa primordial e vista como uma velha. Ela protegia as mulheres que morreram no parto.
Xochitlicue: deusa asteca da fertilidade
Xochitlicue era a deusa asteca da fertilidade e, portanto, também da vida, morte e renascimento. Ela era a Rainha das Idades. Alguns podem chamá-la de psicopompa, já que ela guia aqueles que morreram para o outro lado com segurança. Além disso, ela é irmã de Chimalma e Coatlicue, de acordo com a mitologia asteca.
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