A Esfinge de Gizé pode ser considerada um dos maiores enigmas da humanidade, principalmente pela sua origem e características. Em primeiro lugar, essa escultura tem 72 metros de comprimento e 20 metros de altura. Nesse sentido, é considerada a maior escultura de pedra do mundo.
No geral, associam sua autoria às ordens de Quéfren, um faraó egípcio da Quarta Dinastia. Sendo assim, teria surgido como um símbolo de poder e sabedoria desse faraó há mais de 4.500 anos. Entretanto, outras teorias e estudos arqueológicos sobre essa escultura continuam em andamento.
Ademais, a Esfinge de Gizé está localizada no planalto de Gizé, perto do Cairo, atual capital do Egito. Mais especificamente, essa esfinge guarda a entrada das Três Pirâmides do Egito, Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Origem e história da Esfinge de Gizé
Além de um importante símbolo político e histórico, a Esfinge de Gizé costuma ser considerada um mistério da humanidade. Em primeiro lugar, os pesquisadores continuam investigando a sua origem, função e construção. Por essa perspectiva, a escultura representa o avanço tecnológico das Civilizações Antigas.
Comumente, a história egípcia envolve uma série de teorias sendo analisadas. Como exemplo associado à Esfinge de Gizé pode-se citar a atribuição da autoria para diferentes faraós, pois não se sabe ao certo qual ordenou sua construção.
Por um lado, existem pesquisadores que a escultura pertença ao faraó Quéfren, que inspirou as feições do monumento. De acordo com essa perspectiva, o faraó teria ordenado sua construção como símbolo de seu poder e sabedoria. Além disso, ordenou sua construção à frente das pirâmides para se apresentar ao mundo como o grande protetor do Egito.
Porém, outros estudos apontam a autoria da construção para o faraó Quéops, também da Quarta Dinastia. Basicamente, essa teoria é sustentada pelo fato de que a esfinge foi construída mais próxima da Pirâmide de Queóps. Assim, supõe-se que ela teria sido construída com materiais remanescentes da pirâmide, e por isso pertence a esse faraó.
Mais ainda, existem pesquisas inconclusivas com as características da esfinge. Em especial, discute-se as feições do rosto por meio de reconstruções visuais desses faraós. Entretanto, a corrosão natural da Esfinge de Gizé dificulta o desenvolvimento dessa linha de pesquisa.
Características
Para além das dimensões já apresentadas, a Esfinge de Gizé possui outras características interessantes. Primeiramente, foi construída com pedra calcária, um material bruto cujo transporte demanda inúmeros maquinários. Porém, esse monumento parece ter sido esculpido de um único bloco massivo.
Em contrapartida, a Esfinge de Gizé tem elementos da cultura zoomórfica associada aos egípcios. Ou seja, a escultura apresenta traços humanos e animais, pois existe uma cabeça humana em um corpo de leão. Comumente, o leão simboliza o guardião dos lugares sagrados e protetor do subterrâneo na cultura egípcia.
Nesse sentido, a figura do leão tem relação com o deus Aton. Além de ser cultuado em templos, esse deus também estava envolvido em cerimônias de nascimento e morte. Desse modo, a Esfinge de Gizé manifesta a relação entre os faraós e os deuses, colocando-os no mesmo nível.
Ademais, essa escultura tem o olhar mirado para o leste, com um pequeno templo situado entre as patas. No geral, acredita-se que essas escolhas estejam associadas à natureza exploradora dos egípcios, conhecidos pela expansão sobre outros territórios.
Porém, há relação com o caráter protetor da Esfinge de Gizé. Mais do que o simbolismo do leão, a posição à frente das Grandes Pirâmides e o olhar no horizonte transforma a escultura em um grande guardião. Assim, o próprio faraó que encomendou sua construção almejava ser representado dessa mesma forma.
No que diz respeito à função de proteção, a boca da Esfinge de Gizé ainda apresenta a seguinte inscrição:
“Eu protejo a capela do teu túmulo. Eu guardo tua câmara mortuária. Eu mantenho os intrusos afastados. Eu jogo os inimigos no chão com suas próprias armas. Eu expulso o perverso da capela do sepulcro. Eu destruo os teus adversários em seus esconderijos, bloqueando-os para que não possam mais sair.”
Por que a esfinge não tem nariz?
Provavelmente, esse é um dos maiores mistérios associados à Esfinge de Gizé. A princípio, associavam a ausência do nariz à Napoleão, que teria destruído parte da escultura durante sua invasão ao Egito. Desse modo, seria uma ação para demonstrar o seu poder acima dessa civilização.
Entretanto, foram encontrados desenhos feitos por exploradores antes mesmo de Napoleão nascer. Nesse sentido, as gravuras já apresentavam a ausência de nariz na Esfinge de Gizé, derrubando essa teoria.
Por outro lado, a teoria mais provável analisa a corrosão natural da escultura. Em outras palavras, a pedra calcária que é a base da Esfinge de Gizé passou por transformações químicas naturais que levaram ao desaparecimento do nariz. Assim, é possível que a escultura desapareça por completo com o tempo.
Além disso, estudos arqueológicos acreditam que a Esfinge de Gizé foi inicialmente pintada com cores vibrantes. Porém, o mesmo processo corrosivo do calcário transformou o monumento em sua versão atual.
E aí, gostou de conhecer sobre a Esfinge de Gizé? Então leia sobre Obeliscos – origem, história e onde encontrar os antigos monumentos.
Fontes: Aventuras na História | Egito | Memphis Tours
Imagens: ZAP | EducaMais Brasil | InfoEscola | Super Interessante