A Lenda do Boitatá é uma das histórias que constituem o folclore brasileiro. Contudo, ela foi trazida para os indígenas na época da nossa colonização pelos portugueses.
Portanto, o Boitatá não foi uma criação brasileira. Foram os padres jezuítas quem contaram, pela primeira vez, sobre a cobra de fogo gigantesca.
Além de ser de fogo, o Boitatá tinha o couro transparente e os olhos brilhantes como faróis. Conta a história que a cobra brilhava durante a noite.
Segundo a lenda do Boitatá, a cobra conseguia se transformar em uma tora em chamas. Dessa forma ela conseguiria punir quem queimava as matas. Dizem que ela também deixa louco e cego quem a olha.
Aliás, era possível vê-la deslizando em meio às campinas e nas beiradas dos rios. Boitatá é uma palavra de origem Tupi-Guarani, que significa cobra de fogo.
A Lenda do Boitatá
Como dito anteriormente, o Boitatá é uma grande cobra de fogo. Mas, além disso, ela e considerada a protetora das florestas. Ou seja, é ela quem protege as matas e os animais de pessoas que pretendem fazer algum mal. Aliás, sua maior proteção é contra queimadas.
Segundo a lenda, durante uma longa noite chegou. Nesses momentos, os homens chegaram a acreditar que nunca mais veriam a luz do dia. Os céus estavam escuros, sem entrelas, sem barulho dos animais e sem vento. Em determinado momento, os homens começaram a passar frio e fome dentro de casa.
Por causa da escuridão, tornara-se impossível cortar lenha para fazer fogueiras e se aquecer e também não existia a possibilidade de sair para caçar. Posteriormente, após vários dias de escuridão, uma grande chuva chegou. Enfim, essa chuva foi tão forte que acabou matando vários animais afogados.
Por fim, uma grande cobra que há muito tempo estava adormecida, acordou faminta. Ela viu os animais que boiavam mortos na água e começou a comer seus olhos que brilhavam. Segundo a história, o brilho nos olhos dos animais vinha da última vez que eles tinham visto o sol.
Então, por causa dos olhos brilhantes que a alimentaram, a cobra ficou toda transparente e brilhante como um fogo. Enfim ela se tornou no Boitatá. Contudo, por comer muito, a cobra acabou morrendo. Sua luz interior saiu de dentro dela e acabou se tornando o sol. Trazendo, por fim, a luz de volta a Terra.
Variações na história
Primeiramente, Boitatá ganha diferentes nomes dependendo da região em que esse folclore brasileiro é contado. Portanto, é normal escutar histórias chamando a cobra de Baitatá, Bitatá, Biatatá e até Batatão. Além disso, no norte e nordeste do país, a cobra vive dentro dos rios, a espera de invasores que chegam para queimar as florestas.
Alguns nordestinos ainda contam que Boitatá é conhecido como a Alma dos Compadres e das Comadres. Enfim, ela representa, para eles, as almas penadas ruins que estão pagando seus pecados. Elas passam pelas florestas colocando fogo em tudo. Por outro lado, o sul do país possui uma diferente visão.
Por la, Boitatá é na verdade várias cobras que sobreviveram ao dilúvio bíblico. E como castigo, receberam o fogo que aparece dentro da barriga de cada uma delas. É ele que faz com que elas sejam transparentes e iluminadas. E por fim, uma outra versão brasileira afirma que Boitatá é na verdade um touro capaz de soltar fogo pela boca.
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Fontes: Brasilescola, Todamateria, Sohistoria e Educamaisbrasil