Recentemente, nas redes sociais, o nome Ozempic tem ganhado cada vez mais espaço. Você sabe do que se trata? Ozempic é um medicamento injetável que contém semaglutida, desenvolvido inicialmente para tratar diabetes tipo 2. A semaglutida atua regulando a glicemia e promovendo a saciedade, o que resulta em uma diminuição do apetite e, consequentemente, na perda de peso.
No entanto, embora tenha se tornado popular como uma solução para emagrecimento, sua utilização fora das restrições médicas pode ser arriscada, especialmente em pessoas que não têm diabetes, já que não existem estudos conclusivos sobre os efeitos a longo prazo em indivíduos saudáveis.
E aí, vamos saber sobre os mitos e verdades desse medicamento? Boa leitura!
14 mitos e verdades que devemos saber sobre Ozempic
1- Ajuda no emagrecimento
Sim, verdade. Apesar de não ter sido desenvolvido com essa finalidade, ganhou destaque por sua eficácia na promoção da perda de peso. A semaglutida atua como um agonista do GLP-1, um hormônio que regula a glicose e a saciedade, ajudando a reduzir o apetite e retardar o esvaziamento gástrico.
Diante disso, estudos revelaram que muitos usuários de Ozempic experimentaram uma perda significativa de peso, com cerca de 86% dos participantes de um estudo clínico perdendo 5% ou mais do seu peso corporal em um período de 68 semanas.
No entanto, é importante ressaltar que o uso do Ozempic para emagrecimento deve ser feito sob supervisão médica, especialmente porque seu uso fora das restrições pode levar a efeitos colaterais indesejados.
2- Causa flacidez no rosto
A flacidez após o uso de Ozempic, conhecido como Ozempic face (cara de Ozempic), refere-se a uma flacidez facial que pode ocorrer após uma rápida perda de peso, associada ao uso de medicamentos como o Ozempic, que contém semaglutida. Essa condição não é causada diretamente pelo medicamento em si, mas sim pela rápida diminuição do peso que ele promove. Portanto, esse é um mito sobre o medicamento.
A perda acelerada de gordura facial resulta em uma aparência mais envelhecida e flácida. Especialistas explicam que a perda de colágeno e elastina, proteínas essenciais para a elasticidade da pele, é uma consequência natural do emagrecimento rápido, levando a um aumento na flacidez e na formação de rugas.
3- O resultado do emagrecimento é duradouro
O emagrecimento proporcionado pela Ozempic pode não ser duradouro, especialmente se não houver mudanças significativas no estilo de vida. Embora o medicamento ajude a reduzir o apetite e promova a saciedade, levando à perda de peso, muitos usuários relatam que, após interrupção do uso, o impulso para comer normalmente retorna, resultando em ganho de peso.
Diante disso, estudos indicam que cerca de 20% das pessoas que utilizam o Ozempic podem recuperar todo o peso perdido após a suspensão do tratamento, o que reforça a ideia de que o medicamento não é uma solução mágica, mas sim uma ferramenta que deve ser utilizada em conjunto com uma reeducação alimentar e prática regular de exercícios.
4- Efeitos colaterais
Assim como qualquer outro medicamento, o Ozempic também causa efeitos colaterais. Dentre eles, a gente pode listar:
- Náuseas e vômitos
- Diarreia
- Constipação
- Dor abdominal
- Inflamação do estômago (gastrite)
- Refluxo ou azia
- dor de cabeça
- Sensação de fraqueza e cansaço
- Indigestão
- Flatulência
- Gastroenterite
- Doença do refluxo gastroesofágico
- Cálculo biliar
Esses efeitos colaterais são mais comuns no início do tratamento, mas geralmente melhoram após algumas semanas. No entanto, cerca de 10% dos pacientes podem não tolerar bem o medicamento e precisam procurar outras alternativas.
5- Causa flacidez
Sim, verdade. Assim como a gente explicou a flacidez que pode surgir a partir do uso do medicamento, por consequência da grande perda de peso, pode ser que você tenha problemas com a flacidez na barriga e perna, por exemplo, já que é um efeito colateral bem comum quando se perde peso muito rápido.
6- A digestão é mais demorada
Outro fato sobre esse medicamento. Essa demora do processo digestivo é um dos mecanismos pelos quais o medicamento ajuda a promover a saciedade e controlar a glicemia em pacientes com diabetes tipo 2. Embora essa característica possa ser benéfica para o controle do apetite e da perda de peso, ela também pode levar a desconfortos gastrointestinais, como náuseas e dor abdominal, especialmente nas primeiras semanas de tratamento.
7- O remédio causa câncer
O uso do Ozempic não está diretamente relacionado ao aumento do risco de câncer, de acordo com estudos recentes. Pesquisas, como a realizada pelo Instituto Karolinska, não encontraram evidências de que medicamentos da classe dos agonistas do receptor GLP-1, como o Ozempic, aumentam o risco de câncer de tireoide ou outros tipos de câncer em pacientes.
Além disso, um estudo mais amplo indicou que o uso de Ozempic pode, na verdade, reduzir o risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, intestino e pâncreas, especialmente em pessoas obesas, que têm um risco de desenvolver essas doenças.
8- Qualquer pessoa pode tomar Ozempic
Nenhuma pessoa pode fazer uso do Ozempic sem indicação médica. O medicamento é recomendado apenas para o tratamento de diabetes tipo 2 e, mais recentemente, para o tratamento da obesidade em casos específicos, com supervisão médica.
9- Pode ajudar no tratamento de alcoolismo e gordura no fígado
No caso do alcoolismo, relatos sugerem que o medicamento pode ajudar a reduzir a vontade de beber, possivelmente devido a um mecanismo semelhante ao que atua na saciedade alimentar, embora essa relação ainda não tenha sido amplamente estudada em humanos.
Em relação à gordura no fígado, o Ozempic mostrou promessa de eficácia na redução da esteatose hepática, especialmente em pacientes com doença hepática gordurosa não benéfica (DHGNA). Pesquisas mostram que a semaglutida pode levar a melhorias significativas nos níveis de gordura hepática e enzimas hepáticas, tendo um impacto positivo na saúde do fígado.
10- Tem sido estudado para o tratamento de Alzheimer
Estudos preliminares sugerem que a semaglutida pode ter efeitos benéficos sobre a função cognitiva, possivelmente devido à sua capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a inflamação, fatores que estão associados ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Além disso, a relação entre obesidade e Alzheimer é bem estudada, e como o Ozempic é eficaz na perda de peso, ele pode indiretamente contribuir para a redução do risco de desenvolver a doença em indivíduos obesos.
11- O Ozempic é seguro
O uso do Ozempic pode ser considerado seguro quando prescrito e monitorado por um profissional de saúde, especialmente para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, seu uso para emagrecimento, especialmente em pessoas que não têm diabetes, pode apresentar riscos significativos.
Portanto, vale dizer que a automedicação e a utilização do medicamento sem supervisão médica podem levar a efeitos colaterais graves, como desidratação, desnutrição e problemas gastrointestinais.
12- É um medicamento eficaz
O uso do Ozempic tem se mostrado eficaz para a perda de peso, especialmente em pacientes com diabetes tipo 2 e em indivíduos obesos, pois a semaglutida, seu princípio ativo, atua retardando o esvaziamento gástrico e aumentando a saciedade, o que ajuda a controlar a ingestão alimentar.
Estudos indicam que usuários podem perder até 17% da massa corporal em um ano, tornando-o uma opção valiosa no tratamento da obesidade, além de sua função original de controle glicêmico.
13- O tratamento precisa de supervisão médica
O uso do Ozempic requer supervisão médica, especialmente quando utilizado com a finalidade de emagrecimento. Embora o medicamento possa promover a perda de peso, seu uso indiscriminado e sem acompanhamento pode levar a efeitos colaterais graves, como desidratação, desnutrição e complicações gastrointestinais.
14- O seu uso para emagrecimento é liberado pela Anvisa
O uso do Ozempic para emagrecimento não é regulamentado pela Anvisa, pois o medicamento é aprovado apenas para o tratamento de diabetes tipo 2. Embora tenha se tornado popular entre pessoas que buscam perder peso, seu uso fora das indicações médicas pode representar riscos à saúde.
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- Fonte: Vida Saudável, Abeso, Alagoas 24h, CNN, Forbes, Veja, Terra, Drauzio Varella